Defeitoooooo!
"Fazer tubo" é uma expressão comum entre os radialistas. Significa narrar um jogo através da transmissão da TV, sem ver nada do jogo ao vivo.
Na prática, significa ver o jogo exatamente como nós vemos quando estamos sentado no sofá.
Ou um pouco menos que nós, como aconteceu no Atlético x Inter de ontem.
Depois do pênalti claríssimo de Sorondo, o narrador da RBS TV, Paulo Brito, levou quase dois minutos para dizer a palavra “pênalti”. Na verdade, só disse quando a emissora parou de mostrar o replay e focou o atacante Marinho tomando distância para fazer a cobrança. E não adiantou a repórter de campo, Débora de Oliveira, sussurrar “Brito” umas três vezes quando ele anunciava “o lance incrível desperdiçado pelo Atlético”. Para ele, o jogo seguia normalmente.
Só não deu mais vergonha porque:
1) O Maurício Saraiva falou que “o Inter tem quatro jogadores de pé esquerdo, então o que se espera é que eles joguem com a bola no chão” Esquerda, chão, como é que é? Fiquei um pouco perdido.
2) O Alex perdeu aquela corrida constrangedora no cruzamento que gerou o segundo gol do Atlético, e envergonhou colorados como eu, que defendiam a escalação do cara na lateral.
3) O Abel colocou o Luciano Henrique para segurar a bola no campo adversário, coisa que ele não conseguiria fazer nem se usasse as mãos.
Ainda sobre o tubo, tem uma coisa que eu não entendo: se a rádio AM descreve todos os lances seis segundos antes da TV, por que a equipe de transmissão da emissora não coloca um sujeito para ficar ouvindo rádio e dizendo o que aconteceu com antecedência para os narradores? Alguém aí tem a resposta?
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