17.7.06

Clássico é clássico, e vice-versa

Jardel é o novo reforço do clube português Beira-Mar, que subiu para a primeira divisão do Campeonato Português. Um dos ídolos dos gremistas da minha geração está acima do peso, mas diz que o treinador lhe prometeu uma estratégia "para que a equipe alce bolas na área".
A falta de alguém que saiba cruzar uma bola afastou Jardel da Seleção, para a qual foi cogitado em sua fase áurea pós-Grêmio, quando foi goleador da Europa por duas vezes e fez 130 gols em 125 jogos pelo Porto. O cabeçudo deu azar ao ser contemporâneo do Roberto Carlos e do Cafu.
Também teve culpa ao acabar com a carreira mergulhando na bibida durante algum tempo, o que causou sua separação da Karen Matzembacher (ex-Márcio Santos). A separação o fez mais pinguço e globetrotter - jogou no Bolton (Inglaterra), Ancona (Itália), Newell's Old Boys (Argentina), Alavés (Espanha), Palmeiras e Goiás (Brasil), sem se firmar em nenhum.
Eu torço pro Jardel, quase tanto quanto pro Felipão e pro Cuca. Meu centroavante preferido, junto com o Adesvaldo José de Lima. Se o Lima tinha a desvantagem dos mullets e de ter ido pro Inter, para mim a imagem do Mário Jardel é quase imaculada: o homem é capaz de frases como "quando o jogo está a mil, minha naftalina sobe". Como não gostar?