28.6.08

Antes que seja tarde

Domingo é a final da Eurocopa, e como tem Grenal no mesmo dia, é bem provável que o assunto morra logo, então vamos lá: essa Eurocopa foi o melhor torneio interseleções que eu já assisti.

Tudo bem, o horário era funesto para um trabalhador assistir aos jogos, mas os vts estavam lá, disponíveis no Sportv diariamente às 23h. Assisiti vários, mais as partidas ao vivo nos finais de semana, e posso dizer que meu medo de que o futebol ficaria cada vez mais chato foi pro saco.

Depois da horrenda Copa de 2006, os europeus resolveram salvar o futebol: Holanda, França, Espanha, Portugal, Russia e Alemanha abandonaram a cagalhonice e jogaram pra frente, com toque de bola rápido e muita objetividade. Por Deus - ou seria por Alá? -, até a Turquia foi ofensiva! Enquanto isso, a Itália, que manteve seu pragmatismo, ficou nas quartas de final.

Parece até que foi tudo planejado: os técnicos se reuniram antes da Eurocopa e decidiram em conjunto que a "nova onda é atacar". Ou isso, ou foram perguntar pro sir Alex Fergunson como ele fez pra ganhar a Copa dos Campeões. E o véio deu a mesma resposta pra todos.

15.6.08

Paraguai x Paraguai

Logo mais começa o jogo. O Brasil há muito tempo deixou de ser Brasil, provou isso nos amistosos recentes contra Canadá e Venezuela. Acho que vai ser o duelo entre o Brasil paraguaio e o Paraguai.

Há coisas melhores para se fazer numa tarde de domingo. Pegarei somente os golos no fantástico. Querem apostar como não perderei muita coisa?

Ainda bem que está rolando a Eurocopa. Ao menos temos um ou outro jogo bom durante a semana.

Vovô adversário

Lembro de uma vez em que fui jogar bola na Redenção com dois amigos pernas-de-pau - assim como eu, claro. Enfrentamos um time de vovôs e netinhos, auferindo gloriosa e dilatada vitória. Eu fico na minha, mas até hoje há quem se vanglorie, no grupo, por aquela conquista, como se a mesma o tivesse alçado à condição de craque.

Está certo que eu achei que, a essa altura do Brasileirão, o Grêmio já não estaria mais na faixa de classificação para a Libertadores. Mas ainda acho totalmente exagerado qualquer elogio que se faça à qualidade do time tricolor. Olhem os adversários!!! Olhem os adversários!!!

No Serra, neste sábado, talvez até uma equipe da Copa Paquetá batesse o paupérrimo Goiás. E pensar que havia um tabu de mais de dez anos relacionado a vitórias do Grêmio por lá...

Continuamos com times de tradição na Série A. Mas a bola que está sendo jogada... Só sendo muito amante do futebol para assistir certos jogos. Estou vendo vovôs e netinhos em campo. E o Grêmio também, como eu e meus amigos.

Ligeirinho


Achei a saída de Fernandão do Inter rápida demais. Negociações não são fechadas num piscar de olhos. E, hoje em dia, não há informação que não vaze para a imprensa.

Seria loucura pensar em alguma rusga entre ele e Tite? Parece que o seu adeus ao Beira-Rio começou a ser cogitado e confirmado somente após a contratação do treinador.

Por rusga devemos entender qualquer tipo de divergência. De repente o substituto do Abel pode achar que o capitão mereça banco, assim como alguns torcedores já estavam pedindo, em virtude das fracas atuações do cabiludo. Então a direção e o próprio Fernandão podem ter pensado que sair agora seria melhor, evitando conflitos no grupo posteriormente.

12.6.08

Doença

Eu curto muito as cornetas bem-humoradas. Hoje, as 12h50min, caso o sujeito digitasse Tele Entulho Porto Alegre no Google, vejam qual é a primeira opção que aparecia. Corneta-hacker.

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11.6.08

CAZÁ, CAZÁ, CAZÁ (seja lá o que isso signifique)!!!


Não há que se discutir a justiça no título do Sport na Copa do Brasil. O time pernambucano passou com autoridade pelo Palmeiras ("uiuiui, melhor time do Brasil"), Inter ("uiuiui, Campeão do Mundo") e Corinthians ("uiuiui, Mano Menezes"), não só por saber utilizar a torcida e o gramado da Ilha do Retiro a seu favor (foto ao acima), mas também por ter uma postura surpreendentemente ofensiva, jogando com três atacantes sempre que possível.

