Um dia eu ainda vou entender...

... mas, por enquanto, não dá.

Não dá pra entender como o time B do Inter não consegue ganhar do Novo Hamburgo. Na minha opinião, com o orçamento e a estrutura que a dupla Gre-Nal tem, é inexplicável que a final do Gauchão não seja Gre-Nal todos os anos.

Não dá pra entender porque que não me colocaram um time misto em campo. Ou, melhor ainda, o time titular. E o jogo da Libertadores, contra o EMELEC (time de baita tradição, por sinal), 48h depois, não é desculpa.

Não dá pra entender que profissionais que ganham mais de R$ 40.000,00 por mês (por baixo) não possam fazer um 'sacrifício' de jogar 2 vezes em 48 horas.

Não dá pra entender porque foram buscar um técnico retranqueiro no exterior. Se é pra trazer retranqueiro, Celso Roth tá aí, é mais barato e pelo menos a gente é vice.

E, por último, não dá pra entender porque que eu deixo o futebol afetar tanto a minha vida.

Começou bem

O Porto Alegre tomou uma goleada e o Grêmio ganhou de virada. Esta improvável rima não deve se repetir tão cedo, então aproveito e posto essa rápida elegia à secação.

Gauchão 2010

Ninguém melhor do que o Impedimento será capaz de cobrir o Gauchão 2010, muito menos este blogue moribundo.
Mas minha tara por este campeonato tão cheio de constância provavelmente não me permitirá a omissão e, à medida em que eu assistir às pelejas da dupla grenal, escreverei aqui. Gostaria de já ter algum tipo de informação sobre os times, mas a cobertura da pré-temporada nas rádios se resume a reclamar de quem não fala com os repórteres, reclamar dos treinadores que não definem o time titular (!) e fazer intriga.
Vamos lá, então. Que comece logo. Torcerei pelo Grêmio e secarei o Porto Alegre.

Juarez

Minha homenagem pro técnico mais incompreendido do Brasil, Celso Juarez Roth.

O nome do jogo

O Flamengo foi campeão, o Inter foi penta-Vice, o Grêmio disfarçou na entregada e não foi a lugar nenhum, Celso Roth, que surpresa, acabou o ano demitido e o Palmeiras conseguiu entregar o campeonato e nem pra Libertadores foi.
O Brasileirão desse ano - o mais disputado da história e, na minha opinião, um dos melhores da história - teve muitos nomes de destaque. Teve a volta triunfante de Adriano, teve a surpresa Andrade, teve o quase herói-mártir Róberson, teve o salvador Fred, teve o improviso vencedor do Mário Sérgio, entre tantos outros.
Porém, o nome do campeonato, pra mim, foi o Pet.
Não dá pra dizer que é amor à camisa (porque hoje em dia não tem mais bobo no futebol), mas o cara mostrou o que é determinação. Abriu mão de parte de uma dívida trabalhista milionária para praticamente comprar um lugar no Flamengo. Aceitou a bronca e a desconfiança inicial da torcida e de alguns companheiros de time, treinou pacientemente como reserva por um bom tempo até recuperar a forma e, quando começou a jogar, jogou muito.
Botou na cabeça que queria jogar pelo Flamengo, jogou e ainda foi campeão.

Mas também, não devia ser surpresa pra ninguém: olhando essa foto aí, vai dizer que tu não concordas comigo? Pet bate ou não bate um bolão?

Rospide, Sérgio, Lobão

Pois eu me ausentei da mídia por 5 horas e pronto. O Grêmio ficou sem técnico, o Inter, sem vergonha e o Sudeste, sem luz.
Paulo Autuori parece que realmente vai de volta pro Oriente Médio, contrariando o que disse pros repórteres fazendo com a mão o sinal de positivo na saída do treino da manhã de hoje. O Benfica perguntou "então tu fica?" e ele deve ter entendido "então tu fica rico?" e fez que sim. Paciência. Assume o técnico que nos levou pra semifinal da Libertadores no lugar do técnico que nos eliminou do certame.
Mário Sérgio ficou ciuminho que o colega ia sair com foto maior no jornal e deu uma coletiva xingando jornalistas. Xingar jornalista é que nem fazer piada com o Lula: tá certo mas é velho demais. Certo que ele tá fazendo um favor pro pessoal das editorias de esporte que, com Grêmio e Inter eliminados desse campeonato idiota um mês antes dele terminar, ficaram com medo de ficar sem pauta.
Depois de um fim de semana onde todo mundo que tinha de ganhar perdeu e o campeonato continua monotonamente embolado, a semana futebolística segue nos factóides. Aparentemente, só o ministro de nome mais legal, Edson Lobão, de Minas e Energia, tem algum trabalho a fazer nesse país depois do apagão de hoje de noite.