10.5.07

Vai ser ruim assim na casa do Ramalho

Existe alguma chance de um colorado ficar feliz após o jogo de ontem?

Sim, existe. Eu fiquei feliz. Não completamente, mas fiquei. Fiquei feliz por saber que vou ao Beira-Rio domingo e não vou encontrar Muricy Ramalho no banco de reservas.

Deus do céu, o cara tem o melhor grupo de jogadores da América do Sul e não passa das oitavas-de-final da Libertadores. O São Paulo contrata (ou o verbo mais adequado seria “rouba”?) seis meio-campistas por dia e o cara não consegue escalar quatro para formar um meio campo? E, mesmo quando os jogadores mais habilidosos entram em campo, não se vê uma jogada ensaiada, uma aproximação, sequer um um-dois, um overlappingzinho, essas coisas para as quais os treinadores costumam ser pagos.

O pior é ouvir a imprensa dizendo que Muricy é um homem de intervalo, que mexe bem. Mexe bem porque escala indivíduos como Hugo e Leandro para começar o jogo. Nessas circunstâncias, até a entrada da Xuxa, do Sargento Pincel, do Latininho, do Stephen Hawkins em campo é um alento.

Basta ouvir as entrevistas de Muricy para ver que lógica não é um conceito que ele domina. Observem os lugares onde ele emprega a expressão “ou seja” no meio das orações. Deve ser com esse mesmo raciocínio que ele escala os volantes do seu time.

* P.S.: Para o pessoal da quinta série que aparece nos comentários: esse post não tem o objetivo de tirar os méritos do Grêmio, que tem o melhor técnico do Brasil. Só Santos e Boca podem tirar essa taça do tricolor. E é bem possível que nem eles tirem.