9.7.07

Ações de marketing no mundo esportivo


O marketing é aquela área de conhecimento que todo mundo acha que sabe um pouco. Por isso, em algumas organizações, principalmente nos clubes brasileiros de futebol, ainda não se sabe explorar toda a potencialidade de um mercado.

O termo marqueteiro ganhou conotação pejorativa, e o profissional
dessa área é considerado picareta. Não raro ouvimos isso é "puro
marketing", numa alusão de que conteúdo não há.

Ao meu ver, o marketing nada mais é do que uma reunião de assuntos que outras
ciências ou áreas do conhecimento já estudaram, mas nem por isso pode ter seu papel relegado a um segundo plano.

Em um clube de futebol é uma área estratégica, capaz de aumentar o número de
torcedores, vender camisas, lotar estádios e elevar as receitas, e, acima de tudo, posicionar um clube de futebol em qualquer espaço da mídia disponível - "estamos atentos ao mercado" (Píffero 2007) -, e se possível, que a mensagem transmitida seja singular, distintiva, que
tenha apelo emocional, atingindo o maior número de segmentos espalhados mundo afora (será que é muito pedir isso?).

Neste último domingo, presenciamos uma singela ação de marketing no campo esportivo, mas que não foi realizada por nenhum clube ou organização, mas sim por um torcedor colorado. Cláudio Schilling Ragner teve a brilhante idéia de colocar o distintivo do clube do seu coração, na lataria do carro, do piloto escocês David Coulthard, da escuderia RBR, que numa ação de marketing social vendeu espaços publicitários, no tamanho 2 X 2. O valor da ação: míseras 10 libras (R$ 35,00).

O gesto pequeno e inusitado pode parecer uma perfumaria, mas foi
capaz de gerar uma mídia espontânea – foi comentado na transmissão da F-1, por exemplo - por um valor ridículo. Enquanto isso, o Sport Club Internacional não é capaz de realizar as mais singelas e óbvias ações de marketing. Nem vou falar sobre ações mais arrojadas e criativas. Ta certo que o aumento significativo do número de sócios foi uma ação excelente, ainda na gestão do King Carvalho. Seja por omissão ou falta de agilidade, o departamento de marketing colorado não é capaz de uma coisa muito simples: lançar o DVD da conquista do Mundial (já passamos da metade do ano de 2007, e o feito foi em dezembro 2006!!!).

Mas é muito amadorismo, heinhô, Batista!