23.2.07

Báier é a cura?


Um antigo sonho molhado do ex-presidente colorado Fernando Carvalho acabou de anunciar que está sem clube. Paulo Báier não se acertou com o Palmeiras e está aí, de banda.

A contratação cai bem tanto para o Inter quanto para o Grêmio. Para o time de Abel Braga, significa uma opção a mais para a lateral-direita, já que Ceará está machucado e Elder Granja some sempre que se precisa dele. Ou ainda para trazer um pouco mais de inteligência ao meio-campo, que passou os 90 minutos resolvendo a parada com balões para frente em Montevidéu. No Grêmio, Báier poderia ser mais uma opção para a lateral-direita, uma das posições ainda não resolvidas no time.

Fora que é o tipo de jogador que a imprensa gaúcha adora – esforçado, mas não craque. A única dúvida é se o São Paulo já não acertou com ele enquanto eu escrevia esse post.

12.2.07

Quem mandou não estudar?


Danrlei, 34 anos, ex-goleiro de seleção, campeão brasileiro e da Libertadores, várias vezes campeão da Copa do Brasil, foi parar no São José de Porto Alegre.

Eu poderia listar os motivos que levaram o ex-goleiro do Grêmio a tamanha decadência, mas tenho coisas mais importantes pra fazer.

Preciso fazer um apelo urgente aos clubes do interior:

Por favor, clubes do interior, mobilizem-se para contratar o Palhinha. É a única possibilidade de fazer desse Gauchão 2007 um campeonato emocionante.

11.2.07

São as explicações

Me perguntei como o Corinthians tomou três do São Paulo. Quando vi o pênalti abobado que fizeram no Aloísio, tive a primeira pista, mas a resposta definitiva veio agora zapeando. Ao passar pelo compacto do jogo, eis que Elton recebe a bola.

Não, jogador de um metro e meio não dá.

UPDATE: Daí vou no Terra e vejo Rogério Ceni dizendo "deu a lógica". Nessa hora não me aparece um Melancia para acabar com esse sujeito.

8.2.07

Xingamento

Ontem eu fui no Morumbi ver São Paulo x São Bento. Ganhei convite para
ir no camarote da Placar. Tava chovendo pra caralho em São Paulo, o
que explica um pouco o público de 4.000 pessoas.

O camarote é sensacional, com bebida liberada (cerveja, chopp, suco,
refri e água), um monte de comida (cachorro-quente, queijos,
salgadinhos, amendoim, pipoca), revistas da Placar, poltronas
confortáveis, internet e banheiros limpos. A vista não é a melhor do
mundo, mas no camarote tinham TVs passando o jogo, com aquele Danrlei
básico de 3 segundos.

O São Paulo tomou um sufoco do São Bento no primeiro tempo, mas acabou
achando um gol aos 44 da primeira etapa e no segundo tempo tudo foi
mais tranqüilo, chegando aos 3 x 0. Se o São Bento tivesse um
centroavante o jogo teria sido outro.

Mas o mais afudê do jogo (obviamente eu tava torcendo pro São Bento,
então não gostei do resultado e ainda tive que ver o jogo ao lado de
um monte de torcedor do São Paulo) foi uma hora em que a bandeirinha
marcou lateral para o SB numa jogada em que o São Paulo estava com a
bola pela linha de lado.

Aí a torcida começou a xingar. Mas não xingou da forma convencional,
chamando a bandeira de vagaba, meretriz ou algo desse nível. Xingou
aonde dói. Xingou na fraqueza de qualquer mulher. A torcida não
perdoou e vociferou:

- GORDA! GORDA! GORDA!

4.2.07

Eu fui!


Não no Planeta Atlântida, mas no Gauchão em Cidreira. Grêmio 2 x 0 Caxias.
O ex-Sessinzão é um estádio bem ajeitado, mas totalmente sem sentido. No meio das dunas, mesmo com quase 15 mil pessoas, é inevitável uma minideprê ao chegar ali. No máximo 10 lances de arquibancada na parte não-coberta, ausência de refletores, uma pista atlética surreal que deixa o espectador a uns 20 quilômetros do jogo.

O ingresso a R$ 20 é inacreditável, o que explica o público miserável de Inter 1 x 2 Juventude, hoje. Com 35ºC de calor, o jogo foi meia-boca, com o Grêmio dominando o primeiro tempo e administrando o segundo. Não dá pra entender porque marcam um jogo de futebol às 16h, no sol das três, se não tem transmissão na TV e anoitece às 21h. Podia muito bem ser às seis.

Sobre o resto da rodada, comentários? O Inter perdeu com seu time ruim, em mais uma apresentação que não diz nada sobre o resto da temporada. Para efeitos de futebol sério, o Inter que tá jogando o Gauchão é tão relevante quanto o Glória de Vacaria, já que nenhum desses jogadores vai entrar na Libertadores. A única conseqüência possível da má colocação no campeonato é o clube acelerar a estréia do time principal, ainda que misto, prejudicando a pré-temporada. O que é meio improvável.
O "Grêmio 100%" que ficam berrando no rádio também não é bom dar muita bola. Tem sérios problemas ainda de posicionamento na defesa - nos últimos jogos, qualquer atacantezinho fica no mano com os zagueiros. O Edmílson é pior que o Jeovânio na marcação, desprotegendo mais a zaga, e o Diego Souza não seguiu jogando o que jogou na primeira partida. No ataque, a coisa está melhor com o guri Carlos Eduardo que é rápido e o Tuta que faz gols, mas falta bastante a jogada de flanco, nos dois lados. É algo que o time precisa criar até a Libertadores.

1.2.07

Típico

Semana passada eu falava do jeito que jogadores como Jorge Wagner e Christian tocavam suas carreiras, sempre pulando de galho em galho. Só para comprovar meu post, Jorge Wagner, depois de tudo acertado com o Grêmio, foi parar no São Paulo. E Christian, antes de completar dois meses no Parque São Jorge, está de volta ao Inter. Não dá pra dizer que foi coincidência, e menos ainda que foi uma previsão, digamos, nostradâmica. Eles só fizeram o que se esperava deles.

De qualquer maneira, desejo boa sorte aos dois, já que um está no Inter e outro, felizmente, não está no Grêmio.

A rodada

Na verdade, a época dos estaduais é a que eu mais gosto em futebol, desde que o Grêmio parou de jogar a Copa do Brasil (por exemplo, no ano passado quando caiu ridiculamente cedo). É muito mais afude do que o Brasileiro, sem falar em Libertadores, etc. É quando tu vê os Barueris metendo os grandes, aqueles estádios tipo a Pedra Moura, gols de bizarra habilidade de gente como o Somália ou o Adão, juiz anulando gol depois de validar. E mais: como ninguém tá dando muita bola pra nada, todos falam mais besteira.

Ontem depois do jogo do Grêmio, fiquei escutando as entrevistas no rádio - o ponto alto na onda média foi o diretor de futebol do Grêmio chamando o Jorge Wagner de mau-caráter porque assinou com o São Paulo tendo um contrato com o tricolor gaúcho. E assistindo o teipe do Corinthians x São Caetano na TV, aparece o Leão. E o cara tem que ouvir o Leão, especialmente depois de um jogo em que o time dele perde e tem 3 expulsos. A primeira expulsão foi uma doença. Mas para o Leão, não importa que o Roger tenha pisado no tornozelo do adversário por trás, nem que o Betão tenha dado um carrinho por trás - para ele, é tudo roubalheira. Melhor para nós, porque aí ele fala, na mesma entrevista, que o juiz está barrigudo e acha que está no fashion week.