Por que o vandalismo acontece.
1) Falta de educação do torcedor.
2) Falta de policiais para controlar a turba.
3) Falta de punição aos vândalos.
Para o item 1, não há solução em curto prazo. Para 2 e 3...
Por que o vandalismo acontece.
Sobre o futebol do Gre-Nal que terminou agora mesmo, há pouco o que falar. Um 0 x 0 deprimente, daqueles que dão a impressão de que nunca mais a gente vai ver um gol em Gre-Nal.
Como será a primeira convocação? Não importa.
A beleza de ver o Flamengo campeão é poder ouvir o hino rubro-negro de novo. Que maravilha aquela fanfarra de metais na introdução, a alegria das marchinhas do Lamartine Babo e o verso "eu teria um desgosto profundo se faltasse o Flamengo no mundo". O Fla foi melhor e mereceu.
O novo treinador do Scratch não consegue nem ver Ronaldinho Gaúcho pela frente, como mostram as imagens abaixo.
Conforme antecipado pelo Linha Burra, Carlos Caetano Bledorn Verri, o Dunga, é o novo técnico da Seleção. Ricardo Teixeira faz o mesmo que em 1990, quando contratou um ex-craque da Seleção revelado pelo Inter para comandar a renovação do plantel, vergonhosamente eliminado na Copa. Tontín, como é chamado em espanhol, classificou a "vontade de vencer" como determinante para que joguem no seu time.
Constatação inquietante do amigo leitor Marcelo Rosa:
O preço que se paga por ser mangolão: postei, abaixo, um post sem sentido, sem querer. Desculpem. Voltando ao assunto, ano passado a final da Libertadores foi em POA porque o coitado do Atlético-PR não tinha estádio com capacidade de 40 mil pessoas, exigido pela Conmebol. Apesar de ter o estádio-rrreferência de qualidade no Brasil, a Arena da Baixada.
Quando foi a última Copa Libertadores sem times argentinos na semi-final?
Torcer pelo Libertad de Asunción é como torcer pelo São José de Porto Alegre. O São Paulo é menos time do que o colorado. Só um milagre tira a Libertadores do Inter. E eu não acredito em milagres.
Ano passado, eu fui na final da Libertadores. O primeiro jogo entre Atlético-PR e São Paulo, um horroroso 1 x 1 com chuva e frio, foi jogado em Porto Alegre por uma razão simples: a Sul-Americana exigia estádios com capacidade para, no mínimo, 40 mil pessoas na final.
Hoje eu levei mais ou menos meia hora para entender como funciona o rebaixamento no campeonato nacional argentino. O começo é fácil: os dois times com as piores médias de pontos por jogos disputados nos últimos três campeonatos vão pra segundona. Do outro lado, os dois melhores da segundona vão para a primeira, sem levar em conta qualquer média de pontos. O problema é o que vem depois. O antepenúltimo e o quarto pior colocado do atual campeonato da primeira divisão jogam um mata-mata com o terceiro e quarto da segunda. Então definem-se os outros dois que sobem ou descem, ou nada acontece caso os da primeira ganhem o mata-mata com os da segunda. Ou seja, dessa forma um clube grande cai pra segunda divisão com a mesma freqüência com que o cometa Halley passa perto da Terra.
O Real Madrid contratou o zagueiro italiano Fabio Cannavaro e o volante Emerson, ambos da Juventus. Eu ia botar de título deste post "Agora só falta o Felipão", mas aí li que o treinador do Real é o Fábio Capello, também ex-Juventus. É a velha tática do treinador chamar os bruxos para o clube ao qual está chegando, muito usada pelo Tite, que levou ovelhinhas como Anderson Lima e Rodrigo Fabri de clube em clube. E até pelo Felipão, que levou o Arce e o Paulo Nunes para o Parmêra.
Parece que os merengues querem voltar a ganhar alguma coisa. Diz o ditado que time começa pelo goleiro, mas ditados costumam dizer muito pouco. Ter um bom time começa por manter a bola longe do goleiro, isso sim. Contratar o melhor zagueiro da Copa e o melhor volante brasileiro é uma baita prova de que no Real agora tem gente que pensa antes de assinar o cheque.
