30.9.06

Xô assombração!

Acabou! Já não aguentava mais esse fantasma do "mas com um jogo a menos". Nessa tarde de sábado pré-eleição, São Paulo, Atlético-PR, Internacional e Paraná disputaram seus respectivos jogos adiados desde o tempo da Libertadores e deram fim à minha angústia.

Tava ficando paranóico tentando vislumbrar as mil e uma combinações necessárias para ver o Grêmio no topo da tabela. Também já tinha aquitetado uns três ou vinte cenários diferentes para saber quão longe poderíamos ficar de nossos arqui-rivais.

Depois do empate do São Paulo e da vitória colorada, todos os times voltam a ser iguais em número de jogos: 26 cada um. Teremos que tirar uma diferença de 5 pontos em 12 jogos para sermos campeões. Uma tarefa tranquilamente possível, considerando o confronto direto entre tricolores do sul e sudeste que ocorrerá no Olímpico. Aos colorados eu só tenho a agradecer. Abriram uma vaga a mais na Libertadores 2007 e deixaram um concorrente direto às primeiras posições estacionado na rodada depois da vitória de hoje. Que alívio! Apenas um ponto nos separam e não mais "um jogo a menos".

Não sei pra você, torcedor do Tuna Luso, mas pra mim, vai ser um alívio poder ouvir o Milton Leite apresentar a clasificaçããão do campeonato livre daquela mentirosa, meliante e ilusória tabela de pontos.

Senhoras e senhores, com vocês, a veradeira e genuína tabela de classificação do Brasileirão 2006.

A batalha inacreditável

O título da Série B do ano passado foi uma das coisas mais impressionantes que o futebol já viu. Um time com 7 ganhou de um time com 11 e levou o caneco.
Pois demorou um pouco mas a façanha gremista ganhou registro em vídeo - e logo dois. Há pouco mais de um mês, foi lançado o DVD "Inacreditável - A Batalha dos Aflitos", por uma produtora independente gaúcha. Há uma semana e pouco, o DVD "oficial", feito sob os auspícios do clube, foi lançado também, chama-se "A batalha dos Aflitos".

O primeiro eu comprei no dia em que apareceu na Multisom, por R$ 29,90. Peguei logo três na prateleira; um para dar de presente, um para mim e um para um amigo que estava viajando dar a tempo de presentear seu pai. Com o Inter na final da Libertadores, foi um alívio alimentar o gremismo assim. O segundo ganhei ontem do próprio Grêmio, ao transferir o pagamento da mensalidade de sócio para débito em conta. Custa R$ 19,90 e pode ser comprado aqui. Não vou mentir: assistir aos dois é tarefa para gremista. É material para fã.
Como documentário, "Inacreditável" é bem melhor. Conta a campanha do Grêmio na Série B mostrando muitos gols, inclusive contra times que eu esqueci ter visto no estádio, tipo o São Raimundo. É permeado de depoimentos de gremistas comuns sobre o que faziam no fatídico dia 26 de novembro, e tem algumas histórias engraçadíssimas.
"A Batalha dos Aflitos" é menos bem acabado, para dizer o mínimo. O compacto do jogo, detalhadíssimo, tem narração das rádios de Porto Alegre, especialmente a Guaíba. Eles pegaram o áudio das jornadas daquele dia e puseram sobre as imagens da TV. Ficou meio irritante na primeira metade do jogo, que vai até o pênalti contra o Grêmio aos 34 do segundo tempo. Em jogo normal, não há sentido em recuperar a narração do rádio. Além do som ser terrível, a única graça é ver como os narradores reinventam os fatos do campo. A partir da confusão e das expulsões, o áudio das rádios é muito interessante, porque pega toda a avacalhação que virou aquilo. O presidente Paulo Odone narrou o gol de Anderson pela Pampa - o repórter da rádio o entrevistava de costas pro campo quando o guri entrou na área a dribles.

