Fifa baterá o martelo

No nebuloso caso M$I/Corinthians, Zveiter e Brasileirão 2005, a Fifa entrou na jogada e dá uma pequena esperança de que o caso não acabará em pizza. A partir do dia 9 de outubro, segundo Joseph Blatter, será instalado um processo para investigar as irregularidades.

Agora, a pergunta a ser respondida é se haverá provas suficientes para confirmar que, além da já escancarada lavagem de dinheiro que a M$I praticava no Brasil, através do Corinthians, a decisão da anulação dos 11 jogos - apitados por Edílson Pereira da Silva-, pelo STJD, teve alguma contrapartida monetária. A gravação telefônica entre Dualib e Duprat parece ainda não ter sensibilizado a totalidade da opinião da crônica esportiva do eixo SP-RJ. Alguns sugeriram que a expressão “título roubado” poderia ser interpretada como uma bravata.

Nos dias que antecederam a polêmica e inédita decisão da anulação dos 11 jogos, foi notória a mudança de opinião de Zveiter. Não sei se alguém se lembra que, no programa Bem Amigos, na segunda-feira anterior ao julgamento (no sábado), o canalha afirmou que apenas três dos onze jogos estavam “contaminados”, reiterando a afirmação diversas vezes. O que teria feito mudar a opinião dele tão rapidamente, um agradinho do amigo Kia?

Como provar? Basta quebrar o sigilo bancário do Sr. Luíz Zveiter. A meu ver, este picareta é o elemento chave da investigação. Márcio Rezende de Freitas, que provavelmente deve ter agido de má-fé no jogo Corinthians X Internacional, não deveria ser o centro das investigações, em que pese o escandaloso pênalti que não foi dado em cima de Paulo César Tinga. Aquele lance teve muito mais a ver com covardia e prepotência, ainda que a hipótese de arbitragem comprada não possa ser descartada e muito menos deixada de lado nas apurações do caso. Mas quem se atreverá em fazer uma varredura nas contas de um desembargador do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro?

Antes que alguém acuse que isto é um choro colorado para que o título seja dado ao verdadeiro campeão de fato e de direito, conforme palavras do ex-presidente do Corinthians, o que se pede é o mínimo de justiça: os gatunos processados e o timão rebaixado, o que seria muito mais importante do que uma simbólica transferência de faixas, que é apenas consequência do anterior. Jurisprudência internacional já existe, mas por alguma razão intrigante, alguns sábios da bola acham que o futebol, no Brasil, possui idiossincrasias que permitem que o tratamento jurídico esportivo deva ignorar os princípios básicos da justiça.

Seguindo no tema

Argentinos e inlgeses disputam a final da Copa do Mundo Gay de times que está sendo realizada em Buenos Aires. O Brasil não enviou representantes. Nosso principal candidato priorizou o Brasileirão e a Sul-Americana.

La Bambineira

Fui no Morumbi ontem ver o jogo do São Paulo contra o Boca. Fui de superior, na torcida do SP, mas tava torcendo pro Boca.

Tirando o jogo em si, que o SP mereceu ganhar, mas o Muricy merecia perder, vou citar alguns aspectos que não ajudam os são-paulinos a desfazer a fama de bambis e "elite":

1. Era impressionante o número de mulheres gatas no estádio.
2. Um ambulante tava vendendo DVDs de jogos do SP. E ele tinha um DVD player portátil pra mostrar os vídeos.
3. Vendem "Suflair" no estádio.

E a maior prova:

4. Os ambulantes ao redor do estádio vendem, além de ceva e refri, Martini Doce.

Gigante

Foram divulgados a capa e o pôster do DVD da conquista do Mundial de Clubes, do Inter, a ser lançado em novembro (mais ou menos a época em que o time deve começar a se achar em campo esse ano). A imagem foi a escolhida numa votação feita no site do clube. Há a possibilidade do filme ser exibido nos cinemas também.

Para novembro de 2008 o Inter prepara o DVD "Anão", mostrando como um time Campeão Mundial que manteve quase a mesma base para o ano seguinte conseguiu fracassar de maneira tão espetacular.

Tum-tum pssssh!

Realmente, 2007 acabou para o Inter. É hora de pensar em 2005.

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Caso o resultado do Brasileirão 2005 seja revertido, Vittorio Piffero já encomendou um luminoso para o Beira-Rio: CAMPEÃO BRASILEIRO CBF.

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Os colorados receberam duas notícias trágicas no final de semana: a primeira, de que o Bodinho estava morto; a segunda, de que o Luciano Henrique estava vivo.

Defeitoooooo!

