26.1.09

Same old story



"Pior que ganhar o gauchão é não ganhar" diz o torcedor conformista, ostentando o cobiçado título regional no balanço do final do ano, ao ver que o principal rival não levantou nenhum caneco mais expressivo.

Como o Müzzel citou, o gauchão tem seus encantos: os mesmos jogadores de dez anos atrás, Sandro Sotille, Rodrigo Gasolina e Jé; os mesmos técnicos, Hélio Vieira (na banda das "arábias" agora), Bagé e Nestor Simmeonato e os afamados estádios de nomes insuperáveis: Colosso da Lagoa, Estádio dos Platános e Boca do Lobo.

Mas o ruralito também tem seus percalços e clichês: os "darzones da vida" desferindo seus mata-cobras e voadoras, árbitros novatos querendo mostrar serviço e fazendo lambança. E pior de tudo, alguns acham que ele serve como bom teste para outros campeonatos.

Analisemos o campeonato de 2008: o Grêmio saiu atropelando, estava invicto, até que encontrou o Juventude pela frente. Logo mais tarde, sofreria revés na Copa do Brasil, perante o Atlético-GO. O Inter tocou 8 no Juveco, na final, e mais tarde amargaria uma derrota ridícula para o Sport Recife.

A imprensa é um dos grandes fomentadores desta prática. Se Inter ou Grêmio vencem nas primeiras rodadas, de goleada, a imprensa faz todo aquele "auê", e do contrário ocorre o mesmo: se empata em casa, já é motivo de demissão de técnico e revisão da política de futebol. Sem falar as transmissões da RBS com Paulo Brito e Maurício Saraiva (essa é a pior parte).

Por essas e outras, o Gauchão não é parâmetro para nada.