O grande mérito do DVD Oficial é mostrar os bastidores do jogo. O vestiário apertado e recém-pintado, a porta de acesso ao campo fechada com solda, o cadeado que impedia os gremistas de entrar pro vestiário de volta caso a torcida invadisse, essas coisas. Os depoimentos de dirigentes (só há entrevistas com funcionários e dirigentes do clube), chatos no começo, fazem todo o sentido nos últimos 25 minutos do DVD, que mostram o Galatto defendendo o pênalti e o Anderson fazendo o gol.
Ambos os DVDs têm em comum a capacidade incrível de fazer o torcedor perder o controle. Ontem eu chorava copiosamente sozinho em casa, assistindo o Anderson driblar um, evitar outro e tirar do goleiro. Nenhum amigo meu que viu algum dos DVDs não chorou. A emoção absurda daquele dia volta com toda a força. Aquela longa noite, onde até os colorados me cumprimentavam pela façanha, ficou muito mais fácil de não esquecer.
Só tem um problema, cara direção gremista: eu poderia morrer sem ver esse GLADIADOR BIZARRO PINTADO DE GRÊMIO na abertura do dvd oficial. Céus, que troço bagaceiro. A torcida - melhor, o futebol - não merecia isso.

29.9.06

Sexo na água: a vingança


Ronaldo Michelin teria tido uma crise de ciúmes após o flagra da ex-esposa Daniella Cicarelli lutando judô na praia com o atual namorado. No calor do momento, o ex-craque teria pedido para um colega do Real Madrid bater a foto ao lado. A foto teria sido vendida aos tablóides espanhóis como forma de dar o troco na ex.

Especialistas ainda não atestaram a veracidade da imagem.

26.9.06

Bombonera: fim à vista?

As novas determinações de segurança e conforto da Fifa - basicamente, obrigar aos clubes sul-americanos que dêem algo onde sentar para seus torcedores - deixaram um dos templos do futebol com os dias contados. O Boca Juniors planeja se mudar do bairro La Boca, em Buenos Aires, e construir um estádio novo, informa o Clarín. Isso porque a capacidade da Bombonera (acima) deve cair de 55 mil pessoas para 30 mil com a aplicação das novas normas.
O Boca já não aceita mais sócios, tamanha a procura. Segundo os dirigentes, seria impraticável manter um estádio só para 30 mil pessoas, já que é cada vez mais difícil achar ingresso para ver o time. É impossível aumentar a Bombonera - seria preciso comprar cerca de 20 mil metros quadrados de terreno ao lado do estádio. Aliás, o estádio já tem esse formato estranho porque é no meio do bairro e não deu para fazer um pedaço.

Se o Boca for para os bairros Agronomia ou Lugano (clique na imagem para ver direito), vai perder um pouco da história e, certamente, bastante dinheiro de turistas. Visitar o museu do time é um programa clássico de quem visita Buenos Aires, já que o bairro La Boca, com o Caminito e suas casitas pintadas de todas as cores, é muito curioso. Nas duas vezes em que fui para lá, nunca visitei o Monumental de Nuñez, por exemplo. Visita-se a Bombonera porque ela está na Boca.

Segundo o Clarín, o clube planeja um estádio para 80 mil pessoas. E um plebiscito entre los hinchas para decidir. Eu aposto que a torcida vai querer um estádio novo. O turismo que se exploda.

25.9.06

Negócio da China



Sempre lembrando que o Inter trocou Souza, o atual goleador do campeonato com 13 gols, por Michel, justo Michel, em brilhante negociação com o Goiás.

Que drible simples e maravilhoso que o Souza deu no Marcelo Grohe ontem, heinhô, Batista?

24.9.06

O homem que sacudiu o Campeonato Brasileiro no ano passado e virou termo para homenagear juízes no estádio dá a sua versão da história, para quem quiser pagar os 30 pilas no Submarino. Talvez seja um dinheiro melhor empregado do que ir em certos jogos do Grêmio.
Enfim, quem quiser arriscar e fazer uma resenha, o Linha Burra agradece. O único problema é a forma de pagamento na compra via Internet - quem se arrisca a dar o número do cartão de crédito para o Edílson?

21.9.06

A la Mário Marcos

Ano passado, o notíciário político só falava em caixa dois. Tanto se falou no assunto que as leis eleitorais mudaram para que ele não aparecesse de novo nas eleições de 2006 - ou pelo menos não aparecesse tão descaradamente. Mas foi só chegar a eleição que ele apareceu de novo, suspeito número um de ter financiado o dossiê do Freud e do Lorenzetti (se segura, impulso trocadilhesco).