"Fazer tubo" é uma expressão comum entre os radialistas. Significa narrar um jogo através da transmissão da TV, sem ver nada do jogo ao vivo.

Na prática, significa ver o jogo exatamente como nós vemos quando estamos sentado no sofá.

Ou um pouco menos que nós, como aconteceu no Atlético x Inter de ontem.

Depois do pênalti claríssimo de Sorondo, o narrador da RBS TV, Paulo Brito, levou quase dois minutos para dizer a palavra “pênalti”. Na verdade, só disse quando a emissora parou de mostrar o replay e focou o atacante Marinho tomando distância para fazer a cobrança. E não adiantou a repórter de campo, Débora de Oliveira, sussurrar “Brito” umas três vezes quando ele anunciava “o lance incrível desperdiçado pelo Atlético”. Para ele, o jogo seguia normalmente.

Só não deu mais vergonha porque:
1) O Maurício Saraiva falou que “o Inter tem quatro jogadores de pé esquerdo, então o que se espera é que eles joguem com a bola no chão” Esquerda, chão, como é que é? Fiquei um pouco perdido.
2) O Alex perdeu aquela corrida constrangedora no cruzamento que gerou o segundo gol do Atlético, e envergonhou colorados como eu, que defendiam a escalação do cara na lateral.
3) O Abel colocou o Luciano Henrique para segurar a bola no campo adversário, coisa que ele não conseguiria fazer nem se usasse as mãos.

Ainda sobre o tubo, tem uma coisa que eu não entendo: se a rádio AM descreve todos os lances seis segundos antes da TV, por que a equipe de transmissão da emissora não coloca um sujeito para ficar ouvindo rádio e dizendo o que aconteceu com antecedência para os narradores? Alguém aí tem a resposta?

E o Inter mandou embora esse cara

Perdigão é entrevistado no SporTV antes do jogo Vasco x Cruzeiro. A repórter pergunta "Perdigão, você está voltando, foi poupado contra o Lanús". O meia vascaíno (que, por sinal, tá jogando muito sob o jugo do Celso Roth) responde:

"É, o professor Celso Roth pediu para eu ficar de fora, porque eu estava com uma dor no reto. Mas agora ele tá beleza."

No plantão

No Globo Esporte, acabam de me informar que o Palmeiras é o quarto time que menos troca passes no Brasileiro. A informação me traz duas dúvidas.
1- O que isso quer dizer? Que é um time ruim? Ou é mais objetivo?
2- Como e por que diabos alguém calcula isso? Fica um estagiário de óculos assistindo todos os 10 jogos de cada rodada e contando os passes que cada time dá? Eles marcam num papel com aqueles risquinhos? Quando ganha um coitado desses? E quem teve a idéia de fazer uma estatística de "passes trocados"?
Muitas dúvidas, um só sábado.

Batom

Por motivos profissionais, estive acordado neste sábado de manhã cedo, também conhecido como o Melhor Dia Para Dormir em 2007 devido à chuva que vai tornar o Grêmio x Santos de hoje uma pelada tenebrosa.

Pois acompanhei de leve Estados Unidos x Inglaterra pelas quartas-de-final do mundial feminino de futebol. Quer dizer, daquilo que se chama de futebol feminino, algo tão próximo do esporte bretão quanto o handebol.

Foi uma injustiça os 3 a 0 pras americanas. Uma injustiça para comigo, que na falta de algo mais interessante para me fixar, decidi torcer para as inglesas, que mantinham um padrão de jogo mais elegante, com passes de pé em pé em volta da área (como no handebol). E têm um escudo mais bonito. Mas futebol não é justo, e os Estados Unidos ganharam com a ajuda da goleira inglesa que furou uma bola ridícula vinda de um balão do meio campo, a atacante americana só conferiu.

No outro jogo, a Alemanha, treinada por Ellen DeGeneres, se classificou sobre a Coréia do Norte com dois golaços, chutes quase no ângulo com o lado interno do pé. Neste domingo, às 9h, é o Brasil.

Kiss from a rose

Como esse Brasileirão já está praticamente definido, os comentaristas não tem muito o que falar e a imprensa não tem mais o que fazer. E aí qualquer acontecimento vira polêmica (o que seria do jornalismo esportivo sem polêmica?).
A mais nova, já abordada pelo colega Muzell no post abaixo, envolve os jogadores Kérlon do Cruzeiro e Coelho do Atlético Mineiro, por causa da falta feita pelo último no primeiro. O motivo? Um suposto "desrespeito" provocado pelo "drible da foca" (foto) inventado pelo cruzeirense.

