Diferentes times, diferentes cornetas
Abril de 2007. Alexandre Gallo, jovem treinador, chuteiras penduradas há poucos anos, assume o Inter, com passagens rápidas pelo Santos e por clubes médios. Um título apenas no currículo, o campeonato pernambucano pelo Sport.
A imprensa gaúcha é quase unânime ao dizer que a diretoria fez uma aposta arriscada, que Gallo não tem currículo para o Inter, que alguém como ele dificilmente sobreviveria ao cargo.
Gallo, não se sabe se por culpa dos jogadores, da diretoria, da pressão da imprensa ou dele mesmo, deixa o cargo meses depois.
Dezembro de 2007. Vágner Mancini, jovem treinador, chuteiras penduradas há poucos anos, assume o Grêmio, com passagens pelo Paulista de Jundiaí e clubes pequenos. Um título apenas no currículo, a Copa do Brasil pelo Paulista.
A imprensa gaúcha, quando não silencia, diz que a direção acertou ao contratar um treinador identificado com o Grêmio (critério pelo qual o clube também poderia ter contratado Alexandre Xoxó, tão coadjuvante quanto Mancini na boa fase do tricolor nos anos 90, mas isso já é outro assunto).
Não estou dizendo aqui que a imprensa é gremista, mas acredito que a corneta toca mais alto em direção ao Beira-Rio. O Inter ainda é tratado como um clube que não ganha nada há 20 anos. Parece que o letreiro de campeão do mundo no Beira-Rio não está brilhando suficientemente para atingir os profissionais da mídia. Aliás, até mesmo esse letreiro foi motivo de corneta nas rádios e jornais do estado esse ano. O que só comprova o que eu digo.
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