A história me lembrou o causo do amigo Zédson. Ele, tricolor fanático, não aguentou a ansiedade horas antes da final da Libertadores de 1995 (vencida pelo Grêmio) e foi para o cinema no horário do jogo. Saiu no meio do filme e foi perguntar para o tiozinho da roleta quanto estava a partida. O tiozinho ouvia o jogo num rádinho de pilha. Pena que eu não lembro qual era o filme, daria um colorido todo especial à história.
Mais uma vez essa não foi a copa do futebol africano. Depois de chegar muito perto de duas semifinais nos últimos 3 mundiais, os africanos saíram da Alemanha de cabeça baixa, com apenas um representante entre os 16 finalistas que, como lembrança da festa, levou uma sacola de 3 gols pra casa. Os bons resultados parecem estar associados apenas às seleções de base do continente. São 4 títulos mundiais na categoria sub-17 e 4 vice na sub-20. A explicação mais lógica (e batida) está na superioridade física dos jogadores africanos. Mais precisamente naqueles atletas que nascem num ano e são registrados dali a 3, 4 anos. Na gíria: os gatos. Apesar de uma forte proliferação nas terras do Roger Milla, os gatos não são um privilégio das savanas. Wanderley Luxemburgo é o mais célebre caso de gato no futebol brasileiro (não meninas, se fosse nesse outro sentido a gente falaria do Raí ou do Van Basten). Com a superioridade física imposta por eles, os gatos (Saraiva, M. - 2001) , o caminho para títulos fica facilitado. A ousadia se torna uma obrigação para o bando de barbados que enfrenta assustados adolescentes com o rosto ornado de espinhas. Ela se enraíza no estilo de jogar futebol entre os 15 e os 20. E quando se chega ao futebol profissional, já não há como se livrar dela. O que antes era uma necessidade circunstancial, se torna um hábito. Porém, essa ousadia tem custado caro aos africanos. Com uma gana (o substantivo comum, não o próprio) desordenada eles se jogam famintos ao ataque e, sem a superioridade física de outrora a seu favor, vêm suas tentativas frustradas tornarem-se contra-atques letais contra linhas defensivas mal organizadas. A queda é iminente. No mundo animal, a ousadia também faz vítimas. Kanu, que era para ser gato e preto, mas foi entregue gata e cinza; se desequilibrou em um de seus passeios pelo parapeito do terraço na casa dos meus pais. Caiu de 12 andares e não está mais viva para saber se um dia o futebol africano vai conseguir vencer sem ajuda de seus companheiros de espécie. Os gatos.
Eu sou corporativista, não adianta. Larguei dessa vida há mais de 10 anos, mas continuo vibrando muito quando aquela bola que parece já estufar as redes é defendida com "uma reação felina" de forma miraculosa!
Jardel é o novo reforço do clube português Beira-Mar, que subiu para a primeira divisão do Campeonato Português. Um dos ídolos dos gremistas da minha geração está acima do peso, mas diz que o treinador lhe prometeu uma estratégia "para que a equipe alce bolas na área".
Eu estava pensando em escrever um longo texto sobre como o Inter conseguiu, pela 30ª vez em três anos, deixar escapar a liderença isolada do Brasileirão. Mas daí eu me dei conta que isso não é mais novidade. Deixa pra lá.
Não existe torcida no mundo como a dos holandianos. Eles são o Midas versão Cebion, tudo em que eles tocam vira laranja. É peruca, tamanco, chapéu de tirolês, fantasia de leão, chapéu de corno, pneu pra cabeça, cigarro, chiclete, tv, pantufa. Até limosine de câmbio manual totalmente pintada de laranja eu vi por lá. Uma verdadeira laranja mecânica! Ok, me empolguei. Pois numa noite em Leipzig, na véspera da estréia da Holanda, encontrei o cidadão do vídeo abaixo.
Agora temos uma barra de manchetes esportivas ali na direita. Cortesia do Último Segundo. A idéia é deixar o conteúdo desportivo mais perto dos nossos quatro leitores. Tem algumas notícias, como Harlei: "acho que não foi pênalti" (que está correndo ali do lado enquanto este texto é escrito), que a gente ia deixar passar em branco, mas talvez algum de vocês quatro está acompanhando o pujante Goiás e seria deselegante da nossa parte ignorar o assunto.
