31.7.07

Brisa

No dia seguinte à partida entre Grêmio e Atlético-PR em Porto Alegre, o presidente do Conselho Gestor do clube paranaense, João Augusto Fleury da Rocha, publicou uma nota no site da equipe entitulada Repúdio às Bestas-feras. No texto, encheu a comissão técnica, diretoria e jogadores do Grêmio de osso e desqualificou veementemente o árbitro por não coibir as pancadarias atrozes arremessadas contra os atletas de seu clube (foto ao lado). Não bastasse, ainda pintou um falso clima de guerra no Olímpico dando abertura à organização de uma vingança na partida de volta.

Pra ganhar de vez o certificado de bixice do clube, uma notícia publicada no mesmo site faz duas afirmações ridiculamente falsas.

Antes de lerem a notícia, carreguem o vídeo sobre os lances.

Trechos da nota (mentiras em negrito):
"Logo aos sete minutos, após um cruzamento na área gremista, Alex Mineiro tentou uma cabeçada para o gol, mas além de ser empurrado, levou um chute do meia Tcheco, ocasionando o trauma no jogador rubro-negro."
Vejam o vídeo e confirmem: o Alex Mineiro se joga de cabeça na bola e leva um chute do Tcheco. Acidental ou não, fato é que o jogador atleticano se joga por livre e espontânea vontade e não empurrado como afirmam.

Outro trecho da nota (mentira novamente em negrito):
"Mais 20 minutos e foi a vez de Evandro levar uma cotovelada de Gavilán e ter um dente arrancado."
Reparem o lance nesse mesmo vídeo, por volta de 1min50seg. Tem dois jogadores do Grêmio na dividida: Itaqui e Patrício. Gavilan é o cara que sai atrás e que aparece depois ao lado do Schiavi quando o atleticano toca a bola pela lateral. Ou seja, passa longe da jogada. Não dá pra ver se aconteceu ou não o cotovelaço que, tendo acontecido, parece ter sido do Patrício. E aí tenho certeza que a torcida gremista vai concordar em bani-lo do futebol.

Quem viu o jogo sabe que não houve nada demais com relação à violência em um esporte em que o contato físico é normal. As declarações do tal Fleury, as notícias do site e a repercussão do caso são extremadas e acusam pessoas sem prova. Mas, como tudo o que envolve o tal do furacão, tudo o que de lá vem passa logo, sem deixar estragos, tal qual uma brisa.

30.7.07

Bagdá em chamas
















No Brasil, a conquista de algumas medalhas pan-americans já é suficiente para resgatar a auto-estima de um povo, cansado de tantos escândalos de corrupção, ineficiência da máquina pública e tanta outras mazelas sociais. Agora, imagine o Iraque, conquistando a Copa da Ásia, uma nação trucidada, com todas as agruras aos quais seus cidadãos foram submetidos, nos últimos anos, fruto de uma política internacional danosa e irresponsável, promovida pela maior nação bélica e esportiva do mundo.

Sob o comando do brasileiro Jorvan Vieira - com passagens pelas seleções de Marrocos, de Omã, da Malásia, do Kuwaitt, do Egito e Portuguesa Carioca -, técnico desconhecido do público brasileiro, supreendeu a todos ao derrotar a Coréia do Sul nas penalidades, na semifinal, e na sequência, derrotou o time da Arábia Saudita, comandada pelo também brasileiro Hélio dos Anjos (boas lembranças do 5 X 2).

Nem as 50 mortes, ocorridas na festa da conquista da vaga à final, tiram o brilho e o significado dessa conquista da seleção iraquiana. Diante de um quadro caótico de instabilidade política e social, só o futebol foi capaz de trazer um pouco de alegria, e bem mais do que isso: uma evidência de que sunitas e xiitas podem partilhar do mesmo espírito de pertencer a uma nação. É a representação do sonho impossível, que talvez nem uma porção de décadas seja capaz de cicatrizar as feridas de tanto ódio e imcompreensão, mas que nos faz refletir que a intolerância irracional pode ser extirpada do nosso mundo, ainda que em momentos raros, e só prova que o futebol é o esporte mais mágico de todos.