Mas o que me chamou a atenção foi o grupo de jogadores do Sport. Não sei se mais alguém notou, mas o time pernambucano teve sempre uma peça de reposição eficiente quando necessário. Claro que não é o melhor elenco do Brasil, nem o mais caro, mas é um grupo de jogadores experientes, abnegados e que, principalmente, sabem jogar bola. O Leandro Machado não é mais um grande atacante, o Enilton já passou por melhor fase, Romerito e Sandro Goiano estão dobrando o cabo da boa esperança e o Carlinhos Bala não é o tipo de jogador que vai meter medo em todo mundo, mas todos juntos dão liga - com menção honrosa ao zagueiro Durval, que campeonato fez esse homem.

O que tem pra se comemorar nesse título de Sport é isso: vê-se que houve um bom planejamento para esse ano. É bizarro celebrar algo que deveria ser comum, mas é que, na boa, o futebol brasileiro tá foda.

9.6.08

Futebol é treino, futebol é repetição...

O gol do Carlos Alberto, o primeiro dele com a camisa do Botafogo, ontem, foi um primor de jogada ensaiada. (Ao lado, Perivaldo comemora, ofegante)

De acordo com os relatos da Band, a entrega a jato da bola, do gandula para o lateral-esquerdo, é coisa treinada pelo alvinegro carioca. Arquitetada. Assim como o gandula colocar a redonda no lugarzinho certo pro cara bater o escanteio rápido. Ontem, o Carlos Alberto recebeu livre pra fazer o golo, de tão rápido foi o lateral.


Se o treinador do Coritiba fosse o Busatto, chamaria os botafoguenses de golpistas safados. Se fosse a moça do post abaixo, os chamaria de quê? Eu, no caso, só acho engraçado que alguém se deu ao trabalho de combinar isso com os gandulas. Ia ser mesmo afude o time adversário começar a marcar essa jogada - botar o massagista na frente do gandula o jogo todo.

7.6.08

Coxa nua


Curitiba, PR, 05 (AFI) - Um ensaio sensual pra lá de polêmico gerou um grande mal-estar no Coritiba. A revista erótica Área Vip Brasil divulgou imagens da modelo Suzana Pitelli nua e, literalmente, com as coxas brancas de fora, fazendo poses provocativas nas arquibancadas, nos gramados, no banco de reservas e até mesmo nos vestiários do Estádio Couto Pereira.

Até aí estaria tudo bem. Não fosse pelo fato de que a diretoria do Coxa Branca nega ter liberado o estádio para este tipo de exibição.

"Isso não foi autorizado por nós. Não deve-se fazer nenhum tipo de exibição do Couto Pereira, que não seja desportiva", disparou o presidente Jair Cirino, ao jornal Gazeta do Povo.

Apesar das declaração do dirigente do Coritiba, na revista há um agradecimento especial ao departamento de Comunicação e Marketing do clube.

"Vamos abrir um processo administrativo e buscar os responsáveis por essa divulgação", declarou Cirino, sem ter nenhuma idéia de quem teria aberto os portões do estádio para a equipe de fotografia

Além de ser capa da revista, o ensaio também serviu para divulgar uma das principais casas de striptease de Curitiba, o Café Paris Night Club, onde a modelo faz apresentações nesta quinta e nesta sexta-feira. O mais curioso é que a propaganda de sua apresentação possuí o título de "A Ronaldinha Gaúcha". Seria ela um "affair" do craque?


Lamentável o teu dirigente, heinhô, Zé?

6.6.08

Falta de união na imprensa esportiva

Este é o segundo motivo pelo qual deixei de atuar no jornalismo
futebolístico. O panorama é ridículo. Os repórteres são verdadeiros
bonecos nas mãos de jogadores, técnicos e dirigentes de clubes.

No começo da carreira, o jogador pede para falar. Quer aparecer na
mídia, afinal, precisa disso para se promover. É assim, afinal, que
conseguem transferências para outros clubes, quem sabe até lembranças
nas convocações da Seleção Brasileira.

Mas o ciclo é sempre o mesmo. Depois que conseguem a sonhada
alavancagem, os profissionais passam a destratar a imprensa. Não que não
precisem mais da mídia, isso quase sempre precisarão – exceto as figuras
de destaque absoluto, como Ronaldinho Gaúcho ou Kaká, entre os
brasileiros, atualmente.

Só que qualquer profissional do futebol de destaque médio já sabe que,
mesmo destratando algum jornalista hoje, terá sempre os microfones
abertos no dia de amanhã. Ele sabe que pode escolher para quem falar,
que sempre terá um microfone à disposição.

Muricy Ramalho é uma figura clássica para este tipo de abordagem. Foi
com a imprensa enaltecendo o seu trabalho que ele saiu do Figueirense
para o Internacional e, depois, para o São Paulo. É claro que ele tem
mérito pelos resultados alcançados com estes times, mas talvez a
escalada demorasse bem mais não fosse o apoio da mídia.