No noticiário esportivo de 2005, só se falava em escândalo de arbitragem, compra de juízes e bandeirinhas, resultados ajeitados para as casas de apostas. Nada se fez a respeito (mentira: o Edilson até escreveu um livro). Alguma dúvida de que esse mercado deve estar tão ativo quanto o do caixa dois?

20.9.06

Maldição

Eu gostava mais quando o Grêmio não tinha pretensão nenhuma. Eu nem olhava pra ponta de cima da tabela - sério, eu lembro que em algum momento deste ano o Inter, o Cruzeiro e o Santos disputavam com o São Paulo a liderança, mas não prestei a menor atenção quando o tricolor paulista se distanciou.
Agora tudo mudou e hoje eu resolvi secar o São Paulo. Só me ralei. O São Caetano não mereceu ganhar. Do goleiro ao Marcelinho ex-Grêmio, só se salva o Anderson Lima (vulgo Abobo, foto acima). Mesmo assim, o juiz não deu um pênalti pro Azulão que me deixou muito irritado. Resolvi trocar de canal e secar o Santos.
Piorou. O juiz deu um pênalti pro Santos quando o Rodrigo Tabata tropeçou nas próprias pernas. Entorpecido de raiva, fui ver o Corinthians e Vasco. Não importa que o Vasco esteja perto do Grêmio: o treinador é o Renato, torço para ele. E aí estava lá um jogo aberto, com muita correria e muitos erros de ataque. Uma porcaria.
Voltei para o São Paulo, só para ver, triste, que não tinha chance sequer de um empate, mesmo com o Thiago e o Alex Dias dando muitas colheres de chá para aquele goleiro ruim do São Caetano, o Mauro. Era o samba do controle remoto doido: nos três jogos havia mais erros, jogadas toscas e frustração gremista do que qualquer outra coisa.
E o mais impressionante de tudo é a campanha do São Paulo. Mesmo com o Grêmio ganhando oito jogos em nove, o time do Muricy pode ficar sete pontos à frente do segundo colocado se ganhar o jogo atrasado, contra o Atlético-PR. E, apesar de não jogar nada há tempos, em crise, com alguns profetizando a saída do treinador, o São Paulo ainda é muito líder. O bom disso é que o Brasileirão vai ficar emocionante bastante tempo ainda.

Oitenta vezes mais Galvão

Não conheço ninguém que goste do Galvão Bueno. Seja pelo ufanismo descontrolado, por falar demais, por comentar sobre o que não sabe, por usar carinhosamente o diminutivo quando refere-se aos ídolos do desporto nacional, por estar há muito tempo na tevê, por já estar ficando gagá, motivos não faltam para tanto.

Pois tudo pode piorar: nosso narrador número um está presente no Mundial de basquete feminino. E se ele consegue exagerar na emoção em esportes que podem ser enfadonhos, nessa semana o homem está lavando a alma. Gols e ultrapassagens rarificam; cestas, não. A cada uma do Brasil, é uma festa. E não resta o consolo de que, no basquete, os pontos são contados de dois em dois ou três em três, pois ele também lamenta os arremessos que não entram: "mas como essa bola da Janete não entrou!!!!".

Não consegui assistir aos últimos dois quartos da partida de hoje. No intervalo, quando Galvão comentou que "esse deve ter sido um dos melhores primeiros tempos da história do basquete brasileiro", minha paciência esgotou. Resolvi arrumar umas gavetas. Putz, como tinha coisa para jogar fora.

18.9.06

Do outro lado do mundo

O jornal australiano Sydney Morning Herald informou que Romário pode estar se transferindo para o Adelaide United. Talvez seja a última chance do baixinho chegar ao milésimo gol - está com 984 -, já que seu time, o flamante Miami F.C., foi desclassificado no domingo dos playoffs da USL Soccer. Perdeu duas para o Vancouver, time do Canadá. O Miami passou trabalho para voltar de Vancouver e passou o sábado inteiro em aeroportos, chegando em casa só domingo de manhã. À tarde, todos alquebrados, tomou 2 a 0 em casa e deu adeus à competição.
Como o Brasileiro está com inscrições encerradas para atletas do Exterior (se bem que Miami pode ser considerado Brasil), e Romário disse que queria encerrar a carreira este ano, ou o baixinho vai fazer seus 16 gols que faltam lá do outro lado do mundo ou não vai rolar. Mas peraí, tenho uma idéia: o Miami FC podia fazer 3 amistosos contra a Portuguesa, no Canindé. Aí o Romário chega à meta, com certeza.