Como eu gostaria de ver a seleção iraquiana enfrentando a seleção yankee na Copa das Confederações. Hey, Bush, vai tomar no...

E me suspendem a bandeirinha...

O árbitro Djalma Beltrani está para o futebol como a chuva está para uma corrida de Fórmula 1: é garantia de confusão e lambança.
Depois da já célebre briguinha dos aflitos, quando o co-irmão voltou à elite do campeonato Brasileiro, agora foi a vez do Colorado conhecer melhor todo o potencial merdístico do árbitro.
Pênaltis não marcados, gols mal anulados, expulsões mal feitas foram algumas das contribuições do juíz no jogo em que o Inter teve o seu maior placar no campeonato até agora.
Mas Djalma não foi o único trapalhão da partida: o goleiro Cléber, do Sport, foi outro que ajudou bastante o time gaúcho a sair vitorioso do confronto.

Agora, Djalma "Lambança" apitando a primeira divisão e Ana Paula "Peladona" suspensa, não dá pra aguentar...

Santo Expedito

O Flamengo, em crise (grande novidade), demitiu o técnico (grande novidade) Ney Franco e trouxe Joel Santana (grande novidade), o técnico salvador dos times cariocas.

Será que agora vai?

26.7.07

33 a 0

Numa competição em que:
- Só jogam times das Américas
- Ocorrem os placares 10 a 0 e 11 a 1.
- A final acaba 5 a 0 com direito a pênalti perdido
- Não, não estamos falando de basquete, handebol ou pólo aquático, isso ainda é futebol.
- O time campeão faz 33 gols
- O time campeão toma 0 (zero) gol
- A artilheira tem 12 gols
- Isso tudo em 6 jogos
A única coisa que pode ser levada a sério é a possibilidade de trocar Ronaldinho e Kaká por Marta e Cristiane.

24.7.07

Saiu o DVD!

Após incontáveis meses, acabo de receber o DVD 'Bastidores de um Sonho - O outro lado do Mundial', que está sendo distribuído apenas aos sócios, do Sport Club Internacional, em dia com as mensalidades, junto com a Revista Oficial do Inter.

Não será nem um pouco surpreendente ver o DVD sendo comercializado por inúmeros camelôs no centro da cidade, já que os outros torcedores colorados - que não são menos colorados por não serem sócios - não podem comprar o produto nas lojinhas oficias do clube ou outros estabelecimentos comerciais.

Lamentável como o Internacional gosta de não ganhar dinheiro.

22.7.07

Mandraque Menezes

O Fabiano já fez um post há alguns meses atrás sobre a habilidade do técnico do Grêmio em fazer jogadores limitados renderem como craques mediante um eficiente esquema tático coletivo. Eu estou convicto de que os poderes de Mano Menezes vão muito além disso. O Grêmio está entre os 4 piores ataques da competição e, paradoxalmente ou não, entre os 4 melhores colocados na tabela. Desde que passou a jogar com o time titular o Campeonato Brasileiro, está invicto. São 7 jogos com 4 vitórias. Mas o mais impressionante é o que ele conseguiu fazer em 2 partidas no Olímpico. Venceu Sport e Flamengo sem ter um único jogador de seu time relacionado na súmula como autor de gols. Tosquice da zaga adversária ou uma ninhada de coelhos na cartola? Desse mago, eu não duvido mais nada.

Adeus, futebol

O Santi já disse no último post que certos profissionais do futebol estão anos-luz à nossa frente, e que nossas mentes rudimentares não estão preparadas para compreender certos movimentos deles.