Na opinião deste que vos fala, o drible é legal, não desrespeitoso, objetivo e, até então, impossível de ser parado sem falta. Parabéns pro Kérlon. Não é como as infames embaixadinhas feitas pelo Edílson no meio do campo, num Plameiras x Corinthians. Aquilo, sim, foi desrespeito. Esse drible do Kérlon é uma artimanha para driblar o marcador e vem dando resultado.

Sobre o Coelho, concordo com o Muzell: foi expulso e era isso. Não tem porque aumentar a punição. Sobre o Kérlon e o seu drible, o LinhaBurra pergunta: o que vocês acham?

Salvem o Coelho

O Kerlon, do Cruzeiro, tem mania de levantar a bola e sair cabeceando que nem uma foca. Veio um cara e deu um chega pra lá foda no cara. Com o ombro no peito do piá, deve doer. Foi falta. Por causa da força, esse cara, chamado Coelho (foto), foi expulso.

Mas agora começou uma insuportável campanha pra punir o Coelho exemplarmente. Pra ninguém mais ter a "audácia" de destruir a "alegria" do "futebol-arte" do "menino Kerlon". O procurador diz que a pena pode ir de 120 a 540 dias.

Tchê, o sujeito não chutou, não deu soco, não sangrou o piá. Fez uma falta dura e foi expulso. Mais do que justo e punido. Chega de inventar regras pro futebol, o esporte já tem 17 e dá rolo o bastante. Quase dois anos sem jogar bola porque deu um encontrão num outro jogador é um absurdo. Salvem o Coelho, e o futebol, do STJD.

Típico

A nova direção do Inter já fez bastante coisa errada desde que assumiu. Contratou pouco e mal no início do ano, não escolheu uma prioridade clara no primeiro semestre, apostou em Alexandre Gallo, trouxe Abel de volta por pura preguiça de pensar, brigou com a principal torcida organizada do clube, deu entrevistas equivocadas, deixou vazar algumas brigas de vestiário e depois mentiu descaradamente sobre elas.

Mas, se você tiver preguiça de descrever tudo isso, apenas mostre a camiseta da foto, com destaque para o escudo. Ela ilustra melhor que qualquer texto o zelo com que Vittorio Píffero e cia. tratam o clube.

Made in PR

A foto acima é da campanha lançada pelo Coritiba nas ruas de Curitiba (alguém sabe explicar pq o Cu deles é diferente?). Os marketeiros do Coxa seguiram a tendência do design mundial e fizeram uma colagem com elementos importados. O outdoor tem a foto estilizada do Tuta mandando a torcida do Atlético-PR tomar uma Brahma e uma frase dita pelo presidente do Furacão decepcionado com a pouca adesão da torcida à campanha de sócios lançada pelo clube.

Além de continuarem na Série-B, vão tomar um processo.

Veja a história toda aqui e aqui.

Nem no papel

É inegável que o Abel teve um papel decisivo na derrota do Internacional nesse último Gre-Nal. O Léo já disse muito sobre a contribuição (valeu, Abel!) do treinador colorado no post abaixo. Mas o que não da pra deixar passar é essa sensação que paira no ar: o Inter tem os melhores jogadores e o Grêmio o melhor técnico. Será? Eis a minha seleção Gre-Nal com o que esteve em campo ontem.

1 - SAJA: tem a segurança e tranquilidade necessárias pro camisa 1, além de uma reposição de bola cirúrgica. nem Clemer nem Renan são constantes e, goleiro de pelada, já chegam os do Botafogo.
2 - BUSTOS: é um empate técnico. nivelado por baixo. fico com o gremista pela bola parada.
3 - LÉO: desarma muito, é rápido e bom na bola aérea.
4 - ÍNDIO: muito mais pelo conjunto da obra do que pela atuação do domingo. até o ananias tava cabeceando na área colorada.
6 - ALEX: talento desperdiçado na lateral esquerda. ótima qualidade na bola parada.
5 - EDUARDO COSTA: botou um cadeado na defesa gremista. é um carrapato com qualidade no passe.
8 - GUIÑAZU: esse tá no campo inteiro e com muita habilidade. bom reforço.
7 - DIEGO SOUZA: apesar de não ter sido encontrado em campo no Gre-nal, tem sido um dos diferenciais no ataque e na armação do tricolor.
10 - TCHECO: tá véio. se esconde. mas quando joga, desequilibra. o black power Roger pode assumir o lugar, mas acho que o Abel não vai deixar.
9 - TUTA: outro sup-30. mas que é um tormento pra qualquer zaga adversária. faz parede e incomoda o jogo inteiro. é um ótimo jogador de referência quando segue a dieta da semana.
11 - FERNANDÃO, GIL OU ADRIANO: pela pura falta de concorrência no lado tricolor. Vamos ver o que vai dar esse Jonas. por enquanto, uma vaga ganha por W.O.

