25.8.06

Agora, sim

Por quantos anos você, gremista, ouviu dos colorados que o time campeão da Libertadores de 1995 era “ruim”, “deu sorte” ou “só ganhou na bola área”? Onze anos. Hoje, finalmente, podemos fazer uma comparação específica. Assim, pergunto: QUAL TIME ERA MELHOR? Pois bem, analisemos, parte por parte:

GOLEIRO: Grêmio. Danrlei era polêmico, irritadiço, odiável, mas havia algo de mágico naquele rapaz entre 1994 e 1997. A bola simplesmente não entrava – inclusive, nas duas partidas em que o Grêmio tomou cinco gols no período, contra Palmeiras e Inter, o goleiro era o Murilo. Até hoje, é ídolo gremista, mesmo tendo feito cagadas inomináveis nos anos seguintes. Clemer, ao contrário, é visto com desconfiança. Muitos colorados acreditam que o Inter foi campeão apesar dele. Os gremistas têm certeza disso.

DEFESA: Grêmio. Elder Granja e Ceará, quem você prefere? Se houvesse um Arce no time, essa dúvida não existiria. Se Bolívar tem classe, Rivarola era mau – e zagueiro tem que ser mau. Adílson, por sua vez, sabia jogar e tinha liderança, era o capitão do time. Fabiano Eller, convenhamos, tem uma cara de bocó constrangedora. E Jorge Wagner não é lateral - aliás, foi banco do Rubens Cardoso por um bom tempo. Roger era absoluto na esquerda.

MEIO CAMPO: Grêmio. Tinga é mais jogador que o Arílson, Carlos Miguel era mais jogador que o Alex. Sobra a comparação entre os volantes. Edinho e Fabinho, juntos, não formam um Dinho. O Grêmio ainda tinha o Goiano.

ATAQUE: Grêmio. Sobis é melhor que o Paulo Nunes? Toda vida. Fernandão é mais jogador que o Jardel? Sem sombra de dúvida. Um porém: atacante tem que fazer gol. Jardel, sozinho, fez mais gol que os dois colorados juntos. Muito podem contra-argumentar: “mas o Sobis ficou um bom tempo contundido”. Sim, ficou. Mas quem entrou deu conta do recado, o que nos leva ao próximo tópico.

GRUPO: Inter. O colorado sempre teve jogadores excelentes peças de reposição quando precisou, tanto que seus atacantes reservas marcaram tantos gols quanto os titulares. Sem falar que o Inter mudou de esquema e escalação inúmeras vezes na competição, mantendo um padrão alto de qualidade. Já o Grêmio, quando campeão em Medelin, encerrou o jogo com Alexandre Xoxó e Nildo em campo, este último trajando a camisa 10.

TÉCNICO: Grêmio. Não preciso explicar.

DIRETORIA: Empate técnico. O Píffero é o Cacalo do Inter: o vice mala que briga com os adversários. Fernando Carvalho é um grande administrador, tal qual Fábio Koff. Resta saber se, após a gestão de Carvalho, haverá alguém disposto a destruir a estrutura do clube como fizeram no Grêmio.