31.5.06

Burras linhas

Com o súbito corte de Edmilson, a Seleção de Parreira fica completamente desabastecida de jogadores de origem sueca. Em 2002, Felipão tinha uma potente esquadra nórdica: Anderson, Edmilson, Kleberson, Edilson e Denilson.

Bom pra Juninho


O maior beneficiado pelo corte de Edmílson é Juninho Pernambucano. O gaúcho Mineiro que joga no São Paulo vai passear na Alemanha. Não porque é mau jogador, bem pelo contrário, mas porque vai entrar no final da fila dos excelentes meiocampistas de Parreira. Juninho, Gilberto Silva e Ricardinho têm preferência em caso de necessidade de substituições de Émerson, Zé Roberto, Ronaldinho e Kaká. O Parreira gosta de continuidade e não é dado a experiências. O Mineiro seria uma boa opção para compor um meio campo mais equilibrado porque é o único segundo volante de origem do grupo. Todos os outros jogam no improviso. Seria. Chegou tarde.

Juninho e Edmílson faziam uma batalha surda e muda para se transformar no 13º jogador da Seleção. Os dois podem dar mais consistência à meia cancha brasileira. Juninho seria a opção mais equilibrada entre ataque e defesa. Edmílson era uma boa alternativa para as situações de pane da zaga - ou dos laterais. É bom marcador e sabe cobrir a defesa dentro da área. Tenho certeza que Parreira vinha olhando o desempenho dos dois com muito interesse. Todo mundo sabe que o Quadrado Mágico não passa para a segunda fase da Copa por três motivos: 1) os adversários melhoram, 2) o Parreira sempre foi retranqueiro e 3) os dois centroavantes estão fazendo temporadas ruins no seus clubes em 2006. Adriano é a ponta mais fraca do quadrado e é o primeiro candidato a ver o número de sua camisa sendo mostrada pelo juiz reserva.

Sem Edmílson, Juninho ganhou a batalha e passa a ser a primeira opção do Parreira para desmontar o quadrado. Ele pode equilibrar o meio-campo, que jogaria num losango (foto, eu adoro losangos): Emerson na primeira função (D, na imagem), Zé Roberto pela esquerda (A), Juninho pela direita (C) mais Kaká jogando na ponta da frente da estrutura geométrica (B). Ronaldinho joga onde quiser, até no gol. É um meio-campo melhor, me arrisco a dizer.

Mais um gaúcho na seleção

Segue a tradição de jogadores cortados na seleção brasileira durante o período de preparação para a Copa. A bola da vez foi o polivalente Edmílson. O motivo oficial: lesão no menisco lateral. O motivo pra especulação: atritos com Adriano (que é um jogador muito mais chave no esquema do que o Ringo, digo, Edmilson).

Feliz da vida está o neguinho rejeitado pelo Inter e que comanda atualmente o meio-campo do São Paulo. Mineiro, que na verdade nasceu aqui no Rio Grande, é jogador estilo "motorzinho". Corre o campo todo, chega pra fazer gol, marca com vontade. Boa escolha.

30.5.06

Figuras esquecidas do futebol mundial (1)

Quando um jogador aguarda o goleiro escolher um canto durante a cobrança de pênalti e dá um leve toque por baixo da bola, fazendo-a entrar mansa no meio do gol, de quem voce lembra?Djalminha? Marcelinho Carioca? Muñoz (o gordinho colombiano)?

Que tal Antonin Panenka? Na final da Eurocopa de 1976, disputada entre as extintas Tchecoslováquia e Alemanha Ocidental, cabia a ele a cobrança decisiva na decisão por pênaltis. À sua frente, o lendário goleiro Sepp Maier. Olhem o que ele fez:



Atualmente, Panenka é auxiliar técnico de seu time de coração, os Boêmios, de Praga.

A resposta veio num sonho

Brasil 0x1 Croácia, gol contra de Roque Junior

Enquete Viagra

O que broxa mais?
  • O grito de gol do Galvão Bueno?
  • A comemoração dos jogadores do Brasil a cada gol contra Lucerna?
  • Ter que agüentar a seleção brasileira em amistosos e jogos treinos com o combinado de Lucerna, equipes de juvenis cariocas e assemelhados?

Pra se ter uma idéia, o mais emocionante do jogo de hoje da seleção foi o zagueiro lucerniano (?!?!) que salvou um gol do Adriano em cima da risca aos 45 do segundo tempo.

Convenhamos que pra preliminares de copa do mundo, tá tudo muito broxante.

The games people play



Na pacata cidade de Weggis, todos os repórteres reportam que os jogadores jogam videogame de futebol. Mas nenhum cumpre o dever cívico de me dizer como.

Perguntas sem resposta:

• A habilidade no esporte real corresponde a do esporte virtual? Ou Juan pedala e o Robinho patina?

• O que os jogadores acham de suas representações no Winning Eleven ou no Fifa Soccer? Ronaldinho se conforma com 91 de hability?

• Com que times eles jogam? Brasil? Seus times normais? Seus times do coração?

• Quando é com o Brasil, quem são os titulares? Será que os reservas se escalam? Que sistema tático usam? Passam para "eles mesmos" fazerem milhares de gols?

• Será que eles perdem da gente?