Mas, não sei como, ele conseguiu escrever isso de uma forma positiva, bem-humorada até. Eu sinto que não vou conseguir. Não duvido que este seja o último texto sobre futebol que eu faça na vida. A cada jogo do Inter, eu sinto que o tema futebol me escapa um pouco mais das mãos.

Ontem, por exemplo. Gramado ruim, campo molhado, time perdendo por um a zero, faltando uns vinte minutos para acabar o jogo. Meu cérebro rudimentar, provavelmente equivalente ao dos peixes e moluscos, interpretou que o jeito seria alçar bolas para a área, aproveitando que tínhamos um centroavante alto em campo. Quando o meu lento cérebro terminou de concluir este raciocínio simplório, o evoluído Gallo, em uma rápida seqüência de sinapses, já estava aquecendo o leve e habilidoso Adriano para o lugar de Christian. Provavelmente estava certo. O Inter tomou o segundo gol, mas isso talvez tenha sido uma ilusão minha, já que eu possuo um olho primitivo, que enxerga em uma dimensão a menos que os olhos dos técnicos de futebol.

Chega de falar de futebol. Vou tentar um assunto mais simples. Estou pensando em abrir um blog sobre outro assunto. O que vocês preferem: http://www.fisicanuclear.blogspot.com/ ou http://www.tudosobrecelulastronco.blogspot.com/? Ah, e o Christian, que chamou o Gallo de burro, está convidado também.

19.7.07

Alexandre Gallo, um enxadrista

A noite de ontem foi histórica para o futebol. O técnico do Internacional, Alexandre Gallo, pôs em prática um esquema tático sem a presença de laterais ou alas. Segundo a explicação do próprio técnico ao final do jogo, o esquema do time foi o 3-3-1-3. Eu juro pode Deus que eu ouvi ele dizer isso no rádio.

Após o jogo, encontrei um grande amigo chegando do estádio no mesmo prédio dos meus pais - que moram do lado do estádio. Eu não fui no estádio. Vi nacos do jogo na TV enquanto trabalhava. O amigo me disse o seguinte:

- O Gallo é um enxadrista. Ninguém entendeu porra nenhuma do que ele fez hoje.

A idéia explicada por Gallo era furar a barreira das duas linhas de quatro do Corinthians, que vinha tendo bons resultados fora de casa, sofrendo poucos gols. Com três atancantes (Iarley, Christian e Pato), o Inter empurraria um volante para a linha da defesa e abriria esparo no meio.

Na primeira linha de três, o Inter tinha Marcão, Sidnei e Índio. Na segunda era Edinho, Magal (pela direita) e Ji-Paraná (no lado esquerdo). Apesar de dois volantes ajudarem a cuidar a subida dos laterais adversários, eles não jogaram fixos nos flancos. Somente Magal, volante de origem, se assemelhou a um lateral, chegando nas pontas para cruzar. Pelo lado esquerdo, quem chegava mais a frente era o "zagueiro" Marcão. O número 1 era Pinga, de boa atuação ontem.

E deu certo? O Inter ganhou de 3x0. O mérito é do técnico? Não posso afirmar ainda. Pelo jeito, só os historiadores do futebol poderão avaliar a contribuição de Gallo para o esporte. Ele está a frente do nosso tempo.

16.7.07

Dá a 9 pra ele!


Tá, o Brasil sovou a Argentina, foi campeão da Copa América, mas ninguém vai me convencer de que o Julio Baptista (foto ao lado) é um bom meia, nem que ele é um bom volante. Como volante, ele era banco do Fábio Simplício no São Paulo (aliás, onde anda o Fábio Simplício?); como meia, fracassou no Real Madrid e no Arsenal. Pode ser forte e volutarioso, mas é tosco. Sério, ele não acerta um passe - na jogada do primeiro gol contra o Uruguai, vê-se claramente que ele dá um passe nas costas do Wagner Love, que, vendo o Mineiro chegar, nem vai na bola.