17.9.06

Futebol, esta ímpia e injusta guerra

Dizem que no Brasil ser vice não significa nada. Só se for do Rio Mampituba pra cima: aqui no Rio Grande do Sul quem perde é tão valorizado que os gaúchos dedicam uma semana inteira a alguns dos maiores vice-campeões da história do Brasil: os Farrapos.

(Abre parênteses para os leitores não-gaúchos: a Semana Farroupilha, que começa hoje, comemora uma guerra iniciada pelos produtores de charque gaúchos da época. Eles se irritaram com os altos impostos que o Império colocava sobre o produto deles e resolveram colocar um bando de índio pobre que não tinha nada a ver com isso para lutar contra o poder central e tentar separar o Rio Grande do Sul do Brasil. Obviamente, o bando de índio pobre era muito menor que o bando de soldados do Império, e o Rio Grande do Sul tomou um tufo e acabou não se tornando um Uruguai que fala português. Muitos gaúchos comemoram isso por aqui como se fosse a Semana da Pátria. Curioso, não? Fecha parênteses).

Para exaltar o espírito Farroupilha, aqui vai uma lista de alguns derrotados que fizeram história no futebol gaúcho. Sirvam essas façanhas de modelo a todo time:

Grêmio (1982): O tricolor fez a final da Taça de Ouro (um dos 4.507 nomes que o Brasileirão já teve) daquele ano contra o Flamengo. Depois de empatar os dois primeiros jogos, perdeu o terceiro por um a zero no Olímpico. O juiz Oscar Scolfaro, a mando dos canalhas do Império, não marcou um pênalti claro que poderia dar o empate ao Grêmio: depois de cabeçada de Baltazar dentro da área, Andrade cometeu uma escancarada mão na bola. Scolfaro não marcou, alegando que a mão na verdade era do goleiro Raul Plassmann, que estava a uns seis quilômetros de distância. Uma prova de que o Império tem braços por toda parte.

Brasil de Pelotas (1985): graças a sua enorme e fanática torcida, o Xavante chegou às semifinais do formulesco Campeonato Nacional de 1985 depois de derrotar o Flamengo de Zico e Nunes em casa, no caldeirão do estádio Bento Freitas. Depois disso, o Brasil, devido a uma arbitrariedade do Império e sua aliada CBF, não pôde mais jogar no Bento Freitas, perdeu as semi para o Bangu e assim o país testemunhou a final mais escrota da história do Brasileirão.

Caxias (2001): em jogo válido pela última rodada da Série B em 2001, o Caxias perdia por um a zero para o Figueirense no estádio Orlando Scarpelli. Faltando um minuto e meio para o final, as tropas imperiais, sentindo que a virada caxiense seria inevitável, invadiram o campo e forçaram o árbitro Alfredo Loebling a encerrar a partida. A vitória do Caxias deixaria a série A com quatro times gaúchos, o que abalaria as pretensões do Império de se perpetuar no poder.

Internacional (2005): aqui o Império atacou nossos bravos soldados farroupilhas em duas frentes: primeiro, escalou o general Luiz Zveiter para anular três jogos do Corinthians quando o Inter ocupava a liderança do Brasileirão. Depois, com o Corinthians já na liderança, convocou o coronel da reserva Márcio Rezende de Freitas para fazer aquela lambança toda naquele lance do Tinga com o Fábio Costa. Suspeita-se também que Muricy Ramalho era um soldado do Império infiltrado em nossa tropa para garantir o vice-campeonato.

14.9.06

Quanto pesa a sua camisa?

- Você sabe por que os adversários temem o NY Yankees?
- Porque eles têm Babe Ruth, oras!
- Não! Por causa das "listras"*.

