Justiça, aquela que tarda

Mesmo com Kaká sendo o grande jogador da equipe, os méritos do título devem ser dados ao técnico Carlos Ancelotti. Com a venda de Schevechenko, ele penou na formação com dois atacantes – se ferrou no campeonato italiano por isso - até se dar conta que, se não tem dois confiáveis, joga-se com um: Gillardino é tosco, Ricardo Oliveira estava sempre contundido, Ronaldo já havia jogado a Liga pelo Real Madrid. O escolhido foi Inzaghi, outro tosco, mas que tem estrela, mostrou isso quarta-feira.
Mas a grande sacada de Ancelotti foi no meio: com a entrada de mais um volante, Kaká e Seedorf ficaram mais liberados para atacar. Se Kaká tomar conta de uma partida não é novidade, ver Seedorf jogar o que jogou nos confrontos contra o Bayern e Manchester foi um prazer. Sem tanta obrigação de marcar, o negão se reabilitou. Desde a época do Ajax ele não jogava tanto.
Eu fui um dos que assistiu apenas o primeiro tempo da decisão de dois anos atrás, a lavada de 3x0, com Kaká, Schevechenko e Crespo destruindo o Liverpool. Pelada a coruja, fui fazer alguma outra coisa que não lembro agora. Perdi toda a reviravolta.
Quarta-feira, torci genuinamente pelo Milan, muito pela injustiça daquela derrota. Aquele time não merecia ter perdido.
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