Falando em ingressos
A Veja desta semana presta um verdadeiro serviço público jornalístico ao rastrear a origem de um ingresso comprado pela própria revista por 700 euros na boca de um estádio alemão. O tíquete saiu das mãos de algum dirigente para um operador de viagens e parou na mão de um jornalista do Rio Grande do Norte agraciado misteriosamente com três ingressos para Brasil e Austrália. Daí, para cambistas. Excelente trabalho jornalístico, pena que a revista não anda reproduzindo trabalhos desta qualidade no restante das suas páginas.
A reportagem ainda detalha a distribuição de ingressos para patrocinadores e confederações. Contando cartolas e empresas, 43% dos estádios da Copa estão ocupados por gente que não pagou nada pelo blilhete - ou, pelo menos, não deveria ter pagado pelo tíquete. Profundamente revoltante. Só isso explica o trânsito irrestrito e desavergonhado de atrizes globais e demais artistas de quinta categoria pelos corredores dos estádios alemães, como vemos nas páginas dos jornais. Com apadrinhamento ou euros no bolso, 43% da Copa estava destinada a privilegiados que não mereciam sentar nos templos sagrados do futebol. Pior ainda, tem gente que lucrou os tubos com a pequena fatia de fiéis anônimos que teve bala na agulha para investir na paixão no sonho de acompanhar uma histórica partida de futebol.
Leia a matéria da Veja aqui.
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