Eles não jogam nada

Mas fazem uns comerciais bem interessantes.


Burras linhas

Lembram do comercial-sensação da Copa de 1990? Lazaroni, em seu Fiat UNO, é abordado por um policial, que vira-se para ele e diz:
- Documentos, por favor. Ah, Lazaroni, italiano?
- Não, brasileiro.
- Profissão?
- Técnico do Brasil.
- Ah, sim, sim, técnico. E o UNO, agora vai dizer que é brasileiro?
- Sim, fabricado no Brasil e exportado para a Itália.
- Ok, senhor LAZARONI, brasileiro, técnico do BRASIL em seu Uno BRASILEIRO. Prazer, eu sou o Papa.
(tum-tum-pshhhhhhhhhh)

Cortado

Uma nova modalidade de aposta está invadindo as chamadas “casas de apostas”. Apostadores do Brasil inteiro estão tentando tirar a sorte grande com o azar dos outros. É assim: toda Copa tem um jogador do Brasil que volta pra casa antes do torneio começar por causa de lesão. Em 94, foi o Ricardo Gomes. Em 98, Romário. Em 2002, o Émerson superou qualquer vítima de Murphy e se lesionou enquanto brincava de ser goleiro. E agora? Quem será a próxima vítima? Eu boto 1 real no Robinho.

29.5.06

Foto-legenda


"Senta aqui, guri, que vou te mostrar meu Google."

Eu queria uma dessas


Se liguem nas poltronas dos caras.

Malandragem dá um tempo


Até o Pelé já disse que o favoritismo é ruim, mas olhando alguns treinos do Brasil eu tou mesmo preocupado é com a gandaia daquela cidadezinha Suíça. Favorita ou não, não é bom pra nenhuma seleção ficar treinando com 5 mil pessoas, gritaria, lapdancers invadindo o campo e, agora, barangas pedindo autógrafo no sutiã.

Renato Portaluppi - o que passava a noite com putas pagas pelo time adversário e mesmo assim entrava e destruía o jogo - foi apenas um, Parreira.

28.5.06

Alemanha 7 x 0 Luxemburgo


Os resultados dos amistosos do fim de semana mostraram que as seleções da Alemanha, Portugal e Holanda estão bem preparadas para entrar em campo na Copa. A goleada da Alemanha mostrou que ainda não é a hora de Luxemburgo ir pra Copa. A Holanda fez um jogo bem disputado com Camarões, num amistoso com um expulso. E duas equipes que não apareceram muito, França e México, também mostraram que não vão facilitar as coisas. O Brasil, para manter a ilusão do favoritismo, meteu 13 x 1 no sub-20 do Fluminense. Enquanto isso, a seleção favorita do Pelé vai tão bem que até o Maradona está chamando o técnico de louco.

26.5.06

Quanto vale o show?


Nota 5, com boa vontade. Mais registros aqui.

O torneio que não ousa dizer seu nome

Hoje no Blue Bus tinha um carinha elaborando a teoria conspiratória de que a Fifa tem o copyright da expressão "Copa do Mundo" - contando os espaços, são 13 caracteres, Zagallo.

Repare: só a FIFA, os patrocinadores e o Linha Burra chamam a copa de Copa do Mundo. Isso quando não é Copa do Mundo FIFA. Na Globo e no SporTV, eles dizem só "Copa 2006". A Folha tem uma cota desproporcional do termo "Mundial", enquanto o Lance! adotou "Copa da Alemanha".

Se for verdade, o Linha Burra vai falir. O que diremos aos acionistas?

A copa no país vizinho

Segunda e terça eu passei mais ou menos quatro horas dentro de táxis em São Paulo. O que quer dizer que eu tive algumas boas oportunidades de ouvir as mesas-redondas futebolísticas das rádios locais. Todas elas discutiam os convocados de Parreira, mesmo que já tenham passado 15 dias da convocação.

Em resumo, os paulistas:

(a) acham um absurdo a não-convocação de Mineiro e Júnior;

(b) não entendem como é que Roque Júnior não entrou no lugar de Cris (parece que a notícia da recente lesão de Roque não chegou por lá);

(c) lamentam a nã0-convocação de Nilmar a ponto de dizerem que Fred não é jogador de seleção;

(d) e, acima de tudo, não entendem como o medíocre Adriano é titular num grupo que tem como opção o fantástico, o circense, o exuberante e objetivíssimo pedalador Robinho.

Sorte que nenhum deles citou o Gustavo Nery. Eu desceria do táxi onde quer que ele estivesse, a adotaria imediatamente o silencioso metrô como meio de transporte oficial. E, ainda pior, me sentiria no direito de exigir o Perdigão e o Bolívar na seleção.

