9.4.08

Falta de inteligência é a maior vergonha

Desde a vexatória eliminação do Grêmio nas quartas-de-finais do Campeonato Gaúcho, a imprensa local vem “descendo a lenha” no treinador Celso Roth. Com razão, afinal, o profissional ainda não conseguiu dar ao Tricolor nenhum ganho coletivo – Zetti, que chegou há pouquíssimo tempo em Caxias do Sul, mesmo com um plantel bem inferior nas mãos, já apresenta resultados práticos melhores no Alviverde.

Mas a principal crítica que deve ser feita vem sendo esquecida. Os principais responsáveis pelo fracasso gremista são Jonas e Eduardo Costa, jogadores que não têm o mínimo grau de inteligência emocional necessário para atuar no Estádio Olímpico.

O Grêmio perdia por 3 a 0 e, com muito custo, conseguiu descontar para 3 a 1. O momento passou a ser dos donos da casa, que voltaram a receber o apoio da torcida e percebiam cada vez mais a equipe inimiga exausta em campo.

Restavam ainda cerca de 20 minutos de jogo, contando com os eventuais acréscimos, quando um atleta do Juventude passou a valorizar a posse de bola na lateral do gramado. Foi aí que chegou o atacante Jonas, sem o menor senso de marcação, e desceu o sarrafo no adversário, levando merecidamente o cartão vermelho.

Na seqüência, quando este atleta do time caxiense valorizava ainda mais a jogada, deixando o tempo passar, caído em campo, o meia Eduardo Costa deu seqüência ao despreparo psicológico gremista, tentando arrastá-lo pela camisa antes da chegada dos médicos.

Como resultado, Costa também foi merecidamente expulso (já possuía o cartão amarelo), deixando o Tricolor com dois homens a menos e com três minutos também a menos para qualquer eventual reação.

Tanto o momento era favorável ao Grêmio, que os donos da casa ainda assim fizeram o segundo gol. Os comandados de Celso Roth tiveram também outras duas boas chances para marcar – o que talvez tivesse ocorrido com mais três minutos de jogo e dois jogadores gremistas no gramado.

Atuar contra o Jaciara é fácil. O Grêmio precisa é ter em seu elenco profissionais capacitados para o enfrentamento de situações difíceis. E esse não é o caso de Jonas e Eduardo Costa. Independentemente do futebol que apresentam (e definitivamente não são craques), eles não deveriam ficar para o Brasileiro.

Do jeito que estão as coisas, imaginem o Tricolor brigando para não cair novamente para a Série B e, na última rodada, o atacante e o meia voltam a aprontar das suas...