Agora que acabou a Copa, o assunto da pauta é Eleições (não reclame: poderia ser pior, o Pan 2007 vem aí para testar a elasticidade de nossas bolsas escrotais). Para guiar os leitores do Linha Burra nesta caminhada cívica, e aproveitar todo o conhecimento adquirido na Copa do Mundo, fizemos esta pequena cartilha, mostrando
Ontem, o Tribunal de Disciplina da Federação rebaixou a Juventus, a Lazio e a Fiorentina para a Série B do Nacional após denúncias de envolvimento no escândalo de arbitragem do futebol local. A Juve, fundada em 1897, manipulava sorteios de juízes para que os mais "camaradas" apitassem para ela. É como se o Flamengo nos anos 90 escolhesse sempre o Sidrack Marinho para apitar seus jogos.
Muito se falou sobre o que motivou a reação do Zidane ao escutar algo que o Materazzi disse e, aparentemente, só os mudos da Globo compreenderam. Mas aqui está a verdadeira transcrição do diálogo entre ambos.
Segundo dados fornecidos pela Escola Superior de Futebol do Inter (Esfinter), o jogo entre Internacional x Ponte Preta foi mais movimentado e teve maior qualidade técnica que 74,6% dos jogos da Copa do Mundo.
Não, não é porque o Grêmio perdeu, porque o Ricardo Oliveira joga muito, porque dava nos nervos ver os jogadores do São Paulo caírem se contorcendo em qualquer jogo de corpo. É por causa do sr. Álvaro Azevedo Quelhas (RJ), árbitro da partida de ontem. Se na Copa as paradas para fair play deram um pouco nos nervos, no Brasileirão isso é um conceito inútil, desimportante. Simplesmente porque os juízes brasileiros não gostam de futebol, não gostam de ver bola rolando, não gostam de nenhuma disputa. O soccer tá quase virando football, não falta muito para termos intervalos comerciais nas faltas. O cara da TV já vai ficar ligado, olhando os lances, e quando um atacante correr para a linha de fundo perseguido por um defensor, já vai botar no ponto a propaganda - porque 9,8 entre 10 juízes dão algum tipo de falta quando existe uma briga pela bola.
Lá pelas quarta-de-finais da Copa eu já sentia muita saudade do horrendos estádios brasileiros. Aquele cheiro mijo com churrasquinho, o concreto duro e cerveja Bavária (é a melhor marca vendida no Beira-Rio, pelo menos).
Quem é bom, já vem do ovo e com o Fernando Vanucci não é diferente. O homem está sempre dando de schlap na monotonia. Casou-se (e separou-se) com a delegada e potrancuda Marynara Explode Coração. Depois mostrou ao vivo para o Brasil inteiro como é saborosa a Bono Doce de Leite. E agora, após a final da Copa, celebrou a vitória italiana com um delicioso sagu de cana.
O garoto Juca caiu na tentação de comparar os franco-argelinos Albert Camus e Zinedine Zidane.
Zidane ganhou ontem a Bola de Ouro de melhor jogador da Copa do Mundo da Alemanha, ao sair vencedor na votação feita entre a imprensa credenciada do torneio. Como diria Teddy Roosevelt: "Futebol é pra homem, mermão".
Os quatro leitores do Linha Burra podem começar a soltar os fogos estocados na Copa do Mundo: o blogue será mantido. Em decisão tomada no calor das últimas 24 horas, o Colegiado Imperial de Colaboradores das Organizações Linha Burra (CICOLB) optou por continuar as operações do fanzine cibernético com a missão de oferecer um serviço jornalístico de baixa credibilidade e compromisso para o torcedor alfabetizado.
Roberto Carlos explicou hoje no Fantástico que seu papel era ficar parado no lance do gol do Henry.
O Fantástico acaba de trazer novas informações sobre o já célebre diálogo Zidane-Materazzi. O zagueiro teria utilizado dois "fortes" palavrões contra a irmã do ex-craque francês e outro argumento baixo contra o próprio camisa 10. Infelizmente, o Fantástico não trouxe os termos extatos. A busca continua.
