Pancadaria-arte
Assita a briga do Grenal de 1969, clássico que fez parte dos festejos de inauguração do Beira-Rio. Na inauguração do Olímpico, em 1954, o Grêmio tinha tomado 6x2 do Inter e queria vingança. Sérgio Nunes, goleiro tricolor na ocasião, era o técnico tricolor quinze anos depois.
Perceba que o goleiro do Inter, Gainete, "atravessou o campo em linha reta, veloz, e saltou para uma voadora histórica entre os jogadores. Porém, errou o bote e caiu no meio dos gremistas. Levou porrada de todos. A esta altura, os integrantes dos bancos já estavam em campo, distribuindo e recebendo porradas por todos os lados" - (http://www.classicogrenal.com.br/) .
Repare que até as brigas de futebol eram mais bonitas naquele tempo. O craque podia se dar ao luxo de se aproximar, escolher adversário, xingar a mãe e dar o soco seguido de um drible de corpo para evitar o revide. Não era força, era jeito. Hoje, nossos melhores barraqueiros estão na Europa, saem cada ano mais cedo e com menos cartões vermelhos no currículo. Onde está a pancadaria-arte, a pancadaria-moleque, a pancadaria que fez a amarelinha ser respeitada nas enfermarias dos cinco continentes?
Emiliano Urbim
[O autor teve seu cachê pago com recursos da ONG Volta, Felipão!]
<< Home