Sentimiento Gaucho

Brasil e Croácia, os dois times em campo, hora do hino. Lado a lado, os brasileiros todos menos Ronaldinho cantando o virudu, e eu disse pro Rodrigo:
- Bá, não dá pra torcer contra o Brasil, né?
- Não, não dá.
Naquele jogo, torci. Apesar do quiquiqui da mulherada do trabalho que insiste em ver todos os outros detalhes da transmissão menos o que importa, torci. Mas é inegável: não é como ver um jogo do Grêmio. Ontem, no Palavras Cruzadas, da TVCOM, deu que 85% dos telespectadores torcem mais pelo time do coração do que pela seleção, que nunca é do coração.
Talvez por isso consegui dormir durante todo o primeiro tempo de Brasil e Austrália. O gol do Japão não me foi ponta de sofrimento. Durante toda a partida queria apenas uma jogada bonita, um lance notável, para qualquer lado que fosse. E falo a verdade quando digo que me veio aquela clássica inclinação pelo lado mais fraco. Sentimento que logo se desfez quando lembrei do meu palpite do Bolão.
É possível que nesta fase final o patriotismo volte a me tocar, como naquele início de Brasil e Croácia, mas sei não....