10.12.06

O Fator Simeone

Durante a Copa do Mundo 2006, eu disse para os colegas argentinos que a seleção deles precisava do Simeone. Claro que era uma metáfora. Na verdade, eu estava falando da raça, da catimba e muita reza brava que sempre lhes compensou a falta de intimidade com a bola. Algo que podemos chamar de Fator Simeone. E agora, há 5 minutos atrás, novamente eu vi o Fator Simeone se confirmar e entrar em campo na penúltima partida pelo campeonato nacional argentino.

Tudo começou algumas rodadas atrás, quando o Boca era o líder com 6 pontos de vantagem. O Estudiantes, cujo técnico é o próprio Simeone, foi recuperando a vantagem até ficar 3 pontos atrás do Boca. Na antepenúltima rodada, o Estudiantes tinha tudo para passar à frente na pontuação com a derrota do Boca para o Colón de Córdoba, mas acabou cedendo o empate nos últimos minutos.

Então, hoje era a festa do tri-campeonato do Boca. Toda família Maradona já estava comemorando, pois o Boca jogaria contra o Lanus (um time que joga fechadinho atrás) na Bombonera. A taça estava lá, pronta para a volta olímpica. E o Estudiantes já contente com o vice. Porém o fator Simeone entrou em campo nas duas partidas decisivas:



Errata: ao contrário do que foi dito no texto acima, ontem foi a última rodada do Campeonato Apertura 2006. A próxima partida é um jogo extra em campo neutro para decidir o campeão, já que Boca e Estudiantes terminaram empatados.