Grotesco

Acho que é o adjetivo que melhor expressa a entrada que o jogador Eduardo, brasileiro naturalizado croata, jogador do Arsenal, sofreu do açougueiro Martin Taylor, do Birmingham. Um verdadeiro "materazzi", um lance digno de UFC, que quase acabou decepando o pé do colega de trabalho.

Nem todo carrinho é criminoso, mas todo carrinho pela frente envolve um grau intenso de periculosidade assim como aqueles dados por trás. Os únicos que fazem parte de uma técnica requintada são aqueles dados de lado, os quais zagueiros elegantes - do tipo Maurão Galvão e Gamarra - realizavam com maestria.

E não adianta dizer que o ogro não teve a intenção de machucar, pois é a mesma coisa que um bêbado dirigindo em alta velocidade na estrada.

Certa vez, se não me engano o Zico, que também quase perdeu a perna em um lance com o lateral Márcio, do Bangu, sugeriu que a punição para o agressor fosse a suspensão por igual período ao tempo de recuperação do lesionado. Acho que isso ajudaria a colocar um fim nos carrinhos pela frente, com os pés por cima da bola.