31.3.08

Bola Dividida - O café do gênio

A temporada de 2008 marca os 38 anos de um café solúvel que encantou o mundo: o Café Pelé. Importado para 75 países dos cinco continentes, o produto hoje é reconhecido até mesmo pelos povos que preferem chá, como a China e a Inglaterra. Um verdadeiro embaixador do café brasileiro.

Curiosamente, só há um lugar onde o Café Pelé não é valorizado: o Brasil. É sempre assim. Aqui, os analistas preferem exaltar os grãos que vem da Colômbia, e insistem em afirmar que as cafeteiras italianas produzem um café superior. 

Coisa de um país que não valoriza os ídolos e os grãos que produz. 

Pelé é gênio. Merece respeito. 

Heinhô?


Infelizmente, não pude me deliciar com o aúdio da belíssima transmissão da RBS TV, do jogo Ulbra Canoas X Internacional, válido pelas quartas-de-final do Gauchão. Diante disso, gostaria de compartilhar com alguns colaboradores do blog que assistiram o jogo comigo - e também não tiveram esta oportunidade ímpar. Nos fóruns da internet, alguns gaiatos fizeram o trabalho sujo por nós e coletaram as seguintes pérolas do grande narrador Paulo Britto, com a ajuda do glorioso Batista, o comentarista:

Bustos caído no 1º tempo:

Britto - Me parace o Iarley caído...


Após o jogador da Ulbra perder a cobrança de pênalti:

Britto - E aí, Batista, qual a melhor maneira de bater um pênalti?

E de prontidão a resposta:

Batista - De maneira que a bola entre no gol....

Será que eles combinam isso antes do jogo?

Em determinado momento do jogo:

Britto - Olha o Alex ali, batendo um papo com o adversário... O Alex que é um jogador bem quisto até mesmo pelos adversários...

No final do jogo:

Britto - - Muito bom final de jogo aqui no complexo da Ulbra, vamos para o intervalo e já volta... Ou melhor, não voltamos não, vamos ficando por aqui...


Valeu, Britto! Se o Gauchão não é nenhuma maravilha como espetáculo esportivo, ao menos contamos com essas intervenções tão profícuas e valiosas para o acervo do jornalismo esportivo gaúcho.

26.3.08

Em defesa do capitão


Na atual temporada, Fernandão não vem tendo bom rendimento - até o mais cego dos colorados concordaria -, mesmo tendo um início promissor, na Dubai Cup, fazendo um dos golaços que garantiu o título frente à Internazionale.

As razões para a má fase estão longe de serem uma unanimidade entre a imprensa e torcedores. Alguns sugerem que a mudança de parceria no ataque, com a lesão de Nilmar, fez com que sua posição dentro de campo fosse recuada, sem que houvesse uma referência para fazer tabelas eficazes. Outros, simplesmente, acusam o ídolo colorado de ter perdido o interesse em jogar, e até mesmo acusam-no de ter desviado o seu foco de atuação profissional para a gestão de um empreendimento gastronômico, do qual é sócio.

Nunca ouvi uma vaia em uníssuno da torcida no Beira-Rio direcionada ao camisa 9 colorado, daquelas que Michel e Gabiru levavam impiedosamente. Resmungos e reclamações são comuns, quando o capitão tenta tocar de primeira e erra, ou quando perde uma dividida que parecia fácil de ganhar, mas parece haver um acordo tácito da massa vermelha de que Fernandão é Deus, e deuses não podem ser xingados sob pena de cometer uma blasfêmia.

O certo é que, com a entrada de Iarley, é visível a falta de um atacante com maior poder de finalização. Fernandão e Iarley desempenham funções de segundo atacante, preferencialmente, servindo um ao outro, e falta o cara para empurrar a pelota para dentro da cidadela.

Pedro Iarley – o jogador mais importante na final contra o Barcelona -, apesar de ser extremamente inteligente, aos 33 anos, já não tem mais o mesmo vigor para ganhar dos zagueiros, e usa o lado do campo para as jogadas de ataque, e quem entra na área, geralmente, é Alex ou Magrão. Por isso, até a volta do golden boy colorado, o jogador ideal seria Adriano, que em duas partidas mostrou por que foi contratado pelo Inter. Tem bom arranque e finaliza bem. Mas já sabemos que a filosofia abeliana segue premissas quase estóicas: primeiro os bruxos ou consagrados, depois os merecedores.

Altos e baixos têm sido uma constante na carreira do capitão colorado, desde sua estréia, com a marcação do milésimo gol da história dos clássicos gre-nais - a torcida colorada ganhava um novo ídolo que resgatava a arete colorada, e a partir dali, o Colorado Gaúcho começava a escrever o primeiro capítulo de uma epopéia vitoriosa. Após longas paradas, por lesão, ele sempre voltava capengando, mas dava a resposta assim que engatava dois ou três bons jogos.

Ao lado de Falcão e Figueroa, Fernando Lúcio da Costa – o Fernandão – está no rol dos jogadores mais importantes da história do Internacional, se não o mais. Não só por ter contribuído de forma significativa nas conquistas mais importantes do clube – a Libertadores e o Mundial FIFA -, mas também por sua liderança técnica e de grupo: visão de jogo e inteligência aliadas à gana de ganhar. Quem viu o filme dos bastidores e “Gigante” sabe do que estou falando.

