Os falsos coadjuvantes
Eles estão ali, correndo desajeitados pela linha lateral do campo, sempre prontos para decidir uma partida, mas a gente só lembra deles na hora que um gol é anulado por impedimento inexistente. Sim, eles mesmos: os bandeirinhas. Eles já deram um título pra Inglaterra, já tiraram várias grandes seleções das Copas e já tiraram o Grêmio da Libertadores. Porém, eles são chamados de “árbitros assistentes”. Pelo menos se eles assistissem à partida, mas não, eles querem assistir o árbitro. Como já deu pra perceber, os bandeirinhas além de serem cegos, ainda por cima não diferem objeto direto de objeto indireto. Em algumas ocasiões, tenho a impressão que uma avozinha fazendo tricô na beira do gramado ajudaria mais. E o que a Fifa faz em relação a isso? Pune? Manda prender? Chicoteia? Mostra o DVD da Copa de 90? Não senhor. A FIFA mima os bandeirinhas mais do que tia do interior. Ela dá bandeiras com transmissores eletrônicos para avisar mais rapidamente o juiz do impedimento que só eles viram ou da bola que só saiu de campo porque eles assim quiseram.
Não podemos mais tratar os “árbitros assistentes” como coadjuvantes. Precisamos ficar de olho e marcar de cima a atuação de cada um dos bandeirinhas escalados para bandeirar na Copa 2006:
Dramane Dante, Mali
Mamadou Ndoye, Senegal
Amelio Andino, Paraguai
Manuel Bernal, Paraguai
Jose Ramirez, México
Hector Vergara, Canadá
Francesco Buragena e Matthias Arnett, Suíça
Celestin Ntagungira, Ruanda
Aboudou Aderodjou, Benin
Peter Hermans e Walter Wromans, Bélgica
Alessandro Griselli e Marco Ivaldi, Itália
Dario Garcia e Rodolfo Otero, Argentina
Nikolay Golubev e Evgeni Volnin, Rússia
Yoshikazu Hiroshima, Japão
Kim Dae-young Coréia do Sul
Walter Rial e Pablo Fandino, Uruguai
Prachya Permpanich, Tailândia
Eisa Ghuloum, Emirados Árabes Unidos
Victoriano Giraldez Carrasco e Mario Medina Hernandez, Espanha
Christian Schraer e Jan-Hendrik Salver, Alemanha
Roman Slysko e Martin Balko, Eslováquia
Philip Sharp e Glenn Turner, Inglaterra
Lionel Dagorne e Vincent Texier, França
Anthony Garwood, Jamaica
Joseph Taylor, Trinidad and Tobago
Jose Luis Camargo, México
Leonel Leal, Costa Rica
Cristiano Copelli
Alessandro Stagnoli, Itália
Fernando Tamayo, Equador
Jose Navia, Colômbia
Nathan Gibson e Ben Wilson, Austrália
Aristeu Tavares e Ednilson Corona, Brasil
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