17.5.08

Julgamento a la Nardoni

Quase apanhei de alguns amigos colorados na quinta quando disse que a derrota para o Sport foi a coisa mais normal do mundo, e que todo o desespero de time, torcida e imprensa não eram tão justificáveis assim.

Pra começar, o chavão de que "o Inter sequer entrou em campo" ou "o time não jogou" não é totalmente verdade. O time fez um primeiro tempo bom - poderia ter saído ganhando dele - e um segundo tempo ruim.

E motivos não faltavam para cair de produção: o time vinha de duas decisões consecutivas - as viradas contra Paraná e Juventude, que, embora tenham teminado em goleada, não foram tão fáceis assim - enquanto o Sport foi Campeão Pernambucano antecipado e não teve que virar nada na Copa do Brasil. A zaga, que começou reserva, terminou reserva da reserva. Todos os hepáticos, mais o Magrão e o Wellington Monteiro, seguem se recuperando.

Mas o principal motivo é que tem onze jogando do outro lado. Se o Sport fosse tão timeco quanto pintam, não teria feito 4 a 1 no Palmeiras, outro ex-favorito. Todas as críticas que ouvi sobre o jogo ignoram que o Sport fez um baita jogo. Por exemplo, essa de que "O Fernandão foi muito recuado e acabou isolando o Nilmar". Pô, o time toma um gol de bola alta com cinco minutos de jogo e não conta com metade dos zagueiros. É óbvio que o melhor cabeceador do time vai acabar recuando numa hora dessas.

Foi o próprio Sport quem deslocou o Fernandão, anulou o Alex, isolou o Nilmar, parou o Guiñazu. O Abel, que eu já critiquei umas quinhentas vezes nesse blog, não tem culpa dessa vez. Até poderia ter colocado Adriano ou Walter ao invés de Iarley, mas alguém acha mesmo que isso resolveria?

Entre cair na onda do Carrossel Colorado e dizer que o Inter não está em condições de encarar adversários de nível, eu fico no meio. Times ganham e perdem. Mesmo os muito bons.