13.6.06

Todos os nomes

Li ontem na Slate uma curiosa teoria sobre os nomes dos boleiros brasileiros. O carinha começa descrevendo nosso exótico costume de chamar todo mundo pelo primeiro nome e relaciona isso com o futebol. Até aí tudo bem. Mas a coisa se aprofunda-se: segundo o amigão, chamamos todos os jogadores pelo primeiro nome, mas geralmente os atacantes ganham apelidos e os defensores são chamados pelo nome de batismo. Será verdade?

Pense aí: lá na frente temos Pepe, Pelé, Garrincha, Careca, Kuki, Kaká, Robgol, Fabinho McLaren e uma multidão de "inhos"; lá atrás temos o outro temos César Sampaio, Roberto Carlos, Mauro Galvão, Rogério Ceni e vários Julios Césars. Será o jogo é menos corrido na zaga e dá tempo de dizer o nome inteiro, ao passo que no ataque a bola corre e quanto menos sílabas melhor? Ou será que simples carinho maior por quem faz gol? É uma teoria. Mas há exceções demais para que a regra seja confirmada.

Pense aí de novo: lá na frente temos Sócrates, Paulo Nunes, Adriano (apelido: O-Im-pe-ra-dor), Ronaldinho Gaúcho e Pedro Oldone; lá atrás temos Cafu, Fabão, Nen, Serginho, Silvinho, Cicinho, montes de inhos.

Acho que só dá pra bater o martelo mesmo nos goleiros. Fora o Dida (que aliás é exceção em vários quesitos), não tem goleiro com apelido. Se bem que tinha o Mazaropi. Ok, desisto.

Vou tentar salvar o post indicando este texto diliça do Dave Eggers, que para a minha surpresa além de ótimo escritor americano é fã de futebol.