Eu, que não sou ligado em baseball e nunca foi pros EUA, acho esse diálogo (dum filme que não lembro o nome) muito bala. É a síntese do que eu penso sobre o futebol. Um grande time não é feito apenas por bons jogadores, ele é a soma de sua história, sua torcida, suas lendas e dos seus títulos. Essa soma possui um expoente, um representante visual, um estandarte: o uniforme. É ele que simboliza toda a mística e força de um clube. O "peso da camisa" pode entrar em campo e ganhar um jogo. As "listras" amedrontam um adversário.

Os dirigentes de alguns clubes brasileiros pensam diferente. A cada dia se vê uma nova invenção nos uniformes dos times. Ou não confiam na força da camisa. Ou não são grandes clubes mesmo.

O palmeiras, tradicional alvi-verde, inventou um modelo de camisa "prata". O nome é até pomposo, mas o resultado é uma camisa cinza que, na TV, parece uniforme de treino.


O Cruzeiro, tradicional alvi-celeste, conseguiu socar um amarelo na camiseta principal. Na indecisão se era bacana ou não, resolveram deixar um lado branco e outro com a nova cor. Uma cruza de Terezinha Morango com a mulher do Nazareno.

E o Paraná, tradicional... bom, o Paraná só tem tradição em criar uniformes feios. A cada ano eles conseguem fazer a mistura do azul com o vermelho ficar ainda mais bizarra. É um caso perdido para torcida e patrocinadores, não tem remédio.


* as listras são uma referência ao tradicional uniforme do Yankees que é branco com finas listras em azul marinho e há decadas continua igualzinho.

12.9.06

Alma Castelhana

Adentro o gramado de São Januário e dali a um pouco escuto a Alma Castelhana. Olho para trás, para o lado, procuro a torcida do Grêmio. Nada. Os gremistas estavam mesmo lá do outro lado da arquibancada. Os cantos, no entanto permanecem (ôôôô... dá-le, dá-le...). De repente, a surpresa: as músicas eram entoadas por uma célula vascaína da Alma. Exatamente as mesmas melodias cantadas pela Geral do Grêmio, apenas as letras tinham sido levemente alteradas para encaixar a palavra Vasco e alguma coisinha mais. Mais tarde, subi para assistir o jogo. Nosso camarote era bem em cima dos cerca dos 50 ou 100 vascaínos que passaram o jogo inteiro castelhanando. Detalhe: os torcedores adjacentes demonstram simpatia pelos seguidores da Geral.

Canciones de Hinchada II

O tema rende muito. Fui atrás de sites com mais letras e áudios das músicas criadas pelos torcedores argentinos e olhem o que eu encontrei:

Independiente

Rosário Central

Boca Juniorscom áudio

San Lorenzo

Racing

River Plate

Newell’s Old Boys

Olha e aprende, Simon


O erro de arbitragem mais inacreditável da história, protagonizado pela árbitra Sílvia Regina de Oliveira, durante jogo da Copa FPF entre Santacruzense e Atlético Sorocaba.

11.9.06

Um hino para esquecer

A diretoria do Inter, normalmente tão detalhista, deveria saber que um hino especial para a conquista da Libertadores só faria sentido se tivesse uma mínima chance de ser cantado pela torcida. Definitivamente, não é o caso desta peculiar obra musical apresentada ontem à noite no Beira-Rio. Tão emocionante quanto um tiro de meta saindo torto pela lateral.

Sete dias e contando


Muricy Ramalho perderá o emprego na próxima segunda-feira pela manhã. Ontem, empatou com o Corinthians, que ficou incríveis 60 minutos com dois jogadores a menos. Na quarta, ele deixará escapar o título da Recopa para o Boca Juniors em pleno Morumbi. Será o terceiro vice-campeonato no ano. A imprensa começará a especular a saída do comandante.

