O novo Juninho Pernambucano
Sempre preferi o Diego ao Robinho. Os dois são jogadores extraordinários, mas o Diego tem uma vantagem: organiza todo time em que joga. Aos 17 anos já tinha uma disciplina tática de jogador puta-velha.
Mas o destino quis que ele se machucasse na final do Brasileiro, e que o Robinho entrasse para história com as pedaladas sobre o Rogério. Por escolhas próprias, Diego acabou escondido em um subcampeonato europeu logo cedo, enquanto Robinho ficou arrebentando no Santos até ir direto para o Real Madrid.
Agora o destino apronta de novo para Diego, desta vez na Seleção. Enquanto Robinho vai se firmando no ataque - graças à má-fase e à decadência dos antigos titulares Adriano e Ronaldo - Diego pode jogar o que quiser, que dificilmente tirará a vaga de Kaká ou Ronaldinho Gaúcho, com quem disputa.
É a síndrome do Juninho Pernambucano, que atingiu o auge do seu futebol, fez história na França, arrebentou em todas as partidas que entrou, mas na Seleção não teve chance de fazer nada além do que se faz de dentro da casamata.
A vaga do Kaká e do Ronaldinho Gaúcho só a Tonya Harding (foto) consegue tirar.
UMA NOTA: Afonso Alves como titular é ridículo. Só se explica se a convocação do goleador do campeonato holandês pelo Heerenveen (ãh?) for uma cutucada em outros jogadores, como Ronaldo e Adriano. Caso contrário, Clayton, artilheiro da A-2 do Paulista pelo Rio Preto, também merece chance.
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