Os falsos coadjuvantes

Eles estão ali, correndo desajeitados pela linha lateral do campo, sempre prontos para decidir uma partida, mas a gente só lembra deles na hora que um gol é anulado por impedimento inexistente. Sim, eles mesmos: os bandeirinhas. Eles já deram um título pra Inglaterra, já tiraram várias grandes seleções das Copas e já tiraram o Grêmio da Libertadores. Porém, eles são chamados de “árbitros assistentes”. Pelo menos se eles assistissem à partida, mas não, eles querem assistir o árbitro. Como já deu pra perceber, os bandeirinhas além de serem cegos, ainda por cima não diferem objeto direto de objeto indireto. Em algumas ocasiões, tenho a impressão que uma avozinha fazendo tricô na beira do gramado ajudaria mais. E o que a Fifa faz em relação a isso? Pune? Manda prender? Chicoteia? Mostra o DVD da Copa de 90? Não senhor. A FIFA mima os bandeirinhas mais do que tia do interior. Ela dá bandeiras com transmissores eletrônicos para avisar mais rapidamente o juiz do impedimento que só eles viram ou da bola que só saiu de campo porque eles assim quiseram.




Não podemos mais tratar os “árbitros assistentes” como coadjuvantes. Precisamos ficar de olho e marcar de cima a atuação de cada um dos bandeirinhas escalados para bandeirar na Copa 2006:

Dramane Dante, Mali
Mamadou Ndoye, Senegal
Amelio Andino, Paraguai
Manuel Bernal, Paraguai
Jose Ramirez, México
Hector Vergara, Canadá
Francesco Buragena e Matthias Arnett, Suíça
Celestin Ntagungira, Ruanda
Aboudou Aderodjou, Benin
Peter Hermans e Walter Wromans, Bélgica
Alessandro Griselli e Marco Ivaldi, Itália
Dario Garcia e Rodolfo Otero, Argentina
Nikolay Golubev e Evgeni Volnin, Rússia
Yoshikazu Hiroshima, Japão
Kim Dae-young Coréia do Sul
Walter Rial e Pablo Fandino, Uruguai
Prachya Permpanich, Tailândia
Eisa Ghuloum, Emirados Árabes Unidos
Victoriano Giraldez Carrasco e Mario Medina Hernandez, Espanha
Christian Schraer e Jan-Hendrik Salver, Alemanha
Roman Slysko e Martin Balko, Eslováquia
Philip Sharp e Glenn Turner, Inglaterra
Lionel Dagorne e Vincent Texier, França
Anthony Garwood, Jamaica
Joseph Taylor, Trinidad and Tobago
Jose Luis Camargo, México
Leonel Leal, Costa Rica
Cristiano Copelli
Alessandro Stagnoli, Itália
Fernando Tamayo, Equador
Jose Navia, Colômbia
Nathan Gibson e Ben Wilson, Austrália
Aristeu Tavares e Ednilson Corona, Brasil

25.5.06

Viva o mercado


Não tenho idéia como eles conseguem. Não tenho idéia se são originais. É provável que eu seja indiciado pela Polícia Federal por apologia ao crime quando a Operação Canarinho estourar. Mas o fato é que o cidadão pagador de seus impostos pode comprar uma camisa da seleção brasileira de futebol por R$ 100 no Mercado Livre.

Dá até para escolher o número e o nome de seu craque favorito. Nas lojas tradicionais custa uma fortuna.

Eu, que não sou dado a modernidades, acho que vou encomendar uma dessas aqui. Se bem que a camisa azul dessa Copa é uma das mais bonitas da história. Tentador.

24.5.06

Depressão pré-Copa


Falta pouco, muito pouco para a Copa. Entretanto, o período que antecede o Maior Evento Esportivo do Planeta é um pé no saco. Os amistosos são ruins. As matérias sobre a torcida na pacata cidade de Weggis tiram o humor do cidadão. A pior parte: reportagens sobre a cobertura da imprensa ao redor do hotel da seleção. Esse é o claro sinal de que os jornalistas não têm assunto na pacata cidade de Weggis.

Dias desses, o Parreira deu a primeira coletiva na pacata cidade de Weggis. Ele não tinha o que dizer. Pobre Parreira. Acabou "confessando" que está "preocupado" com o burburinho da torcida na pacata cidade de Weggis. A "confissão" virou matéria principal dos jornais. A televisão mostra mulatas sambando, tomando caipirinha, exibindo havaianas verde-amarelas. Tudo tedioso.

Ontem, os jogadores da seleção fizeram testes físicos. Tédio. Hoje, os jogadores da seleção correram em volta do campo da pacata cidade de Weggis. Tédio. Bola, só amanhã. Mas, ainda assim, os treinos com bola da seleção são sempre uma empulhação. Os jogadores apenas cumprem as tarefas sem interesse. Alguém lembra de algum treino da seleção que decidiu algo importante, ou definiu um esquema tático diferente? Nada. As decisões são tomadas nos bastidores. Em anos de Copa, há uma variante que prejudica ainda mais o trabalho: a temporada européia, onde joga a maioria do grupo, chegou ao final e os jogadores querem férias.

A única decisão que parece importante no momento é sobre a preparação especial de alguns atletas. Eu reforçaria a musculatura do Zé Roberto e do Kaká, que terão a hercúlea missão de compensar a marcação frouxa dos Ronaldos e do Adriano no meio-campo. Ronaldo Michelin não joga há três meses, precisa de um treinamento com bola mais intensivo para recuperar a intimidade. Ronaldinho Gaúcho merece mais descanso porque enfrentou jogos importantes até a semana passada. É só.

De resto, a vontade que dá é de sentar no meio fio e chorar lágrimas de esguicho, diria um cronista sem importância.

