25.11.08

Hollywood

O centroavante Reinaldo, do Grêmio, tropeçou numa formiga no Barradão e pára por um mês, dando adeus ao campeonato. Já está escalado para fazer a sequência de "Corpo Fechado", substituindo Samuel Jackson no papel do vilão-nêmesis-de-Bruce-Willis que não pára de se quebrar.

Se deu bem. Jogador brasileiro algum ganha boneco articulado com sua imagem. Claro, nada de dar o brinquedo pra alguma criança. Tem de ficar na prateleira, bem protegido.

23.11.08

Acabou o campeonato

Até que tava demorando, mas o Celso Roth conseguiu entregar o Brasileirão. O time ganha de um a zero fora de casa, sofre o empate. Uma pena, mas dá pra ir atrás. O juiz expulsa um zagueiro. Uma pena, mas lembrem que nós é que supostamente vamos estar no ataque então...

Então o Celso Roth pega um lateral que está no banco há 2 meses, depois de perder a posição prum guri de 18 anos - que depois perdeu a posição pra um meio-campista. Ele pega esse lateral e põe no time no lugar de um dos melhores meio-campistas do campeonato. Com o Souza no meio, o Grêmio toma 3 gols em 12 minutos e entrega a taça pro Muricy.

Tudo bem, o Celso Roth levou o Grêmio até aqui, tem o direito de nos tirar também. Não vou perder tempo falando da coleção de erros bizarros - Lento Orteman na hora de ir pra cima, Perea fora do banco por sei lá o que, Soares e Douglas em Porto Alegre, etc. Tudo bem, Juarez, o time é teu.

12.11.08

Multa neles

O Luxemburgo multou o Marcos por causa das corridas desabaladas para o ataque com bola rolando, durante o jogo contra o Grêmio. Eu sou muito a favor de multar jogador, já há muito tempo, porque jogador de futebol só sente no bolso as coisas.
Eu multaria jogador por muitos motivos, mas minha primeira punição pecuniária seria canetear bonito quem cobra escanteio curto.
Porque o sujeito tem ali uma bola parada, numa posição impossível de deixar alguém em impedimento, para chutar quando quiser, na maior calma. Pode mirar direitinho e tirar do goleiro. Das bolas paradas, só o tiro de meta é mais isento de responsabilidade: se o cara bater mal, no máximo o que vai acontecer é o zagueiro dar um bicão pra lateral - e aí a bola ainda é tua.
(Claro, a não ser que tu seja um jogador do Coritiba)


Mas não: alguém inventou essa de tu rolar a bola prum jogador que vem de trás. Alguém imaginou, nalgum momento da história, que um cara bater uma bola em movimento contra ele, na corrida, às vezes acossado por um marcador, com a defesa toda saindo para deixar o ataque em impedimento e com o goleiro posicionado para interceptar no meio da área, seria uma boa idéia. Esse alguém deveria ser pendurado pelas bolas.
Como esse tipo de punição anda em baixa, eu implantaria a multa. Cobrou curto, multa de 15% do salário pro mangolão, 10% do salário pra quem recebeu a bola (esses são culpados porque se apresentam para receber, em vez de ir para a área ou marcar o atacante pescador) e 20% do salário pro treinador - se o técnico sentir no bolso, o retardado nunca mais veste a camisa em jogo oficial.
E essa grana nada de ir para a caixinha e pagar cerveja e churras pros vagabundos. Vai ser gasta em língua-de-sogra para ser distribuída à torcida quando vai receber o time no aeroporto.

1.11.08

Da série "Grandes bigodes do Linha Burra"


Américo Faria

Entre os três grandes empregos que eu gostaria de ter, além de piloto de testes da Ferrari e vice-presidente da República, o que mais instiga minha curiosidade é o cargo vitalício de Supervisor Técnico da Seleção Brasileira.

Muitos técnicos passaram pela casamata do escrete canarinho, mas o bigodudo sempre esteve lá, quiçá desde os tempos da CBD. A aparente insignificância do logistic providers à beira do gramado, esconde um tipo, que, inclusive tem seu nome citado no relatório da CPI da CBF no senado, em 2001, por recebimento de adiantamento sem a devida prestação de contas.

Eu fico imaginando as atribuições do cargo: marcar passagens e hotel para os jogadores, receber empresários e organizar o carteado dos boleiros. Oh, vida dura! Com certeza, atividades que requerem uma expertise virtuosa e um talento não menor.

Todos chamam os técnicos de burros, mas será que não era hora de mandar o Américo Faria vestir o pijamão, afagando o bigode e representando sua placidez bovina sentado na poltrona aveludada de casa, na frente da telinha da Globo? Pense nisso.

Américo Faria é do tempo em que bigode era sinônimo de respeito.