Sete dias e contando
Muricy Ramalho perderá o emprego na próxima segunda-feira pela manhã. Ontem, empatou com o Corinthians, que ficou incríveis 60 minutos com dois jogadores a menos. Na quarta, ele deixará escapar o título da Recopa para o Boca Juniors em pleno Morumbi. Será o terceiro vice-campeonato no ano. A imprensa começará a especular a saída do comandante.
A direção são-paulina será sensível ao apelo da arquibancada porque tem medo de fechar o ano com quatro vice-campeonatos. Mas, antes de decapitar Muricy, vai dar uma última chance. Se ganhar no domingo, contra o Internacional, atual touca tricolor, o treinador ganha sobrevida. Mas acho que não vai rolar. Primeiro porque o São Paulo está em crise futebolística. Não joga nada há muito tempo (os quatro leitores que acompanham o blogue sabem que avisei das carências são-paulinas há duas semanas). Segundo porque o colorado está em ascensão. Fez grande partida ontem e contará com reforços para domingo. Pelo menos a entrada do peruano Hidalgo no lugar de Rubens Cardoso deverá dar outra cara ao Internacional. Hoje, o Campeão da América não tem qualquer jogada pelo lado esquerdo, seja de defesa ou ataque. E Wellington Monteiro, a maior surpresa do futebol brasileiro em 2006, voltou a jogar.
Por três anos convivi com a casmurrice de Muricy na arquibancada do Beira-Rio. Pela minha experiência, e de todo torcedor colorado, posso dizer que ele não é um homem acostumado às decisões ou de brilho em momentos de pressão. Querem indícios?
São Caetano 5 x 0 Inter (2003)
Boca Júniors 4 x 2 Inter (2004)
Boca Júniors 4 x 1 Inter (2005)
Paraná 3 x 0 Inter (2005)
Coritiba 1 x 0 Inter (2005)
São Paulo 1 x 2 Inter (2006)
Muricy Ramalho perderá o emprego na próxima segunda-feira pela manhã.
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