A direção são-paulina será sensível ao apelo da arquibancada porque tem medo de fechar o ano com quatro vice-campeonatos. Mas, antes de decapitar Muricy, vai dar uma última chance. Se ganhar no domingo, contra o Internacional, atual touca tricolor, o treinador ganha sobrevida. Mas acho que não vai rolar. Primeiro porque o São Paulo está em crise futebolística. Não joga nada há muito tempo (os quatro leitores que acompanham o blogue sabem que avisei das carências são-paulinas há duas semanas). Segundo porque o colorado está em ascensão. Fez grande partida ontem e contará com reforços para domingo. Pelo menos a entrada do peruano Hidalgo no lugar de Rubens Cardoso deverá dar outra cara ao Internacional. Hoje, o Campeão da América não tem qualquer jogada pelo lado esquerdo, seja de defesa ou ataque. E Wellington Monteiro, a maior surpresa do futebol brasileiro em 2006, voltou a jogar.

Por três anos convivi com a casmurrice de Muricy na arquibancada do Beira-Rio. Pela minha experiência, e de todo torcedor colorado, posso dizer que ele não é um homem acostumado às decisões ou de brilho em momentos de pressão. Querem indícios?

São Caetano 5 x 0 Inter (2003)
Boca Júniors 4 x 2 Inter (2004)
Boca Júniors 4 x 1 Inter (2005)
Paraná 3 x 0 Inter (2005)
Coritiba 1 x 0 Inter (2005)
São Paulo 1 x 2 Inter (2006)

Muricy Ramalho perderá o emprego na próxima segunda-feira pela manhã.

10.9.06

Copa do Mundo Gay

Pelotas? Campinas? San Francisco? Nada disso. A Copa do Mundo Gay de Futebol será sediada por Buenos Aires, em 2007. A capital portenha, que vem se notabilizando por seus roteiros para turistas bibas, vai receber o grande evento entre 23 e 29 de setembro do ano que vem, com jogos entre 21 times de gays e lésbicas do mundo inteiro O evento estava sendo disputado também pelo Rio de Janeiro e por Lima (Peru) - se os dirigentes da Associação Internacional Gay e Lésbica de Futebol (IGLFA) fossem roteiristas do Zorra Total, esse torneio se revezaria sempre entre Peru e República Checa.
Consta que Fabiano Goldoni, nosso homem no Prata, já está com sua credencial de imprensa na mão.

9.9.06

Sem comentários

Apenas leiam. Nem consegui pensar no que dizer, essa história é de mais para mim.

8.9.06

Corre, tiziu!

O assunto Diego Moreira - sobrinho de 12 anos do Ronaldinho Gaúcho que trocou a escolinha do Grêmio pela do Inter - é pequeno demais para este blog. Por vários motivos:

* A rivalidade gremistas x ronaldinho é boba, inútil, quase ridícula. Porque dificilmente se acha um gremista que odeia o cara por ele ter saído do Grêmio, mas porque saiu sem render nenhum pila. E o culpado disso é o Grêmio, que não soube compreender a nova lei e fazer o cara render quando podia. Mercenário é quem troca um emprego no Brasil por um na Europa ou o torcedor que reclama por não ter recebido dinheiro por isso?

* Não se sabe se Diego, filho de Assis, será um grande jogador. Talvez ele custe dinheiro ao Inter por 5 anos e vire um Caíco da vida. Não dá para um blog acompanhar todos os pretensos craques de 12 anos da Dupla.

* Quando eu vejo esse piá sorrindo, marrento, de camisa do Inter, me sobe, incontrolável, um impulso infantil deplorável. Tenho vontade de ter 12 anos de novo e ser colega de aula dele. Na educação física, quando ele vier driblando - porque ele deve driblar todo mundo -, eu ia dar um biquinho no tornozelo e ele ia se estatelar nas laje do pátio, abrindo os joelho tudo, e ia ter que parar de jogar porque sempre tem outro piá mais sem noção pra dizer "não pode jogar sangrando, a gente vai pegar aids". É melhor eu controlar esse tipo de pensamento.

Mas então por que este post? Para sugerir que vocês leiam "A curetagem" - momento máximo de Paulo Sant'Anna (pra quem é de fora, o cronista ultragremista imitado abaixo no vídeo) em 2006. Nada pode ser mais Paulo Sant'Anna do que a última frase do texto. Não percam.

Canciones de Hinchadas

Conforme prometido, continuei a busca por exemplos de músicas dos rivais Racing/Independiente.

