Feliz 1990
O título acima era o conteúdo de um email enviado por um amigo colorado hoje de manhã. Foi a melhor tradução do sentimento entre os torcedores do Inter nas horas posteriores a classificação para a Final da Libertadores.
A sensação até ontem era justamente esta: estávamos congelados no tempo. De lá pra cá, colecionamos fracassos, com exceção da Copa do Brasil de 1992, que, na boa, a gente nem se orgulha muito (já ouvi colorado dizendo que tinham que tirar a quarta estrela da camisa). A sensação de alívio, de finalmente botar 1989 para dormir, é sublime. Estávamos disputando um torneio contra nossos demônios nestes 17 anos, paralelo às competições tradicionais. Só a gente pode entender o valor deste caneco.
Os jogos contra o São Paulo são parte de um outro compeonato, a Libertadores da América, este reconhecido por toda a comunidade futebolística. Após o reveillón tardio, entramos nesta disputa um pouco mais aliviados.
Claro que os co-irmãos da Azenha vão nos cornetear em função de declarações como esta, que passam a impressão de que já estamos satisfeitos com a classificação para a final e, portanto, pensamos pequeno e não estamos almejando o título. Mas é besteira. A final da Libertadores é o momento mais importante da história do clube. Sabemos, talvez como nenhum outro clube brasileiro de ambição, como é raro chegar num momento parecido.
Ganhar é fundamental. E será muito difícil porque temos de enfrentar dois adversários qualificados: o atual campeão mundial e o maldito sapo baiano enterrado em 1988, que nos condenou à condição de vice. Não sei qual é o inimigo mais poderoso.
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