Ganas de ganar
Todos os dias no almoço alguém me pergunta a mesma coisa: "Quem são esses que o Dunga-dunga convocou pra Copa América?"
Fora a piada interna (que ninguém consegue me explicar o motivo da graça) de chamar o nosso elegante técnico de Dunga-dunga, o que une os argentinos nesse momento é a vontade de ganhar esse importantíssimo torneio internacional. Eles analisam cada frame dos lances dos nossos desconhecidos jogadores. Os comentaristas repetem sem parar "2004 NÃO PODE SE REPETIR!". A responsabilidade dessa conquista está gerando uma certa tensão no ar. Eu tento acalmar o pessoal dizendo sempre "Amigos, essa Copa não bota estrela na camiseta. Relaxem.". Mas não adianta. Hay que ganar o ganar!
Não é ironia. A Copa América é importante para os argentinos porque conta com o prestígio de seleções de grande tradição como Estados Unidos e Equador (Essas são só as que começam com E, imaginem o resto do alfabeto). Além disso, teve uma abertura de botar o astronauta voador das Olimpíadas de Los Angeles no chinelo: muita maraca e pirotecnias indígenas. Isso sem contar a participação do eterno ídolo Diego e também de grandes figuras da política latino-americana no ponta-pé inicial, como o capitão Hugo Chaves e o kicker Evo Morales. E para coroar tudo isso, o jogaço de bola entre Bolívia e Venezuela. Não há tango que resuma tanta emoção. Realmente, a Copa América é o grande momento do futebol mundial depois da Copa do Mundo. Pelo menos para os argentinos.
Duvidam? Então vejam o comercial da Movistar:
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