Pronto, falei.

Hoje eu falei mal da Copa pra impressionar uma garota.

23.5.06

22 contra 1

Acabou a maior e mais angustiante polêmica da Copa: Sérvia e Montenegro são dois países diferentes, mas vão jogar com a mesma camisa na Alemanha. Bonito, tem tudo a ver com o espírito fair play da Fifa. Mas, convenhamos, também é meio esquisito. Um plebiscito realizado no domingo decidiu pela independência de Montenegro. "Os jogadores da seleção treinaram no domingo sob a mesma bandeira e acordaram sem nação no dia seguinte", disse Tomislav Karadzic, presidente da federação local.

Karadzic afirmou que o grupo vive uma situação estranha, mas assegurou que tudo isto não atrapalhará a preparação para o Mundial. Na real, toda a badalação é injustificada. Dos 23 jogadores, apenas um nasceu em Montenegro: o atacante Mirko Vucinic, do Lecce. Sérvia e Montenegro disputará a primeira fase do Mundial no Grupo C, com Argentina, Costa do Marfim e Holanda - o CHAMADO Grupo da Morte.

Quem descobrir quem é o maldito montenegrino ganha um exclusivo brinde do Linha Burra

Zvezdan Terzic, presidente da federação da Sérvia, disse que, em matéria de futebol, a Sérvia seria o sucessor formal do país. "A Sérvia jogará pela primeira vez sob esta denominação em setembro, nas eliminatórias para a Eurocopa de 2008", disse. Já Dejan Savicevic, presidente da federação de Montenegro e um dos mais importantes jogadores iugoslavos dos anos 90, afirmou que seu país apresentará uma candidatura para filiar-se à Uefa e à Fifa.

A Sérvia/Montenegro também é a seleção com os nomes mais geniais de toda a Copa do Mundo. Zvezdan? Bravo.

O mundo inteiro ligado no Linha Burra

Imagem exclusiva de um alemão ao descobrir o Linha Burra, o blog mais completo do mundo sobre a Copa de 2006:


22.5.06

Utilidade pública



A Prudence lançou uma linha de preservativos aromáticos bicoloridos para a Copa do Mundo. A camisinha é verde e amarela e tem sabor hortelã. Mais do que a inestimável serviço prestado à nação canarinho, o anúncio revela uma torcedora de gabarito, muito gabarito.

Infelizmente, o anúncio ao lado não faz juz aos predicatos da moça mostrados no anúncio da penúltima página da revista Placar desse mês, mas ajuda a dar uma idéia.

VAI, BRASIL!

Celeste praiano perde em casa


MIAMI, EUA - Não deu. Em casa, o Miami FC perdeu de 1x0 para o Virginia Beach Mariners neste domingo. Romário colocou uma bola no poste e o restante do ataque celeste perdeu muitos gols, mas a pressão do time da Flórida não superou a defesa de Virgnia. Foi a segunda derrota em casa do time do tetracampeão Zinho (foto), que está na terceira posição da USL. Agora, o celeste praiano segue num tour pelos EUA para quatro partidas fora de casa.

CORREÇÃO - No último post sobre o Miami FC, o estádio Tropical Park foi identificado erroneamente como a casa do Virginia Beach Mariners. O Tropical Park é o estádio do próprio Miami FC.

21.5.06

A Copa na telinha

Desde quarta -feira passada, quando o Barcelona ganhou a Champions League, já foram postados mais de 300 vídeos sobre o tema no Youtube. Os vídeos vão desde montagens com cenas da TV até captações onde não se entende nada do que está acontecendo (como o vídeo abaixo).

Imaginem o que vai ser na Copa do Mundo, que tem uma relevância mil vezes maior do que a Libertadores da Europa.

Você deve estar se perguntando: o que eu vou ver do Linha Burra na internet? Por enquanto nada. Mas fique tranquilo que vamos pensar em algo.

19.5.06

Eu quero amendoim mofado


No início do ano, o Juca Kfouri fez em seu blog no UOL (não coloco o link aqui para não divulgar a concorrência) uma enquete para saber se seus internautas preferem torcer para a Seleção ou para o clube do coração. Deu clube, disparado. Poucos dias atrás, ele refez a enquete, acreditando que o espírito crescente de Copa do Mundo iria contaminar os internautas. Necas. Deu clube de novo, até mais disparado do que da primeira vez.

Dando uma de Galvão: eu sabia, amigo, que isso ia acontecer. E acontece, eu acho, porque a Seleção não nos faz sofrer o suficiente. OK, ela já andou bem mal nos anos 80 e 90, saiu da Copa da Itália nas oitavas-de-final, mas ainda assim ganhava quase todos os amistosos que disputava, e sempre figurava muito bem nos torneios continentais e demais campeonatos que encarava no período entre-copas.

A Seleção não tem tanta graça quanto o nosso time do coração porque, quando perde um jogo ou campeonato, não dá aquele medo de receber um torpedo malvado de algum torcedor rival, ser hostilizado na rua ou ter que ouvir buzinaço e fogos de artifício adversários (quer dizer, talvez isso aconteça com o Fabiano, que vai acompanhar essa copa na Argentina, mas é a exceção que confirma...ah, vocês sabem como termina essa frase). E nem tampouco dá o alívio de não precisar enfrentar tudo isso quando ganha.