Fernandão ainda tem muito para realizar no Internacional, a casa que o acolheu tão bem, e a recíproca também foi verdadeira. Longe de querer defender a escalação dele só pelo nome e biografia – já que isso seria aprovar os preceitos abelianos -, mas tenho certeza que sua manutenção no time do Inter é muito mais do que dívida de gratidão ou carteiraço.

Logo, logo, a ressureição do bom futebol estará de volta, assistências e gols ocorrerão naturalmente, como em 2006, em que os corneteiros, urubus de plantão e mães dinah wianetes já previam que o ciclo do capitão estava no fim. Se Abel o escala por convicção, gratidão ou medo, pouco nos importa, pois o lugar do líder no time é mais do que uma escalação acertada: é a mais pura expressão da vontade de ganhar e ajudar o time a ser campeão.

24.3.08

O efeito Grêmio

Na esperança de ganhar mais votos e ficar na casa, a Natália do BBB começou a espalhar que era gremista. O pai dela saiu a angariar votos, mostrou o nome dela na Calçada da Fama do Olímpico, ela falou do Grêmio para a Deborah Secco e tudo mais.

Ontem, até saiu matéria sobre ela e seu time no Esporte Espetacular.

A reportagem surtiu efeito: Natália foi eliminada no mesmo dia.

19.3.08

A final do Olímpico

O amigo Raul Santos envia uma colaboração sobre a provável final do Gauchão no Estádio Olímpico.

Como o assunto favoritismo está em alta, deixo meu ponto de vista. O Grêmio está para confirmar a melhor campanha da primeira fase e, assim, garantir os jogos decisivos do mata-mata em casa. Até então eu estava secando que algum interiorano cometesse o crime. Não só pro Inter poder se aproximar na pontuação, mas pro time do Roth experimentar a derrota nessa nova passagem.

Com a redução drástica de possibilidades de o Grêmio ser alcançado em pontos, passei a analisar os prós e contras de uma final no Olímpico. O Inter foi dado como favorito em 2006. Perdeu. Também era favorito em 2007. Sem comentários. Se a final fosse no Beira-Rio, recairiam novamente sobre o comandado de Abel, uma certa pressão pela conquista do título. Por parte dos torcedores, porque o Inter não ganha GreNal desde o Brasileiro de 2006 e para tentar amenizar o peso das duas derrotas para o Juventude; e também porque, mesmo sendo GreNal, decidir a final em casa sempre é favorável. Certo? Errado! Só se for para o Grêmio. Por que será melhor para o Inter, a final no Olímpico...

Em 99, depois de o Inter ter vencido o primeiro clássico em casa por 1 x 0, acabou perdendo o jogo do Olímpico por 2 x 0. Ocorreu o terceiro jogo, novamente no Olímpico e o Grêmio venceu por 1 x 0. Foi o GreNal do Ronaldinho.

Em 97 a final foi no Beira-Rio e o Inter ganhou por 1 x 0. O ano do Fabiano Dado Bier. O primeiro jogo da final de 95 foi no Beira-Rio e terminou em 1 x 1. No jogo do Olímpico o Grêmio ganhou de 2 a 1. Não teve final em 93. Foi disputado um octogonal com turno e returno. O Grêmio terminou em primeiro, com 23 pontos, contra 18 do Inter e foi o campeão. Nos Grenais, o Grêmio ganhou o do Beira-Rio por 1 a 0. No Olímpico os dois empataram em zeroa zero.

Há dezesseis anos, quando o Inter ganharia também a Copa do Brasil, venceu o primeiro jogo das finais em casa, por 3 x 1. No jogo do Olímpico garantiu o título com um 0 x 0. E essa – meus amigos – foi a única vez na história em que o Inter deu a volta olímpica do Gauchão, no Olímpico!

12.3.08

Tu de novo Lauro?


Concluo, de forma definitiva, que o cidadão chamado Lauro, meio campista do Juventude, é o único responsável por todas as barbaridades que acontecem nos jogos entre Inter e Ju.

Esse mau caráter veste a camisa desse time a mais de 10 anos. Troca técnico, troca jogador, troca de divisão e esse elemento sempre lá, estragando os jogos do Inter.

O retrato da crueldade se viu nesta quarta...o time do Lauro não erra passes, o time do Lauro marca sob pressão, é um fenômeno a parte esse Lauro...

A touca do Inter se chama Lauro. Ah, e ainda bem que o Maurílio tá longe.

2.3.08

O que falta no Internacional?

Quem tem acompanhado o Inter desde o final da temporada passada (afinal, o time é o mesmo), tem reparado que o entrosamento e o toque de bola são características que farão diferença nesse primeiro semestre.

Agora, da mesma forma que vejo o Inter com grandes chances de ganhar qualquer um dos campeonatos que disputar, tem uma coisa no time que me preocupa: o Inter tem levado muita bola nas costas dos laterais....aliás, o Inter tem laterais?

Tenho reparado que em jogos com times mais fechados, faltam jogadas pelas laterais pra abrir a defesa adversária e quando atacado, a maioria dos lances de perigo do adversário são de jogadas pelas pontas. Tem um vazio alí, um oceano, ocupado por meio campistas e zagueiros.

Isso pra mim é o grande ponto contra em relação ao time de 2006, da Libertadores. Jorge Vagner e Ceará faziam puta diferença. No resto, está melhor, mais zaga, mais meio, mais ataque....