O técnico, a quem falta educação, é o rei do tapa no microfone. Se na
primeira agressão a jornalista a classe se unisse, a prática deixaria de
acontecer em pouquíssimo tempo.

Se NINGUÉM mais falasse com o técnico a partir daí, ele sofreria enorme
prejuízo na carreira. Pela “dor”, mudaria de postura rapidamente.

Mas não é o que acontece, infelizmente. A classe jornalística,
principalmente no segmento esportivo, aqui no Rio Grande do Sul, tem
nota zero no quesito união. Se Muricy ou outro qualquer dá um tapa no
microfone do repórter da emissora A, o colega da emissora B continua
tentando entrevistar o treinador.

O que acontece então? Se B entrevista, o profissional consegue passar o
seu recado. E a emissora B ganha mais audiência, porque o torcedor é
passional e logicamente se importa menos ainda com o repórter da outra
emissora.

E o pior é que o quadro caótico não pára por aí. Os gerentes das
emissoras também não estão nem um pouco preocupados com os repórteres.
Na reunião seguinte, vão reclamar da queda da audiência e que o seu
repórter não ouviu, mesmo assim, o tal técnico (para seguir no exemplo
dado acima). No próximo jogo, são capazes até de deixar o repórter na
“geladeira” para evitar que a situação se repita.

Enquanto a união da categoria não acontecer, aqueles que fazem o futebol
vão continuar deitando e rolando. E os pobres jornalistas seguirão
sofrendo, como verdadeiros fantoches.

A solução seria simples: no primeiro tapa, na primeira agressão – física
ou verbal – a imprensa deixaria de entrevistar o responsável. Falta é
vontade!

Larguei de mão

O futebol. Pelo menos até o término da semana.

Realmente incrível um time jogar bem pior nas duas partidas e ainda sair com a vaga. Bom, mas os comentários já foram feitos a contento no post anterior.

Já que não vou falar da bola redonda, vou aproveitar o espaço para "avacalhar" também, assim como avacalhada ficou a final da Liberta.

Aí vai um poema estilo "no ônibus", de minha humilde autoria.

A televisão é uma salada
Muitos dizem: "Não leva a nada!"
Cada programa é um ingrediente
E não é que ainda tem gente
Que não gosta de cenoura
Bravanel ?!?!?!

Fazia vários desses na sala de aula, durante a faculdade de jornalismo. Depois comecei a ter mais o que fazer na vida. E parei.

Agora, pensando em avacalhação, me deu vontade de fazer outro... hehe

Viram só? O Boca perde, e os leitores do Blog é que pagam o pato!!!

Para fechar, um bem das antigas, que ao menos tem a ver com o azar do time argentino no jogo de B. Aires:

Bola na trave
Trava a intenção do gol iminente
Metade do estádio fica triste
Metade fica contente

5.6.08

O Profeta Tricolor



"Eu vos digo que o melhor time é o Fluminense. E podem me dizer que os fatos provam o contrário, que eu vos respondo: pior para os fatos" - Nelson Rodrigues





O Fluminense está encarnando o Sobrenatural de Almeida. É a única explicação pro que vem acontecendo. Há tempos eu não via uma equipe ser inferior em quatro partidas decisivas consecutivas e mesmo assim classificar-se - olha, se vi, não lembro.

O Flu já não merecia sair vencedor do confronto contra o São Paulo, principalmente depois que o Renato desmontou o meio de campo no segundo tempo da partida no Maraca e os bambis perderam gol atrás de gol - mas aí vieram um frango do Rogério Cenil e a cabeçada metafísica do Washington, pum, classificação.


Agora, contra o Boca, foi demais: o Flu foi dominado lá e aqui. Mas BEM dominado. Do tipo Hitler dominando a Europa. Mas aí veio o Sobrenatural: a bola passa no meio da mão do goleiro do Boca e entra; a bola bate no zagueiro do Boca e entra; o Palermo cabeceia 542 bolas e só uma entra; o Fernando Henrique, um tremendo frangueiro, vira herói e fecha o gol.


Só não digo que foi injusto porque o Fluminense está claramente envolvido em algum arranjo cósmico roteirizado pelo Nelson Rodrigues. Dia 2/7 saberemos como acaba.

4.6.08

Eu vou tirar você desse lugar


Fluminense, egresso da terceira divisão na década de 90 por conta de um canetaço, portador de escassos títulos de importância, e, pior de tudo, representante do decadente futebol carioca, vai decidir a Libertadores com uma sigla. 

Dói demais, para quem comemorou a Libertadores como louco dois anos atrás, descobrir que ela tá passando em qualquer mão. É tipo o cara se apaixonar por uma mulher e descobrir que ela trabalha na Labaredas Whiskeria.