Burras linhas
Com o súbito corte de Edmilson, a Seleção de Parreira fica completamente desabastecida de jogadores de origem sueca. Em 2002, Felipão tinha uma potente esquadra nórdica: Anderson, Edmilson, Kleberson, Edilson e Denilson.
Com o súbito corte de Edmilson, a Seleção de Parreira fica completamente desabastecida de jogadores de origem sueca. Em 2002, Felipão tinha uma potente esquadra nórdica: Anderson, Edmilson, Kleberson, Edilson e Denilson.
O maior beneficiado pelo corte de Edmílson é Juninho Pernambucano. O gaúcho Mineiro que joga no São Paulo vai passear na Alemanha. Não porque é mau jogador, bem pelo contrário, mas porque vai entrar no final da fila dos excelentes meiocampistas de Parreira. Juninho, Gilberto Silva e Ricardinho têm preferência em caso de necessidade de substituições de Émerson, Zé Roberto, Ronaldinho e Kaká. O Parreira gosta de continuidade e não é dado a experiências. O Mineiro seria uma boa opção para compor um meio campo mais equilibrado porque é o único segundo volante de origem do grupo. Todos os outros jogam no improviso. Seria. Chegou tarde.
Juninho e Edmílson faziam uma batalha surda e muda para se transformar no 13º jogador da Seleção. Os dois podem dar mais consistência à meia cancha brasileira. Juninho seria a opção mais equilibrada entre ataque e defesa. Edmílson era uma boa alternativa para as situações de pane da zaga - ou dos laterais. É bom marcador e sabe cobrir a defesa dentro da área. Tenho certeza que Parreira vinha olhando o desempenho dos dois com muito interesse. Todo mundo sabe que o Quadrado Mágico não passa para a segunda fase da Copa por três motivos: 1) os adversários melhoram, 2) o Parreira sempre foi retranqueiro e 3) os dois centroavantes estão fazendo temporadas ruins no seus clubes em 2006. Adriano é a ponta mais fraca do quadrado e é o primeiro candidato a ver o número de sua camisa sendo mostrada pelo juiz reserva.
Sem Edmílson, Juninho ganhou a batalha e passa a ser a primeira opção do Parreira para desmontar o quadrado. Ele pode equilibrar o meio-campo, que jogaria num losango (foto, eu adoro losangos): Emerson na primeira função (D, na imagem), Zé Roberto pela esquerda (A), Juninho pela direita (C) mais Kaká jogando na ponta da frente da estrutura geométrica (B). Ronaldinho joga onde quiser, até no gol. É um meio-campo melhor, me arrisco a dizer.
Segue a tradição de jogadores cortados na seleção brasileira durante o período de preparação para a Copa. A bola da vez foi o polivalente Edmílson. O motivo oficial: lesão no menisco lateral. O motivo pra especulação: atritos com Adriano (que é um jogador muito mais chave no esquema do que o Ringo, digo, Edmilson).
Quando um jogador aguarda o goleiro escolher um canto durante a cobrança de pênalti e dá um leve toque por baixo da bola, fazendo-a entrar mansa no meio do gol, de quem voce lembra?Djalminha? Marcelinho Carioca? Muñoz (o gordinho colombiano)?
O que broxa mais?
Pra se ter uma idéia, o mais emocionante do jogo de hoje da seleção foi o zagueiro lucerniano (?!?!) que salvou um gol do Adriano em cima da risca aos 45 do segundo tempo.
Convenhamos que pra preliminares de copa do mundo, tá tudo muito broxante.
Lembram do comercial-sensação da Copa de 1990? Lazaroni, em seu Fiat UNO, é abordado por um policial, que vira-se para ele e diz:
Uma nova modalidade de aposta está invadindo as chamadas “casas de apostas”. Apostadores do Brasil inteiro estão tentando tirar a sorte grande com o azar dos outros. É assim: toda Copa tem um jogador do Brasil que volta pra casa antes do torneio começar por causa de lesão. Em 94, foi o Ricardo Gomes. Em 98, Romário. Em 2002, o Émerson superou qualquer vítima de Murphy e se lesionou enquanto brincava de ser goleiro. E agora? Quem será a próxima vítima? Eu boto 1 real no Robinho.
