28.7.06

Conserve esse cartão


Sorte dupla. Isso não costumava acontecer com o Inter. Eu não tenho a menor dúvida de que, em 1989, aquela bola chutada pelo jogador do Libertad provavelmente bateria na trave e entraria. Em 1990, Maizena defenderia, mas daria rebote para um centroavante paraguaio mandar pro gol. Em 1996, a bola bateria na trave e nas costas de Goycochea, pra entrar lentamente no gol e selar uma derrota bem complicada para o Internacional reverter. E a mesma coisa aconteceria com André, Hiran e até mesmo com o Clemer das outras temporadas. Mas não aconteceu. A bola resolveu sair a centímetros do gol e mostrar que, nessa temporada, tudo pode ser diferente para o Inter.

Mas esse post seria injusto com os colorados se falasse só de sorte. Ontem tivemos a alegria de reencontrar o bom Fernandão de 2004. O cabeludo se movimentou o máximo que pôde, lutou, apareceu na área e quase fez um golaço. Sobis, Jorge Wagner e Bolívar, entre outros, também merecem elogios.

Quanto ao Libertad, não pareceu ser o timaço que os comentaristas de melhores momentos do SporTV pintavam. Teve seus lances de perigo, mas parece se aproveitar do gramado pequeno do Defensores Del Chaco para armar seus contra-ataques. Tudo indica que, no Beira-Rio, a história será diferente. Mas é melhor não dar bola para esse tal de Tudo, porque ele já nos traiu uma porção de vezes. É hora de Abel preparar o time para o provável retorno de Tinga, deixar o Gre-Nal para os reservas e ficar de olho no São Paulo quarta que vem. Isso, é claro, se a sorte não resolver aparecer só mais uma vez, e colocar o Chivas, aparentemente mais fraco, na final.