O dia da marmota

Os jornais de amanhã vão dizer de novo que "Mano venceu o duelo tático contra Abel". Nada contra o Mano, mas um pedaço de queijo, daqueles que ficam bastante tempo na geladeira, com as pontas queimadas, também venceria.

Se o Abel lê a Zero Hora (ou o Correio, ou O Sul, ou até mesmo o Oi Menino Deus), ele TEM que saber que o Mano Menezes monta seus times a partir do meio-campo, povoando o setor. Por que, então, insistir em esvaziar o meio campo, colocando Edinho de zagueiro? Se o problema é reforçar a defesa, por que não começar o jogo com um dos bons zagueiros que o Inter acaba de contratar?

No segundo tempo, quando parecia que o problema seria corrigido, Abel tira o Roger, que, apesar de perseguido de perto por Diego Souza, causa trabalho aos marcadores. E perde mais ainda o meio campo.

Perdida a chance de ingressar na Libertadores, agora é pensar na temporada que vem. Ou talvez seja melhor nem pensar. Tenho pena dos investidores que bancaram a contratação do Nilmar. Eles vão ver o jogador afundar sob o comando de um técnico que simplesmente não consegue entender como é que os times vencedores dos últimos dez anos - INCLUINDO O TIME DELE MESMO - fazem para superar seus adversários.

Luiz Felipe Maguila Scolari

Será que o Felipão é discípulo do Joel Santana: "Se ficar de frescura tem que dá porrada mesmo". A gente pode perguntar pro Dragutinovic. Ou pro Luxemburgo.

O clássico e as dúvidas

O gre-nal, do próximo domingo, que será realizado no estádio Olímpico, coloca frente a frente, novamente, Abel Braga e Mano Menezes. Nos quatro clássicos, disputados anteriormente, pelos técnicos, foram três empates e um vitória a favor de Abel, em que pese dois destes empates terem favorecido Mano na conquista do Gauchão-2006, em função de um formulismo. Os falseios dos técnicos, os treinos (abertos ou fechados) geram várias indagações, que nem o Walter Mercado seria capaz de prever, e que só serão respondidas quando a pelota rolar. Mais do que a tão almejada – e cada vez mais distante - vaga da Libertadores, o clássico representa fortalecimento do tônus moral para a seqüência do campeonato, logicamente, para aquele que se sagrar vencedor.

A virtude do técnico gremista tem sido a repetição do esquema tático e a formulação de um padrão de jogo, em que as peças são repostas e o time não perde tanto rendimento. Com as lesões dos atacantes Marcel e Rodrigo Mendes, a tendência é que seja utilizado um esquema 4-5-1, não havendo outro atacante qualificado que possa desempenhar uma boa dupla com Tuta, um centroavante clássico e pesado. Ramon será banco: é quase consenso. Minha aposta de escalação é: Saja, Bustus, Willian, Léo, Hidalgo, Eduardo Costa, Sandro Goiano, Tcheco, Diego Souza, Marcelo Labarthe e Tuta. Sempre lembrando que Mano Menezes gosta de algumas surpresas de improvisação: laterais executando funções de meias – será que Bustus aparece no meio? E Patrício, o fiel escudeiro, aparecerá com a 2?

Pelo lado colorado, Abel Braga conta com um grupo de jogadores acima da média. A busca pelos esquema tático e escalação ideal ainda está na pauta do dia. Após o estrago cometido por Alexandre Gallo, e a atrasada vinda de reforços de nome, que fizeram o clube perder o bonde do Brasileirão, não há, ainda, um time entrosado com uma mecânica de jogo confiável. A tendência provável é o esquema 3-5-2 – tão execrecado e vilipendiado por muitos, especialmente pelo Wianey Carlet e o Leo Prestes -, e o temor rubro fica por conta da perda do meio-campo, problema já evidenciado em tantos outros momentos. Pior ainda seria a utilização de três atacantes (considerando Fernandão como tal), formação treinada durante a semana, mas que em minha opinião não passa de migué, pois alguma racionalidade deve ter sido incorporada ao pensamento abeliano. Meu palpite é: Clêmer (Renan, se o vovô for condenado no julgamento), W. Monteiro, Índio, Sorondo, Sidnei, Alex, Edinho, Guiñazu, Roger, Fernandão e Adriano. Gil será a arma secreta para o segundo tempo?