Agora, vejam os gols dele na Copa América: o cara nasceu pra ser centroavante! Ele fez uma patada de canhota contra o Chile, um gol de oportunismo contra o Uruguai e uma bucha com a direita na final, todos em jogos decisivos. Diz a Wikipedia que ele marcou 38 gols em 63 jogos pelo Sevilha. Pudera: ele jogava de atacante por lá. Sem falar que o homem é um cavalo de forte, tromba com qualquer zagueiro


Agora que ele tá com crédito com o Dunga, devia pedir a 9. O Ronaldo nunca se sabe se dá pra contar, o Adriano tá sempre em má fase, o Fred adora se contundir e o Wagner Love não é centrovante. É a oportunidade que ele tem de se firmar como titular, porque, cedo ou tarde, todos vão se dar conta que ele é grosso demais pra função de meia.


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Ah, sim: pra mim, a Copa América serviu pra mostrar que Juan e Alex nasceram um para o outro. Devem estar em lua-de-mel agora.


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A pátria dos volantes

Nem o mais otimista fanático torcedor brasileiro poderia imaginar um 3 X 0 frente à bem organizada e talentosa equipe argentina. Antes da partida, a dúvida era se perderíamos de um ou mais gols. Na crônica esportiva, além da suposta superioridade técnica do time argentino, havia uma revolta profunda com a observação de que o Brasil estava jogando com quatro volantes no meio-campo.

É fato que o último jogo foi a apresentação mais convincente da equipe brasileira, tendo penado contra times bem mais inferiores nas etapas anteriores. O placar da final não deixou dúvidas sobre o merecimento da vitória. Podem ainda dizer que foi o jogo em que tudo deu certo, mas as coisas só podem dar certas para quem é competente.

Os sábios do futebol romântico – Alberto Helena Júnior e Renato Maurício Prado são alguns deles – afirmavam que era um absurdo não jogar com dois meias de origem. Analisando os jogos anteriores, também achava que o Diego deveria compor a meia cancha brasileira, mas também percebendo que a entrada de Júlio Baptista – considerado por muitos apenas um volante – deu maior consistência ao meio-campo. Então, pra mim quem está sobrando é o Gilberto Silva, que não deve jogar a próxima Copa do Mundo.

O mais engraçado de tudo foi ver alguns comentaristas justificando o sucesso de Dunga: “Ganhar a Copa América é uma quase que uma obrigação” (Michel Assaf), e “é, mas esse time do Dunga só jogou bem na final” (Telmo Zanini). Acredito que as duas proposições fariam todo sentido, se o time brasileiro fosse o A+ e o adversário não fosse a Argentina, com todos os titulares e que tem jogadores do mesmo nível técnico do Brasil. O fato de ser “amarelão” é problema deles.

As lições que ficaram desta Copa América:

1 – Um time de futebol, para ser competitivo, precisa de espírito coletivo, organização tática e entrega. Ter jogadores diferenciados, os ditos de exceção, é aspecto “ganhador” de partida – a carta na manga entre dois times similares -, mas antes disso é preciso ter aspectos qualificadores – sem esses é melhor nem entrar em campo -, que dão as condições necessárias de um time equilibrado, que marca, joga compactado e sai em velocidade. Parece o óbvio, mas alguns não aprendem com galáticos e quadrados mágicos da vida.

2 – A figura do terceiro volante se consolida nos desenhos dos times: a argentina jogou com Véron, que jogou muitas vezes como segundo homem na Inter de Milão, e o Brasil apostou em jogadores como Júlio Baptista e Elano. Os defensores da estética do futebol moleque, incrédulos, esperneiam, vociferam – querem Ronaldinho e Kaká juntos -, mas cada vez mais, os times colocam um volante que sabe jogar bem como meia. Afinal, parece muito mais fácil um volante virar um meia armador, do que fazer de um atacante um meia. Abel Braga que o diga.

