Bom pra Juninho
O maior beneficiado pelo corte de Edmílson é Juninho Pernambucano. O gaúcho Mineiro que joga no São Paulo vai passear na Alemanha. Não porque é mau jogador, bem pelo contrário, mas porque vai entrar no final da fila dos excelentes meiocampistas de Parreira. Juninho, Gilberto Silva e Ricardinho têm preferência em caso de necessidade de substituições de Émerson, Zé Roberto, Ronaldinho e Kaká. O Parreira gosta de continuidade e não é dado a experiências. O Mineiro seria uma boa opção para compor um meio campo mais equilibrado porque é o único segundo volante de origem do grupo. Todos os outros jogam no improviso. Seria. Chegou tarde.
Juninho e Edmílson faziam uma batalha surda e muda para se transformar no 13º jogador da Seleção. Os dois podem dar mais consistência à meia cancha brasileira. Juninho seria a opção mais equilibrada entre ataque e defesa. Edmílson era uma boa alternativa para as situações de pane da zaga - ou dos laterais. É bom marcador e sabe cobrir a defesa dentro da área. Tenho certeza que Parreira vinha olhando o desempenho dos dois com muito interesse. Todo mundo sabe que o Quadrado Mágico não passa para a segunda fase da Copa por três motivos: 1) os adversários melhoram, 2) o Parreira sempre foi retranqueiro e 3) os dois centroavantes estão fazendo temporadas ruins no seus clubes em 2006. Adriano é a ponta mais fraca do quadrado e é o primeiro candidato a ver o número de sua camisa sendo mostrada pelo juiz reserva.
Sem Edmílson, Juninho ganhou a batalha e passa a ser a primeira opção do Parreira para desmontar o quadrado. Ele pode equilibrar o meio-campo, que jogaria num losango (foto, eu adoro losangos): Emerson na primeira função (D, na imagem), Zé Roberto pela esquerda (A), Juninho pela direita (C) mais Kaká jogando na ponta da frente da estrutura geométrica (B). Ronaldinho joga onde quiser, até no gol. É um meio-campo melhor, me arrisco a dizer.
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