O urubu é campeão
A beleza de ver o Flamengo campeão é poder ouvir o hino rubro-negro de novo. Que maravilha aquela fanfarra de metais na introdução, a alegria das marchinhas do Lamartine Babo e o verso "eu teria um desgosto profundo se faltasse o Flamengo no mundo". O Fla foi melhor e mereceu.
Aliás, na semana passada, estive no Rio de Janeiro e conferi a campanha mais doente da história da publicidade nacional. A Nova Schin agora é rubro-negra. Os outdoors, busdoors e demais portas estão por toda a parte. Ó, o Youtube não me deixa mentir:
Na passagem pelo Rio, pude ouvir também a rádio Transamérica FM, que faz a transmissão mais descontraída do rádio nacional. Na abertura da jornada do primeiro jogo da final, o narrador disse "Ninguém, NO MAIS LOUCO DOS SONHOS, poderia imaginar uma final com Vasco e Flamengo hoje!". Estava se referindo a atual ruindade dos clubes.
O taxista que me deu carona entre o Galeão e o Catete, um botafoguense, me disse que a própria torcida cruzmaltina vem ironizando a falta de qualidade do atacante Valdiram. Outro dia, teriam cantado "Ahã, ahã, ahã, levou gol do Valdiram" para o goleiro adversário, em ritmo de baile funk.
No Catete Grill, restaurante onde assisti o primeiro jogo da final, a piada entre os flamenguistas era a gordura do atacante Obina. Era a piada da cidade, na verdade. No outro dia, depois de fazer o primeiro gol rubro-negro, ele prometeu em todos os jornais que vai parar com o acarajé. Obina é baiano.
Enquanto isso, o Vasco é nono e o Flamengo é o décimo quinto na classificação do Brasileiro.
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