3 – Lugar de estrela é em hollywood: o mais grato de tudo foi ver que ninguém desse time quis pousar de estrelinha, e o Dunga sabe muito bem como conter os ímpetos das vaiadades.

4 – É bem provável que Ronaldinho Gaúcho e Kaká não começarão juntos jogando as partidas - a não ser contra o Combinado da Úmbria ou a Seleção de juvenis do Quatar. Acho que Kaká leva vantagem, por ser mais versátil e mais aplicado taticamente, fecha melhor o meio. Só vejo o Ronaldinho disputando posição com o Robinho, que caiu nas graças do técnico. O dentuço irá assistir às partidas do banco do reservas, para a choradeira dos entusiastas do falacioso futebol arte.

5 – A Argentina vai virar o Botafogo das seleções: só faltam 7 anos para completar 21 – considerando Copa do Mundo e Copa América –, e no final eles sempre entregam a rapadura.

Enfim, não perderei o Bem Amigos de hoje. Tenho certeza que o Professor Ostermann dará uma lição no Alberto Helena Júnior e no Renato Maurício Prado.

Que En Paz Descanse


Saí pra comemorar com as ruas vazias, os taxistas calados e os garçons com olhar de peixe morto.

15.7.07

Não discutam com argentinos.

Porque o freguês tem sempre razão. Tomar 3 na cola tendo o melhor time em muito tempo, como bem descrito abaixo pelo Vicente, e de uma Seleção com Vágner Love no ataque é muito coisa de freguês. Aliás, que passe o do Vágner Love no terceiro gol.
Aliás, o Dunga fez o que eu estou esperando há horas de um técnico da Seleção Brasileira: botou um time com meio-campo. Pode não ser o melhor, e não é, mas é um meio-campo de verdade, que coisa boua.
Copa América 2004, Copa das Confederações 2005, Copa América 2007. É a freguesia do Ó.
Cereja no meu bolo foi a narração da TV francesa: o comentarista aqui deu risada quando o Ayala fez o gol contra. Eles são muito arriados, ficam tentando adivinhar o que os jogadores dizem no campo sem saber português. Aliás, eles mostram toda a festa, sem aquela frescura de Faustão.

13.7.07

Me quiero matar!

Além de ter um time melhor, eles vão fazer de tudo para que os narradores não repitam estas palavras.

Tem mais coisas que pesam contra nós nessa decisão:

- Revanche de 2004.
- Jogadores jovens querendo garantir vaga em 2010.
- Aposentadoria de grandes jogadores que nunca ganharam copas.
- Messi
- Dunga

12.7.07

Dunga-dunga o morir!

Já tinha comentado aqui que os argentinos tiram onda do nome do nosso técnico. Mas só agora descobri por que: uma piada de salão daquelas bem típicas. Tanto é que o Olé de hoje tinha uma manche na parte interna do jornal "Dunga-dunga o morir!!!"

Deixo no idioma original para que tenha um pouco mais de graça:


Tres exploradores recorrían la selva en busca de tesoros y civilizaciones perdidas, cuando fueron secuestrados por una tribu local de indígenas que vivía por ahí cerca.

Llevados ante el jefe de la tribu, el primer explorador tuvo la oportunidad de decidir su destino.

- Dunga-dunga o morir? – preguntó el jefe indio, a lo que el explorador respondió casi sin pensarlo: - No sé que es dunga-dunga, pero seguro que es mejor que morir. Dunga-dunga!

- Muy bien – dijo el indígena con una sonrisa, a lo que escoltó al explorador a una choza donde fue repetitivamente sodomizado por todos los integrantes varones de la tribu.

Dolorido, angustiado, pero vivo, el explorador abandonó la aldea.

- Dunga-dunga o morir?

El segundo explorador tuvo su oportunidad de escoger, y razonando de forma similar a su anterior amigo, respondió de forma insegura:

- Dunga-dunga...

A lo que también fue repetitivamente sodomizado por toda la tribu, y dejado en libertad.