Deu no fantástico agora. O Materazzi teria falado alguma coisa sobre a irmã do Zidane. E mandado o mago francês à puta que pariu.
Na casa do Vicente, das 10 pessoas que assistiram à final, só as gurias acharam babaca a cabeçada do Zidane no Materazzi (imagem do lance no post abaixo). Os outros, eu incluído, acharam divertidíssimo a cabeçada no plexo solar, lance cara-de-pau ao extremo e agressão infantil - bater em lugar que não sangra não tem a menor graça, diz o Manual do Matacobra.
Essa foi a pior Copa do Mundo de todos os tempos. Eu posso queimar a língua caso França e Itália façam uma partida memorável nesse domingo. Mas acho bem difícil que essa final aumente a menor média de gols em copas, 2,2 por partida. A moral desse mundial para o pessoal do Bacharelado em Matemática foi "Depois de um 2 x 1 é muito provável que venha um 0 x 0". E foram muitos 0 x 0 para uma competição tão curta, 6 no total. Alguns empates sem gols foram emocionantes como o de Portugal e Inglaterra e outros, insuportáveis, como Suíça e França na primeira fase.
Reviramos o baú da memória esportiva brasileira, numa força-tarefa que envolveu vários articulistas do Linha Burra, para prestar uma digna homenagem ao patrono-mór de nosso blog.
O zagueiro Lúcio, um dos únicos destaques positivos da Seleção Brasileira na Copa 2006, declarou à Folha de S. Paulo que chora todo dia desde que a Seleção foi eliminada da Copa 2006.
A Adidas e a Fifa lançaram a lista de candidatos a Bola de Ouro. Em quem vocês votariam?
Futebol filosófico, por Monty Python, numa reflexiva partida entre Alemanha e Grécia. Altamente recomendada.
Vou ser bem sincero: tentei odiar o time da França, mas não consegui. Aliás, comecei a simpatizar com os bleu que jogam de blanc durante o jogo com a Espanha - claro, não simpatizei a ponto de apostar contra o Brasil no bolão dos companheiros de Linha Burra, botei 2x1 pra nós, sou um fracasso em bolões.
1982. Brasil empata com a Itália em 2 a 2 no Estádio Sarriá.
Será que Cafu e Roberto Carlos realmente fizeram um plano de previdência no Santander Banespa?
Do blogue do Roberto Carlos. Ele realmente deixou a Seleção. E disse que não teve culpa no gol.
Tão logo a mídia largou o osso do “quadrado mágico”, já foi correndo cavar à procura do osso da “renovação”. Especulações surgem a todo instante sobre o novo técnico do Brasil. Para ajudar o trabalho da CBF, o Linha Burra resgatou a biografia de alguns indicados. E de alguns não-indicados também, já que a CBF adora buscar uns Lazaronis do nada.
Ontem de noite, no programa do Milton Neves, estava Vanderlei Luxemburgo comentando a eliminação no Brasil. Grito vai, grito vem (como gritam naquele programa), e o Vanderlei se recusa a dar respostas claras sobre o que levou a Seleção ao fracasso.
Buffon* (Itália)
Jogador que não chora depois de cair fora de uma Copa, ou pelo menos que não parece brabo, não pode ser de Seleção. Aliás, é difícil imaginar que possa jogar futebol.
No meio do segundo tempo, a torcida brasileira já gritava "Ei, Parreira, vai tomar no cu" das arquibancadas. Não consigo entender o motivo de tanta insatisfação. Acompanho copas do mundo desde 1986 e nunca vi uma Seleção representando o país com tanta precisão: a moleza, a falta de espírito coletivo, nenhuma noção de planejamento, a idéia de que basta a nossa ginga, malemolência e malandragem pra superar qualquer obstáculo, a insistência em métodos ultrapassados, não faltou nenhum detalhe.
A música é brega e as imagens se repetem, mas o conteúdo é para guardar para referência futura, quando alguém lhe perguntar "o que é futebol-arte?".
Adieu, Cafu, Roberto Carlos, Zagallo, Parreira. Futebol se joga no campo e não no currículo.