Hoje no Blue Bus tinha um carinha elaborando a teoria conspiratória de que a Fifa tem o copyright da expressão "Copa do Mundo" - contando os espaços, são 13 caracteres, Zagallo.
Segunda e terça eu passei mais ou menos quatro horas dentro de táxis em São Paulo. O que quer dizer que eu tive algumas boas oportunidades de ouvir as mesas-redondas futebolísticas das rádios locais. Todas elas discutiam os convocados de Parreira, mesmo que já tenham passado 15 dias da convocação.
Eles estão ali, correndo desajeitados pela linha lateral do campo, sempre prontos para decidir uma partida, mas a gente só lembra deles na hora que um gol é anulado por impedimento inexistente. Sim, eles mesmos: os bandeirinhas. Eles já deram um título pra Inglaterra, já tiraram várias grandes seleções das Copas e já tiraram o Grêmio da Libertadores. Porém, eles são chamados de “árbitros assistentes”. Pelo menos se eles assistissem à partida, mas não, eles querem assistir o árbitro. Como já deu pra perceber, os bandeirinhas além de serem cegos, ainda por cima não diferem objeto direto de objeto indireto. Em algumas ocasiões, tenho a impressão que uma avozinha fazendo tricô na beira do gramado ajudaria mais. E o que a Fifa faz em relação a isso? Pune? Manda prender? Chicoteia? Mostra o DVD da Copa de 90? Não senhor. A FIFA mima os bandeirinhas mais do que tia do interior. Ela dá bandeiras com transmissores eletrônicos para avisar mais rapidamente o juiz do impedimento que só eles viram ou da bola que só saiu de campo porque eles assim quiseram.
Acabou a maior e mais angustiante polêmica da Copa: Sérvia e Montenegro são dois países diferentes, mas vão jogar com a mesma camisa na Alemanha. Bonito, tem tudo a ver com o espírito fair play da Fifa. Mas, convenhamos, também é meio esquisito. Um plebiscito realizado no domingo decidiu pela independência de Montenegro. "Os jogadores da seleção treinaram no domingo sob a mesma bandeira e acordaram sem nação no dia seguinte", disse Tomislav Karadzic, presidente da federação local.
Karadzic afirmou que o grupo vive uma situação estranha, mas assegurou que tudo isto não atrapalhará a preparação para o Mundial. Na real, toda a badalação é injustificada. Dos 23 jogadores, apenas um nasceu em Montenegro: o atacante Mirko Vucinic, do Lecce. Sérvia e Montenegro disputará a primeira fase do Mundial no Grupo C, com Argentina, Costa do Marfim e Holanda - o CHAMADO Grupo da Morte.
Zvezdan Terzic, presidente da federação da Sérvia, disse que, em matéria de futebol, a Sérvia seria o sucessor formal do país. "A Sérvia jogará pela primeira vez sob esta denominação em setembro, nas eliminatórias para a Eurocopa de 2008", disse. Já Dejan Savicevic, presidente da federação de Montenegro e um dos mais importantes jogadores iugoslavos dos anos 90, afirmou que seu país apresentará uma candidatura para filiar-se à Uefa e à Fifa.
A Sérvia/Montenegro também é a seleção com os nomes mais geniais de toda a Copa do Mundo. Zvezdan? Bravo.
Imagem exclusiva de um alemão ao descobrir o Linha Burra, o blog mais completo do mundo sobre a Copa de 2006:
Desde quarta -feira passada, quando o Barcelona ganhou a Champions League, já foram postados mais de 300 vídeos sobre o tema no Youtube. Os vídeos vão desde montagens com cenas da TV até captações onde não se entende nada do que está acontecendo (como o vídeo abaixo).
Você deve estar se perguntando: o que eu vou ver do Linha Burra na internet? Por enquanto nada. Mas fique tranquilo que vamos pensar em algo.
Já que a estatística inútil está na moda, me inspirei. Andam dizendo por aí que a campanha da Juventus em 2005-06, 91 pontos em 38 jogos, é a melhor do Campeonato Italiano na era dos 3 pontos por vitória(1).