- Dunga-dunga o morir?

El tercer explorador, en cambio, respondió orgulloso:

- Prefiero morir antes que me hagan eso!

- De acuerdo – concedió el jefe indio. – Morir. Pero antes... Dunga-dunga!

Das Seleções

O genial da atual seleção argentina, pra mim, é o seguinte: il Capo Basile tá montando uma seleção para ser a melhor do momento. Como assim? Ele pegou os melhores jogadores do país em atividade, na opinião dele. Pôs os caras pra jogar. Montou um esquema de jogo. Fez os caras se entrosarem e jogarem de acordo com o sistema. Fez os caras jogarem em conjunto, pro time. Olha um jogo da Argentina, os caras só dão mais de dois toques na bola quando é muito essencial.

Não sei se é mérito do Basile ou é característica dos argentinos de quererem disputar a competição. Veio todo mundo que o véio chamou. No Brasil não vieram Kaká e Ronaldinho. Mas pra mim o pior foi o Zé Roberto ter pedido dispensa. Até não condeno a atitude dele: quando digo que o pior foi a dispensa dele, digo que foi pior para a equipe, porque com ele em campo, além da qualidade do cara o Brasil teria mais experiência e os jogadores, uma referência. Referência essa que o Robinho tenta ser, e que caiu no colo dele porque não tinha mais
ninguém pra tomar pra si a responsabilidade.

Voltando à Argentina. O Basile tá montando a melhor seleção possível.
Dessa seleção, o Verón e o Zanetti, por exemplo, não devem jogar a próxima Copa. Mas eles tão lá porque querem ganhar a Copa América e porque o Basile quer definir o padrão de jogo do time com eles lá. Quando eles sairem, os reservas que entrarem nos seus lugares saberão como o time joga. E o time não vai sentir tanta falta deles porque vai seguir o padrão de jogo. Mudam as peças, mas o esquema continua o mesmo.

Quando um time tem esse entrosamento que a Argentina tem, pode até se dar ao luxo de os craques não brilharem no jogo. Porque o time não depende do brilho deles pra ganhar. Dessa forma, se eles brilham o time estraçalha. Se eles jogam uma partida simples, "comum", o time
joga bem. E, por serem craques, podem jogar apenas bem e ainda assim terem momentos geniais, Como o passe do Riquelme pro primeiro gol, ou como o gol do Messi encobrindo o goleiro num toque simples, genial, preciso.

E aí é show.

Eu sempre achei que uma coisa errada do futebol brasileiro, principalmente da seleção, era os caras dizerem que com o nosso talento natural éramos indubitavelmente os melhores. Sempre achei que o talento natural, o gingado, o drible, deviam ser encarados como carta na manga, como fator diferencial, e não como fator de equilibrio. Deveríamos ter um esquema, um padrão de jogo. E o drible deveria se encaixar nisso. O drible seria uma espécia de recurso quando nada mais deu certo.
Mas o drible não pode ser "O" esquema de jogo.

Enfim, mais duas coisas que eu queria dizer:

1. É impressão minha ou a Argenitna tem técnicos de seleção muito melhores que o Brasil? Eles têm, de primeiro nível, o Basile, o Bianchi, o Menotti e o Bilardo. Tem ainda o Bielsa e o Passarela, que não são gênios, mas também não são imbecis. No Brasil atualmente, só o
Felipão eu considero de primeiro nível. O Luxemburgo pra mim ainda é mais marketing do que talento. E o resto ou é técnico de clube ou ainda tem muito o que provar. O que vocês acham?


2. Nada contra os jornalistas, mas contra o jornalismo imbecil.
Se não me engano, o contato dos Argentinos com a imprensa é bem restrito. Já os brasileiros dão entrevista a toda a hora e alguns tem até blog (!) direto das competições (ainda que tenham ghost writers). Queria ver uma Copa sendo disputada sem todo esse oba-oba pra cima dos jogadores da seleção. E sem tomar conhecimento do filho do padeiro da cidade do Robinho que jogava bola com ele quando eles eram pequenos.