Resumindo: futebol é bom porque faz mal. Em qualquer outro esporte coletivo, as pessoas vão com as famílias, pedem cachorros-quentes e fazem daquilo um evento social. As adolescentes vão aos jogos de vôlei pra ver se descolam um autógrafo do Giba e uma camiseta do Banco do Brasil. Os americanos são capazes de levar as gurias com quem estão ficando para o basquete para tentar impressionar.

Futebol não é assim. Pode reparar: as arquibancadas dos estádios de futebol são mais desconfortáveis, os cachorros-quentes têm as lingüiças mais causadoras de azia, os amendoins são os mais mofados da praça, os refris e cervejas já haviam chocado na rodada da semana passada, tudo porque quem está lá tem que passar mal mesmo. Mesmo que não consuma nenhum desses produtos aí, o torcedor passa mal xingando até as veias saltarem na testa, brigando com o torcedor ao lado, fechando os olhos pra não ver aquela falta bem na pontinha da área que o juiz marcou para o outro time, dando socos nos portões de ferro dos estádios na saída.

Como eu tenho o sentimento de que essa copa vai ser das boas, quero aproveitá-la com tudo o que tenho direito. E isso inclui toda a angústia de torcer pelo meu clube (e, acredite, a angústia de torcer pelo meu clube é muita). Por isso, estou escolhendo uma seleção alternativa com a qual eu possa, ao mesmo tempo, me identificar e sofrer bastante. Tem a Holanda, que, apesar de promissora, é o Rubinho das seleções. Tem a Espanha, que sempre morre lá pela oitava arrebentação. A Suécia, que sempre ameaça aprontar pra alguém. As opções são muitas, e é bem possível que a escolha só aconteça durante a Copa. Mas não custa nada já ir se preparando: neste sábado vou ao Beira-Rio, com chuva, de noite, diante do Figueirense, só pra comprar um bom estoque de amendoins mofados para acompanhar a Copa.

Não é a hora, gente!


O mercado da bola está estranhamente movimentado nesses dias. A Copa está ali na frente, dá para sentir o cheiro do churrasquinho de estádio, mas boleiros importantes deste Mundial estão discutindo contratos com os seus clubes.

Começou com o médio-volante brasileiro Zé Roberto (foto). Ontem, foi confirmado que o titular do Parreira larga o Bayern de Munique no dia 30 de junho, bem no meio da Copa. Sai com o passe na mão, ou seja, pode parar até no Zequinha se o Chico Noveletto fizer uma boa proposta salarial (permuta com cds do Teixerinha?).

Hoje, o The Sun anuncia que o francês Thierry Henry - jogador mais completo do mundo na opinião deste escriba - decidiu, enfim, ficar no Arsenal por mais quatro anos depois de meses de negociações. Henry, aliás, disparou para todos os lados depois do vice-campeonato da Copa dos Campeões. Reclamou que os jogadores do Barcelona simulavam faltas, criticou a arbitragem e deu a entender que o resultado foi injusto. Segundo ele, nos 10 minutos em que o jogo esteve com 11 contra 11, o Arsenal era melhor. Disse ainda que não viu o Ronaldinho em campo. Pires também está discutindo sua permanência no clube londrino.

Outra estrela da Copa, Didier Drogba, pediu para sair do Chelsea. É muita pressão, alega o principal jogador da Costa do Marfim. O time já estaria com tudo pronto para trazer o argentino Carlitos Tevez e não está fazendo muito esforço para segurar o atacante africano. O Chelsea ainda estuda a possibilidade de mandar Drogba para o Milan em troca do ucraniano Shevchenko, que será outro nome importante da Copa, se conseguir se recuperar de uma lesão. O Chelsea também quer contratar o lateral brasileiro Roberto Carlos.

Juventude transviada

Já que a estatística inútil está na moda, me inspirei. Andam dizendo por aí que a campanha da Juventus em 2005-06, 91 pontos em 38 jogos, é a melhor do Campeonato Italiano na era dos 3 pontos por vitória(1).

Mentira, como prova a tabela abaixo. A campeão desse ano marcou mais pontos, mas teve aproveitamento menor que o Milan de 2003-2004. Isso que eu nem vou falar das suspeitas de apito amigo para o alvi-negro de Turim...

TEMPORADACAMPEÃOPONTOSJOGOSAPROVEITAMENTO
05-06Juventus913879,8%
04-05Juventus863875,4%
03-04Milan823480,4%
02-03Juventus723470,6%
01-02Juventus713469,6%
00-01Roma753473,5%
99-00Lazio723470,6%
98-99Milan703468,6%
97-98Juventus743472,5%
96-97Juventus653463,7%
95-96Milan733471,6%
94-95Juventus733471,6%


1. Seria fácil comparar campanhas do tempo dos 2 pontos por vitória simplesmente acrescentando 1 ponto a cada resultado positivo. Mas não seria tão lógico assim: muitos times ficavam no empate porque não era tão mau negócio na tabela. A extensão do efeito que a vitória de 3 pontos teve no futebol ainda está para ser estudada.

