A menor torcida da Argentina
Infelizmente não vou poder comparecer ao, segundo os argentinos, melhor estádio do país para ver o jogo entre o Inter e o time com a menor torcida da Argentina. Em 1 ano e meio morando aqui, eu simplesmente não conheci nenhum torcedor do Vélez. E olha que o Partido (município) de Vélez Sarsfield fica encostado na capital. Mais perto até do que o Partido de Quilmes (palavra que em idioma indígena Tehuelche significa “cerveja feita com mijo de cavalo”) de onde saiu o clube Quilmes e também é onde se fabrica a cerveja Brahma (A fábrica da Quilmes fica em outro lugar). Não duvido que aqueles que aparecem nas arquibancadas com as camisetas do Vélez são figurantes pagos para estar ali e gritar alguma coisa. Não sei se isso justificaria o apelido de “amargos” e “pecho frio” dos torcedores do clube, até porque eu nunca entendi muito bem o que significa amargo para os argentinos. Pecho frio, por sua vez, quer dizer falta de coração, falta de raça, falta de camiseta, etc. Enfim, quer dizer que torcer pro Vélez é o mesmo que ser torcedor do Juventude.
Acredito que o Inter não vá ter grandes dificuldades e pode até se preparar para uma histórica goleada. Nesse fim de semana, o Vélez ganhou com as calças na mão do fraquíssimo Quilmes (significado explicado acima). O próximo adversário do colorado é um time que toca muito a bola. Toca pra lá, toca pra cá, mas quando chegam perto da área, os jogadores sentem uma vontade incontrolável de acertar os fotógrafos ou presentear a torcida atrás do gol com a bola do jogo. O Clemer não tem com que se preocupar.
Não é por saber que o Inter vai ganhar fácil esse jogo que eu vou deixar de ir. Acontece que o jogo é no horário do matiné para um dia útil (19h30). E também porque não adianta nada torcer para o Vélez.
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