Vicente

11.7.07

Enquanto isso, na Copa América...

10.7.07

Não vai ser por falta de grupo

Clemer (ou Renan); Ceará (ou Granja), Índio, Marcão (ou Sidnei) e Rubens Cardoso (ou Marcão, ou Alex, ou Hidalgo); Edinho (ou Wellington Monteiro), Magrão, Guiñazu e Pinga (ou Alex, ou Roger); Fernandão (ou Iarley, ou Christian) e Alexandre Pato.

Técnico: Gallo (ou Fernandão, ou Iarley, ou Clemer, ou Luigi)

9.7.07

Ações de marketing no mundo esportivo


O marketing é aquela área de conhecimento que todo mundo acha que sabe um pouco. Por isso, em algumas organizações, principalmente nos clubes brasileiros de futebol, ainda não se sabe explorar toda a potencialidade de um mercado.

O termo marqueteiro ganhou conotação pejorativa, e o profissional
dessa área é considerado picareta. Não raro ouvimos isso é "puro
marketing", numa alusão de que conteúdo não há.

Ao meu ver, o marketing nada mais é do que uma reunião de assuntos que outras
ciências ou áreas do conhecimento já estudaram, mas nem por isso pode ter seu papel relegado a um segundo plano.

Em um clube de futebol é uma área estratégica, capaz de aumentar o número de
torcedores, vender camisas, lotar estádios e elevar as receitas, e, acima de tudo, posicionar um clube de futebol em qualquer espaço da mídia disponível - "estamos atentos ao mercado" (Píffero 2007) -, e se possível, que a mensagem transmitida seja singular, distintiva, que
tenha apelo emocional, atingindo o maior número de segmentos espalhados mundo afora (será que é muito pedir isso?).

Neste último domingo, presenciamos uma singela ação de marketing no campo esportivo, mas que não foi realizada por nenhum clube ou organização, mas sim por um torcedor colorado. Cláudio Schilling Ragner teve a brilhante idéia de colocar o distintivo do clube do seu coração, na lataria do carro, do piloto escocês David Coulthard, da escuderia RBR, que numa ação de marketing social vendeu espaços publicitários, no tamanho 2 X 2. O valor da ação: míseras 10 libras (R$ 35,00).

O gesto pequeno e inusitado pode parecer uma perfumaria, mas foi
capaz de gerar uma mídia espontânea – foi comentado na transmissão da F-1, por exemplo - por um valor ridículo. Enquanto isso, o Sport Club Internacional não é capaz de realizar as mais singelas e óbvias ações de marketing. Nem vou falar sobre ações mais arrojadas e criativas. Ta certo que o aumento significativo do número de sócios foi uma ação excelente, ainda na gestão do King Carvalho. Seja por omissão ou falta de agilidade, o departamento de marketing colorado não é capaz de uma coisa muito simples: lançar o DVD da conquista do Mundial (já passamos da metade do ano de 2007, e o feito foi em dezembro 2006!!!).

Mas é muito amadorismo, heinhô, Batista!

5.7.07

After Effects

Depois do vídeo "Ronaldinho chuta na trave", a Nike resolveu lançar o desafio para todos os internautas: Você consegue dar um chute perfeito? Pra estimular os participantes que só precisam gravar o vídeo com seu chute e enviar para o site deles, foi colocado o vídeo abaixo estrelado por Wayne "Cavalo" Rooney. Montagem ou perfeição?

Dois minutos para a tréplica, governador

O ex-governador Antônio Britto está quase confirmado como presidente do Grêmio. Por isso, vou começar agora mesmo a campanha para tirar Vittorio Piffero e colocar Olívio Dutra na presidência do Inter. É a grande chance dessa temporada ainda ter graça para o futebol gaúcho.

3.7.07

E a Copa América, hein?