TEMPORADA | CAMPEÃO | PONTOS | JOGOS | APROVEITAMENTO |
05-06 | Juventus | 91 | 38 | 79,8% |
04-05 | Juventus | 86 | 38 | 75,4% |
03-04 | Milan | 82 | 34 | 80,4% |
02-03 | Juventus | 72 | 34 | 70,6% |
01-02 | Juventus | 71 | 34 | 69,6% |
00-01 | Roma | 75 | 34 | 73,5% |
99-00 | Lazio | 72 | 34 | 70,6% |
98-99 | Milan | 70 | 34 | 68,6% |
97-98 | Juventus | 74 | 34 | 72,5% |
96-97 | Juventus | 65 | 34 | 63,7% |
95-96 | Milan | 73 | 34 | 71,6% |
94-95 | Juventus | 73 | 34 | 71,6% |
As listas de convocação das 32 seleções classificadas para a Copa do Mundo Fifa® (pra não sermos processados) são um prato cheio para os abobadinhos da estatística de plantão. Eu, como membro do clube, não posso deixar de dar minha contribuição.
Achei engraçada a notícia do Terra, que dizia "torcida brasileira começa a chegar e suíço já se irrita". Achei meio cedo pra torcida chegar, ainda mais pra ficar numa cidadezinha da Suíça - convenhamos, deve ter coisa melhor pra fazer na Europa.
MIAMI, EUA - Embalado pela seqüencia de duas vitórias, o Miami FC vai a Virginia no próximo domingo enfrentar o Virginia Beach Mariners no estádio Tropical Park. O embate está marcado para as 16h, horário local.
O celestre praiano, como é conhecido o time da Flóripa entre a fiel torcida brasileira, terá Romário (ao lado, vestindo o uniforme do clube miamense) no comando do ataque. O baixinho surpreendeu e até treinou durante a semana, após ser escolhido o Jogador da Semana da USL, liga que corresponde à série B do futebol norte-americano. Com dois gols na vitória de 3x2 sobre o Portland Timbers na última sexta-feira, o tetracampeão mundial já virou a sensação do campeonato. O Miami ocupa a terceira posição.
"Estamos num momento muito feliz. Precisávamos ganhar alguns jogos para levantar a nossa auto-estima", comentou o colombiano Oscar Gil, um dos nomes da legião estrangeira de Miami, que conta ainda, entre outros, com os brasileiros Zinho e o técnico Chiquinho de Assis.
Para o clássico em Virginia, Assis não contará com o atacante guatemalteco Mario Rodriguez, que teve lesão muscular na última partida e ficará de fora do escrete celeste nas próximas duas semanas. Em caso de vitória, a equipe poderá chegar à liderança da liga caso o Vancouver Whitecaps e o Rochester Raging Rhinos não ganhem suas partidas.
Desisto de antemão de fazer qualquer comentário inteligente sobre a Copa do Mundo. Sejamos realistas. Por dois meses, todo mundo (não é força de expressão aqui) e toda a imprensa estarão ocupados esmiuçando a Copa do Mundo até o detalhe mais entanguido. Minhas BURRAS LINHAS se dedicam só às inutilidades, de preferência bobagens inéditas ou sobrevistas.
Desde a classificação de Camarões pra Copa da Itália (guri, isso foi em 1990, tu nem era nascido), todo mundo fica especulando sobre quem vai aprontar pra cima dos grandes. Em 2002, Senegal desbancou a França na estréia. Em 98, eu não lembro porque passei a Copa de porre e até dormi no segundo tempo da final. E 94 foi o ano do Brasil ser o grande azarão. Nem o Zagallo acreditava que era possível ganhar com aquele time torto.
Assim com o Romário em 94 nos Estados Unidos, 2006 é a vez de Ronaldinho colocar a Copa do Mundo debaixo do braço. Gremistas ainda guardam compreensível mágoa do rapaz pela forma como saiu daqui, mas os lances chegam a ser cômicos. Reparem só nesse vídeo aí.
Deu na Zero Hora de hoje: a empresa que produz o atual mascote da copa - um leão que, além de feioso, poderia ser confundido com qualquer leão de pelúcia à venda nos camelôs de Cachoeirinha - está indo à falência por conta das vendas escassas.
Se o Abel treinasse a Seleção, a escalação seria assim:
Assita a briga do Grenal de 1969, clássico que fez parte dos festejos de inauguração do Beira-Rio. Na inauguração do Olímpico, em 1954, o Grêmio tinha tomado 6x2 do Inter e queria vingança. Sérgio Nunes, goleiro tricolor na ocasião, era o técnico tricolor quinze anos depois.
Goleiros
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