18.5.06

As Ligas + Fodonas

As listas de convocação das 32 seleções classificadas para a Copa do Mundo Fifa® (pra não sermos processados) são um prato cheio para os abobadinhos da estatística de plantão. Eu, como membro do clube, não posso deixar de dar minha contribuição.

Resolvi criar um ranking das ligas mais Fodonas. O critério: qual dos países postulantes ao título tem mais atletas atuando em seu próprio território.

1º Itália - 23 jogadores (todos!)
2º Inglatera - 21 jogadores*
3º Alemanha - 21 jogadores*
4º Espanha - 19 jogadores
5º Holanda - 12 jogadores
6º França - 10 jogadores
7º Brasil - 2 jogadores**
8º Argentina - 2 jogadores**

A liga que fazia a nossa alegria de piá aos domingos, exibindo jogos do Maradona com narração do Silvio Luiz e comentários de Silvio Lancelotti, continua super, ui, poderosa. A base dos comandados por Marcello Lippi é formada por atletas da Juventus e do Milan, dois dos mais ricos clubes do mundo. Os anfitriões chegaram quase lá, se não fossem dois ludopedistas atuantes na terra da rainha Elizabeth. País que está em segundo lugar por critérios lógicos: todos sabem que o Beckham só joga na Espanha pra poder trair a Victoria com a secretária.


Monica Belucci: "Estou muito felizcom mais esse título para o meu país"

A Espanha só não foi melhor pq o Liverpool fez um pacote de jogadores espanhóis e desfalcou a Fúria. A Holanda ficou no meio termo, graças à renovação do selecionado promovida por Marco Van Basten. E a França decepcionou. Não consegue montar nem um time com os atletas locais. Pelo jeito eles não estão conseguindo manter as importações africanas no próprio território.

Na ponta de baixo da tabela, um dado curioso: o Corínthians cedeu mais jogadores para a seleção argentina do que para a brasileira: Tevez e Mascherano contra Ricardinho. Por sinal, de bom na Argentina só sobraram goleiros, os únicos "não estrangeiros" a pegaram o vôo da Lufthansa. E por isso, ficaram na última posição do ranking.

Ele já chegou

Achei engraçada a notícia do Terra, que dizia "torcida brasileira começa a chegar e suíço já se irrita". Achei meio cedo pra torcida chegar, ainda mais pra ficar numa cidadezinha da Suíça - convenhamos, deve ter coisa melhor pra fazer na Europa.

Até que eu vi QUEM é a torcida. O lado bom é que se ele tá lá, não tá na na social do Grêmio.

Domingo tem clássico litorâneo


MIAMI, EUA - Embalado pela seqüencia de duas vitórias, o Miami FC vai a Virginia no próximo domingo enfrentar o Virginia Beach Mariners no estádio Tropical Park. O embate está marcado para as 16h, horário local.

O celestre praiano, como é conhecido o time da Flóripa entre a fiel torcida brasileira, terá Romário (ao lado, vestindo o uniforme do clube miamense) no comando do ataque. O baixinho surpreendeu e até treinou durante a semana, após ser escolhido o Jogador da Semana da USL, liga que corresponde à série B do futebol norte-americano. Com dois gols na vitória de 3x2 sobre o Portland Timbers na última sexta-feira, o tetracampeão mundial já virou a sensação do campeonato. O Miami ocupa a terceira posição.

"Estamos num momento muito feliz. Precisávamos ganhar alguns jogos para levantar a nossa auto-estima", comentou o colombiano Oscar Gil, um dos nomes da legião estrangeira de Miami, que conta ainda, entre outros, com os brasileiros Zinho e o técnico Chiquinho de Assis.

Para o clássico em Virginia, Assis não contará com o atacante guatemalteco Mario Rodriguez, que teve lesão muscular na última partida e ficará de fora do escrete celeste nas próximas duas semanas. Em caso de vitória, a equipe poderá chegar à liderança da liga caso o Vancouver Whitecaps e o Rochester Raging Rhinos não ganhem suas partidas.

Burras linhas

Desisto de antemão de fazer qualquer comentário inteligente sobre a Copa do Mundo. Sejamos realistas. Por dois meses, todo mundo (não é força de expressão aqui) e toda a imprensa estarão ocupados esmiuçando a Copa do Mundo até o detalhe mais entanguido. Minhas BURRAS LINHAS se dedicam só às inutilidades, de preferência bobagens inéditas ou sobrevistas.

Começando por estatísticas inúteis. A Holanda é um dos times mais tradicionais de Copa do Mundo, certo? Bom, chegou em duas finais, mas fora isso, não é bem assim. Antes de 1974 e 1978 havia participado apenas de duas Copas, ainda nos anos 30. E depois disso, só jogou nos anos 90. Está indo para sua oitava Copa, tendo ficado de fora em dez edições.

Azarões

Desde a classificação de Camarões pra Copa da Itália (guri, isso foi em 1990, tu nem era nascido), todo mundo fica especulando sobre quem vai aprontar pra cima dos grandes. Em 2002, Senegal desbancou a França na estréia. Em 98, eu não lembro porque passei a Copa de porre e até dormi no segundo tempo da final. E 94 foi o ano do Brasil ser o grande azarão. Nem o Zagallo acreditava que era possível ganhar com aquele time torto.