O único problema é que só conheço um torcedor do Racing que é o zelador do meu prédio. Como ainda não tenho boas relações com zeladores (O Rivo pode explicar melhor), vou comentar somente as músicas do Independiente:

Esta música fala do rebaixamento do Racing em 83, no qual o Independiente teve uma participação mais do que direta, pois na mesma partida, rebaixou o rival e levantou a taça nacional.

Vos sos de Racing porque el mundo te hizo así
no podes cambiar
son todos putos y cagones son de la guardia imperial
ya te mandamos al descenso una tarde en el '83
acadé esa hinchada es de la B

Guardia imperial: é como se chama a torcida do Racing.

Outra:

Como me voy a olvidar, tiraste azúcar y serpentinas
Como me voy olvidar, mientras llorabas yo me reía
en una tarde de sol , yo era campeón , vos descendías
como me voy a olvidar, fue lo mejor que me paso en la vida!!!
Y es mi ilusión, volver a verte.. y como siempre cogerte
Es mi ilusión una vez mas, volver a verte jugar con Arsenal

En una tarde , te fuiste al descenso,
vos sos cagón igual que San Lorenzo
Llamas al cura, hacen la misa, a los del Rojo nos chupan la pija
Ese Lalín, tu presidente, es hincha de Independiente
vos acadé, no llores mas, ni con el Papa la vuelta vas a dar...

Tiraste azúcar: os torcedores do Independientes são chamados de “amargos” e num jogo a torcida do Racing atirou açúcar no campo para provocar. Que gay.

Arsenal: é um time que nunca sai da segunda divisão.
Llamas al cura: o Racing chamou um padre para exorcisar o estádio dias antes da falência do clube.
Lalín: foi o Rafael Bandeira do Racing.
Acadé: o Racing também é chamado de La Academia.

Existem algumas músicas que tiram onda do Racing por ter sido vendido a um empresário depois da quebra. Há alguns anos atrás, ser clube-empresa era coisa de maricas capitalistas.

No me digas que son de Racing
por que así no te llamas
ya te sacaron hasta el nombre
la Acadé no existe mas
se fueron a la quiebra de la mano de Lalín
y ahora son los Empleados de Marín

Marín: é o cara que comprou o Racing.

Pra finalizar, os torcedores do River me passaram uma música sensacional contra o Boca:

En el barrio de la boca viven todos bolivianos
Cagan en la vereda y se limpian con la mano.
El sabado en Bailanta se van a poner en pedo
Y se van de vacaciones a la playa del Riachuelo
Hay que matarlos a todos Mamá
Que no quede ni un bostero
Hay que matarlos a todos Mamá
Que no quede ni un bostero!!


Bolivianos: os torcedores do River “ofendem” os torcedores do Boca com esse adjetivo.
Richuelo: dizem que é um rio tão poluído que nem merda sobrevive lá.
Bostero: torcedor do Boca.

Sigo na busca pelas músicas de Rosário/Newell's.

7.9.06

Nos dedos

Não sou médico. Deve ser por isso que sempre achei um exagero essa história de se ter um desfibrilador no kit do médico/massagista em um campo de futebol. Sou (ou era) da corrente dos fatalistas. Não achava que um aparelho de nome difícil fosse capaz de salvar a vida de um Serginho ou um Viviam Foe. Pois meu ceticismo tomou nos dedos com essa história do Diogo, jogador do Cruzeiro. Pelo jeito vamos ter que dar um novo destino para o caixinha do futebol das terças.

5.9.06

Nostradamasceno (nova tentativa)


André Damasceno em 1986 prevendo um grande 2006 para o Inter.

4.9.06

10 razões para o São Caetano ser rebaixado

1 - 363 torcedores | São Caetano/SP 2 X 1 Atlético/PR (24/5)
2 - 693 torcedores | São Caetano/SP 0 X 2 Juventude/RS (13/5)
3 - 929 torcedores | São Caetano/SP 1 X 1 Botafogo/RJ (12/7)
4 - 1.146 torcedores | São Caetano/SP 1 X 1 Ponte Preta/SP (29/7)
5 - 1.337 torcedores | São Caetano/SP 1 X 1 Internacional/RS (31/5)
6 - 1.473 torcedores | São Caetano/SP 2 X 1 Cruzeiro/MG (16/4)
7 - 2.080 torcedores | São Caetano/SP 2 X 2 Flamengo/RJ (23/8)
8 - 2.182 torcedores | Goiás/GO 2 X 1 São Caetano/SP (28/5)
9 - Dos 10 piores públicos do Brasileirão 2006, 8 (OITO!) envolveram o Azulão
10 - O Grêmio nunca conseguiu ganhar do São Caetano

