Ao torcedor desconhecido
Tenho amigos colorados, tenho família colorada. Sou gremista, mas admito: fiquei feliz por eles, principalmente meu irmão, pois sempre me lembro da tristeza do coitado quando da eliminação do Inter na Libertadores de 89. Liguei para ele, para meu pai e para outros membros deste blog, parabenizando-os pela conquista. Entretanto, secarei como nunca o Inter no Japão. E será por puro rancor.
Voltemos a 1995: Grêmio perde decisão da decisão do Mundial Interclubes para o Ajax, nos pênaltis. À tarde, estou me dirigindo ao colégio Santa Inês, onde estudava, fardado com a camisa tricolor. Na Protásio Alves, um carro para em minha frente. Dele, desce um alemão cabeludo, apontando para mim uma garrafa do desinfetante de mesmo nome do clube holandes, aos gritos de : "HAHAHA, AJAX, AJAX, AJAX!!!".
Quero que esse alemão desgraçado sofra. Ele não merece ser campeão do mundo. Daria tudo para encontrá-lo após a final do Mundial, Barcelona 2x0 Inter, gols de E'to e Ronaldinho (este último trajando uma camisa do Grêmio por baixo da do Barcelona) só pra dizer: "Filho da puta, não esqueci de ti. Agora, engole esse choro!".
O único problema é que se foram onze anos, sabe-se lá onde anda esse pau no cu. Espero que morando de favor com um tio, em Caçapava.
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