Em 2006, as casas de apostas (seja lá o que for isso) estão cruzando até os dedos dos pés, pois dia 9 de junho começa a Copa do Mundo com o maior número de azarões da história. Vamos analisar um por um, caso você esteja afim de fazer uma fezinha nas tais, abre aspas, casas de apostas, fecha aspas.

Sérvia e Montenegro: claro, muita gente acha que essa é a antiga Iugoslávia. E é, mas acontece que justamente antes da Copa vai ter um plebiscito que pode dissolver a seleção. Certo que foi um argentino que sugeriu a data do plebiscito.

Gana: Não me interessa se eles jogam o futebol moleque ou o futebol alegre. Não dá pra apostar num time de futebol onde o ataque é composto por alguém que se chama Razak Pimpong.

Irã: É a equipe que mais não fede nem cheira de todas as Copas. Eles sempre estão lá, mas nunca metem medo em ninguém. A não ser com algumas bombas de fora da área.

Trinidad e Tobago: É um dos melhores azarões, pois se classificou na repescagem. Mas não se engane. O meio-campista Theobald pode vivar um jogo distraindo a defesa adversária com sua piada infalível: “Oi, pessoal! Eu me chamo Theobald.”

Equador: Divide o mundo do futebol com seu jogo linear. Use essa informação como quiser.

Togo: Definitivamente é o grande azarão. Primeiro, porque não dá pra apostar num país que ninguém sabe onde fica. Segundo, porque é impossível torcer para Togo sem parecer um débil mental. Quer ver? Começa a gritar Togo-Togo-Togo e logo você vai estar gritando Goto-Goto-Goto.

As dicas estão aí. Façam suas apostas, pois como diz o poeta “hoje em dia não tem mais bobo no futebol”.

17.5.06

Réquiem para Belletti


Quando velho em Cascavel,
no crepúsculo da vida,
vem a Morte pôr-lhe o véu
e cutucar-lhe a ferida.

"Vim buscar-te, lateral
do cruzamento obsceno.
Foste algoz do Arsenal,
mas foste bem marromeno!"

E Belletti prova o fel
tão exato e racional.
"Foste mais um do plantel,

util mas descartável.
Aquém do bem e o mal,
qual planilha de Excel."

Valeu a força, Majestade!


BERLIM, Alemanha - Pelé não está muito confiante na seleção de Carlos Alberto Parreira para a conquista da Copa do Mundo. O ex-jogador explicou nesta quarta-feira que o favorito sempre se complica e deixa escapar as conquistas. "O favorito sempre perde. O Brasil é um deles e nesse papel não pode (ser campeão)", contou Pelé, após ser questionado pela revista alemã Bild sobre quem seria o campeão do mundo.

"Em 2002, foi a França. Na Copa de 1990, a Argentina. Em 1982, o Brasil era o grande favorito e caiu diante da Itália. Já a Holanda sempre foi favorita e sempre perdeu", recordou Pelé. O ex-jogador também contou à revista que não gostava de ser considerado favorito para disputar um torneio. "Não quero ser nunca favorito, pois não se ganha um mundial antes do começo", completou Pelé. A seleção brasileira é apontada nas principais casas de apostas da Europa como a grande favorita para conquistar a Copa do Mundo da Alemanha. O Brasil está no Grupo F da competição, ao lado de Austrália, Japão e Croácia.

Parreira não tem critérios


O Parreira foi muito elogiado pela coerência na convocação. Deixou o Marcos e o Roque Júnior chupando o dedo em razão de lesões. Todo mundo elogiou. O Brasil tem muitos jogadores com condições de fazer parte do escrete canarinho, não tem sentido levar dois jogadores sem as condições ideais. Certo, estamos de acordo.

Na verdade, Parreira é um fingido e a crônica é cega. Ronaldo Nazário (foto ao lado), ex-Fenômeno, está machucado e foi convocado. Com uma lesão muscular na coxa direita, Ronaldo não atua em um jogo oficial desde o dia 8 de abril. No final do ano passado, o jogador teve ruptura dos ligamentos do tornozelo. Neste ano, fez poucas partidas no ano e marcou escassos gols. Também arrumou uma briga com a torcida marengue, alegando que os madrilenhos - e a imprensa - só pegavam no seu pé em razão da aparência rechoncha (como se vê na imagem). Faz quatro anos que Ronaldo está notoriamente gordo. O sujeito ainda se envolveu em problemas extra campo, como o fim casamento-relâmpago com a Dani Cicarelli e sua quase transferência para a Inter de Milão. É sempre bom lembrar que o coitado já rompeu os ligamentos cruzados do joelho duas vezes, operado em ambas. Esta é a pior lesão que pode atingir um jogador profissional de futebol.

Um cidadão envolvido em tantas confusões não deveria ir para a Copa. Se fosse qualquer outro jogador, exceto o Ronaldinho Gaúcho, Parreira deixaria em casa. A situação flagra a falta de critérios do Parreira. Eu chamaria o Aílton Quexada para o lugar dele. O negão é astro na Alemanha e estaria jogando em casa, com torcida a favor. Os zagueiros europeus não estão conseguindo segurar Aílton nos últimos anos, basta chegar a média de gols do centroavante. Quexada daria o empurrão que falta ao escrete para chegar à final. Força não lhe falta.