A vitória escatológica


Vi o jogo na casa de um casal de amigos argentinos. Foi tudo num clima de fair play: eles nos prepararam as medialunas e nós levamos o pão de queijo. O clima foi amistoso até na hora de fazer trocadilhos com os nomes dos goleadores brasileiros: Elano e Kaká. É que em espanhol el ano significa "o ânus" e caca é o mesmo que cocô. É claro que eles acharam mais graça do que nós: “Los brasileños metieron la pelota en el ano!”, “Caca pasó por el ano y nos hizo mierda”, “El mejor de Brasil es caca”, etc. A nossa resposta para qualquer trocadilho é a mesma: 3 a 0.

3.9.06

A vez de 2002?



Brasil 3 x 0 Argentina, dois gols do Elano e um do Kaká, grande atuação do Robinho. Se chegou a hora da geração de 2002 na seleção, foi com alguns anos de atraso e vários desvios de percurso.

A primeira explicação que me veio foi freudiana. Em 2002, o Corinthians de Parreira foi derrotado pelo São Paulo de Kaká no super(!)campeonato paulista e pelo Santos de Robinho e Diego na final do Brasileiro. Segundo a psicanálise de boteco, o técnico teria recalque deles e consequentemente teria boicotado-os durante sua passagem na seleção.

Meia-verdade: alguns, como o zagueiro Alex, Julio Batista e Ricardo Oliveira nunca tiveram o espaço merecido, mas Kaká era e continua sendo o cara, Robinho foi pra Copa e o resto (Luís Fabiano, Diego, Elano, Leo) não manteve a regularidade ou foi para países longe demais das capitais. O fato é que ninguém sentiu falta deles na convocação para 2006. Será que duram até 2010?

2.9.06

Atacante, essa praga

O Grêmio tem o melhor ataque do Campeonato Brasileiro. Soa irônico, já que a equipe entra em campo com apenas um avante, compondo o meio com cinco jogadores, mas estamos diante de uma tendência mundial: França e Itália disputaram a final da Copa do Mundo jogando também assim. Por que isso? Simples: o segredo do sucesso no futebol moderno é ser ofensivo com o mínimo de atacantes possível.

Pra ilustrar melhor essa situação, temos um exemplo bem próximo: o Inter. Pra quem não lembra, o campeão da América perdeu o campeonato gaúcho em casa para o mesmo Grêmio. Antes das finais do Gauchão, o time colorado jogava com três atacantes, patrolando seus fracos adversários na primeira fase da Libertadores. Na primeira partida da decisão, 0x0, com o tricolor dominando a partida e não ganhando por detalhe. Na segunda partida, Abelão tirou um volante, recuou o Tinga e colocou mais um meia-atacante. Grêmio novamente dominou a partida - com um time pior do que o que vêm jogando atualmente -, e, após empate em 1x1, o Inter perdeu o título no saldo qualificado. Com a derrota, os dirigentes deram uma pressão no Abel que, no momento decisivo da Libertadores, armou o time com dois volantes e dois meias que auxiliam na marcação - além do prestativo Fernandão, um atacante que volta pra compor o meio, exceção no Brasil. Inter campeão.

Sim, poderia ser diferente, mas atacante é que nem mulher gostosa: por ter um talento natural que agrada as multidões, acha que não precisa se preocupar com o resto. Nossos avantes, principalmente os mais talentosos, raramente ajudam na marcação. "Tô aqui pra fazer gol!", dizem os Rô-rôs. Há quem passe a mão na cabeça deles e comente: "deixem-os em paz, não nasceram pra marcar". Como é verdade na maioria dos casos, a solução encontrada foi minimizar o problema. Está dando resultado.

1.9.06

Esperança

Não importa que o adversário tenha o Ronaldinho, o Eto, o Messi, o Deco, o Giully e o Saviola. O importante mesmo é ter fé.