Chavão, mas o clássico será decidido nos detalhes. O Grêmio conta com a bola parada de Bustus, e a estatura elevada do time como um todo. O Inter tem a volta do capitão colorado, Fernandeus, um verdadeiro jogador de gre-nais, tendo feito a diferença em alguns clássicos, além do antológico gol mil. Quem serão os outros protagonistas? Roger pelo Inter? Labarthe pelo Grêmio? Ansiosamente, teremos que aguardar.

Como diria Jardel (centroavante e fílósofo): “clássico é clássico, e vice-versa”. Façam suas apostas.

Futebol e suas frases

Caiu nas minhas mãos uma revista Veja de 1997. Na seção Radar, uma nota descreve uma das coisas mais engraçadas daquele ano: a entrevista de Edmundo após Vasco x América de Natal.

"A gente vem para a Paraíba e botam um paraíba para apitar. Só podia dar nisso!".

Natal é no Rio Grande do Norte. Como diria o Godoy, cunhador de outra frase antológica do futebol, para os potiguares isso "é um assunto para ser resolvido na bala."

Já que o Brasileirão já acabou...

...vamos falar do que interessa: Copa do Mundo de 2010.

A Fifa abriu para votação do público a escolha do poster oficial da Copa da África em 2010. No site www.FIFA.com/poster as pessoas podem escolher entre as três opções e eleger a sua predileta. A votação, porém, é só para quem vive ou tem seu IP de origem na África do Sul.

A opção mais legal, criativa, em sintonia com o país e de acordo com a tradição dos cartazes oficiais das Copas é a opção "B", na foto acima.
Mas o mais curioso é a alternativa "C", com uma imagem muito bonita, a de uma bola como barriga de uma grávida. Mas, na boa, não tem muito a ver, né?

Afasta de mim esse cálice

Eles chegam como a solução da lavoura. Beijam o distintivo. Juram amor eterno. Bom comportamento. E gols. Pouco tempo depois, o final é (quase) sempre o mesmo.

Leia aqui.

Na calçada

Emoção no vestiário gremista ontem após a vitória de 3 a 1 sobre o Celso Roth (sim, porque o Vasco não tem nada a ver com essa campanha que o time cruz-maltino faz). Sandro Goiano recebeu um comunicado de que meterá os pés na Calçada da Fama.

O Sandro ocupa um pouco o lugar do Dinho no imaginário da torcida, mas é errado isso. Apesar de carniceiro, ele é um jogador até bastante inteligente. Dá passes sensatos, lançamentos para pessoas que ainda não estão lá mas estarão, gosta de tabelar. O Grêmio melhorou quando ele entrou no time, no primeiro semestre.

Tudo que eu sabia do Sandro, certa época, era que ele voltava a pé do estádio pra casa em dias de jogos. Na boa, não precisa muito pra ser ídolo da torcida do Grêmio: ninguém aqui se importa com habilidade, talento, etc. Basta dar carrinho e andar 3 quadras na Azenha.

Sandro Goiano, o mais novo calçadista da fama, fez ontem seu segundo gol pelo Grêmio.

Tempus Fugit

O tempo voa e já chegamos à setembro.
O Inter ocupa a 10ª posição na tabela, impossibilitado de lutar pelo título e com uma campanha extremamente irregular para permitir sonhar com a Libertadores.
O Campeão do Mundo que começou o ano com o melhor dos prognósticos não confirmou nenhum. Deu vexame e frustrou seus torcedores.
Tudo está perdido? Para esse ano, na opinião deste que vos escreve, sim. Mas para o ano que vem, não. Se, e somente se, o Colorado aprender com seus erros.
Duas das maiores dificuldades de um clube não existem no Beira-Rio: plantel e falta de dinheiro. Com a venda de Alexandre Pato e com o elenco colorado, o Inter tem dinheiro e time para disputar o título de todas as competições de que participe no ano que vem. Na verdade, tinha time para disputar e ganhar as competições desse ano. Mas uma mistura de soberba, planejamento errôneo, direção inapta, disputa de egos e técnicos que não conseguem fazer o óbvio minou as chances da equipe colorada.

Resultado? Uma equipe irregular que chega a setembro sem esquema nem padrão de jogo.

O que esperar para o ano que vem? Bom, que me montem um time. Que esse time tenha um esquema de jogo definido. Que esse time tenha raça (com Sorondo, Guiñanizu e Edinho, não é difícil). E que os jogadores joguem nas suas posições e não em posições inventadas.

Na boa, não pode ser tão difícil.