Rá-rá, muito engraçado
O futebol é um esporte muito divertido. O Inter B não tinha nenhuma obrigação de jogar bem hoje contra o Santos, mas fez a melhor partida do colorado em muito tempo - considerando time titular e reserva.
Detalhe: PERDEU O JOGO COM DOIS JOGADORES A MAIS.
O primeiro tempo foi muito do Inter. Tinga voltou comendo a bola de colher grande. Iarley interessado e Mossoró dando uma correria fenomenal. Os santistas podem reclamar de falta de organização do meio-campo, mas não de falta de vontade da equipe. Saíram perdendo no início do jogo e correram pra valer para tentar empatar. Mas, apesar da vontade santista, o primeiro tempo podia ter terminado 2x0 para o colorado sem nenhuma injustiça.
Sem o Tinga, o segundo tempo foi passando para o Santos aos poucos. O Inter desperdiçava contra-ataques (não teve muitos lances de gol, mas teve espaço para criá-los). Até os 30 minutos, quando o Santos passou a dominar de vez. O juiz, o Wagner Tardelli, deu muita falta besta perto da área mas, vá lá, expulsou bem o Reinaldo - que deu um chute ridículo no Perdigão - e acertou no pênalti, que foi em cima da linha e a linha faz parte da área. Apesar do domínio, o Santos não estava com pinta de que faria um gol se não fosse de bola parada. O Wendell meteu aquela bucha aos 39 e nem o excelente Renan (que já havia salvado o time em três oportunidades durante o jogo e que será o titular no ano que vem, sem dúvida) podia pegar.
O Maldonado se machucou e o Luxa não tinha mais substituições a fazer. Mas o Santos seguiu pressionando mesmo com nove. Então o Rubens Cardoso, o pior jogador de todos os tempos a vestir a camisa colorada em 97 anos de história, fez um pênalti idiota. Pronto, perdemos um jogo que estava na mão.
Alias, uma palavrinha sobre Rubens Cardoso: péssimo. Perdeu três lances na cara do gol e passou o jogo inteiro errando passes laterais - em geral para fora do campo. Ramon pede passagem, dá luz alta, quase atropela o ex-tricolor. Há colorados, inclusive, que acham que ele ainda não deixou de ser tricolor.
A boa partida do Inter tem uma explicação clara: o meio-campo reserva de hoje deveria ser o titular. Wellington Monteiro (o melhor cabeça-de-área), Perdigão (o melhor passador), Tinga (o mais raçudo e melhor marcador) e Mossoró (o mais ousado do grupo). Dá para trocar o Mossoró pelo Alex se for necessário mais cautela. Como na quarta-feira, no Morumbi, quando o Inter só precisa evitar uma derrota superior a quatro gols de diferença para manter viva as chances de ganhar a Libertadores. Espero conseguir sorrir na quinta-feira.
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