Axe

Assim com o Romário em 94 nos Estados Unidos, 2006 é a vez de Ronaldinho colocar a Copa do Mundo debaixo do braço. Gremistas ainda guardam compreensível mágoa do rapaz pela forma como saiu daqui, mas os lances chegam a ser cômicos. Reparem só nesse vídeo aí.



E hoje é dia de a gente treinar pra Copa. Excelente jogo de futebol entre Barcelona e Arsenal pela final da Liga dos Campeões da Europa hoje no meio da tarde com o dentucinho em campo. Treino pra manter um olho na TV e o outro nos deveres profissionais.

Mascote

Deu na Zero Hora de hoje: a empresa que produz o atual mascote da copa - um leão que, além de feioso, poderia ser confundido com qualquer leão de pelúcia à venda nos camelôs de Cachoeirinha - está indo à falência por conta das vendas escassas.

Não sei por que ainda insistem nesses mascotes de Copas e Olimpíadas. O último que eu lembro bem é o Naranjito, símbolo da Copa da Espanha em 82. Olha, isso é só um palpite, mas acho que a minha lembrança se deve ao fato de que o bicho era uma LARANJA COM OLHOS E BOCA, e não um bicho de pelúcia genérico.

Eu fico imaginando as reuniões entre os criadores de mascotes e o comitê organizador da Copa 2006:

- Bom, o mascote que nós vamos apresentar tem tudo a ver com a Alemanha, e vai gerar impacto por conta de seu formato inusitado.

Os criadores de mascotes apresentam um protótipo que é uma batata com olhos e boca. Um deles diz:
- Este aqui é o Kartoffelnito, nosso mascote da Copa.

Os membros da Comissão aplaudem Kartoffelnito com louvor. Mas, nas semanas seguintes, influenciados pelo novo gerente comercial e pela equipe de advogados, que temia uma reação enérgida dos produtores de nabo da Europa Central, vêm alguns pedidos de alteração. A batata não poderia ser peluda? Ela não poderia ter porte atlético, já que se trata de uma competição esportiva? E um focinho, que tal, batata com focinho ia ser superdivertido, não ia? Será que uma juba não serviria para tangibilizar a idéia de raça e coragem que o futebol, enquanto esporte, contempla? Vamos lá, gente, por que toda essa má vontade com as idéias que o pessoal do Departamento de Relações Institucionais está dando para agregar valor ao nosso mascote?

Assim surgiu o leão. Se vocês vasculharem bem o pêlo, verão que por baixo tem uma textura de tubérculo.

Leo Prestes

16.5.06

A Copa é só em junho mas...

... as fotos-clichê já começaram.

A Seleção escalada pelos técnicos da dupla

Se o Abel treinasse a Seleção, a escalação seria assim:

Dida; Cafu, Lucio, Juan e Roberto Carlos; Zé Roberto, Ricardinho, Kaká e Ronaldo Nazário; Ronaldinho e Adriano.


Se o técnico fosse o Mano Menezes, seria assim:
Dida; Cafu, Lucio, Juan e Roberto Carlos; Émerson, Zé Roberto, Edmílson, Gilberto Silva e Ricardinho; Fred.

Pancadaria-arte

Assita a briga do Grenal de 1969, clássico que fez parte dos festejos de inauguração do Beira-Rio. Na inauguração do Olímpico, em 1954, o Grêmio tinha tomado 6x2 do Inter e queria vingança. Sérgio Nunes, goleiro tricolor na ocasião, era o técnico tricolor quinze anos depois.

Perceba que o goleiro do Inter,
Gainete, "atravessou o campo em linha reta, veloz, e saltou para uma voadora histórica entre os jogadores. Porém, errou o bote e caiu no meio dos gremistas. Levou porrada de todos. A esta altura, os integrantes dos bancos já estavam em campo, distribuindo e recebendo porradas por todos os lados" - (http://www.classicogrenal.com.br/) .

Repare que até as brigas de futebol eram mais bonitas naquele tempo. O craque podia se dar ao luxo de se aproximar, escolher adversário, xingar a mãe e dar o soco seguido de um drible de corpo para evitar o revide. Não era força, era jeito. Hoje, nossos melhores barraqueiros estão na Europa, saem cada ano mais cedo e com menos cartões vermelhos no currículo. Onde está a pancadaria-arte, a pancadaria-moleque, a pancadaria que fez a amarelinha ser respeitada nas enfermarias dos cinco continentes?

Emiliano Urbim

[O autor teve seu cachê pago com recursos da ONG Volta, Felipão!]

Quando o goleiro da Costa Rica sai do gol, ninguém segura

1 - José Francisco Porras

Começou

Goleiros
Dida
Rogério Ceni
Júlio César

Laterais
Cafu
Cicinho
Roberto Carlos
Gilberto

Zagueiros
Lúcio
Juan
Luisão
Cris

Volantes
Emerson
Zé Roberto
Gilberto Silva
Edmilson

Meias
Kaká
Ronaldinho Gaúcho
Ricardinho
Juninho Pernambucano

Atacantes
Ronaldo
Adriano
Robinho
Fred

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